Avanço militar fez pranchas

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#Tom Blake e Duke Kahanamoko influenciaram todas as gerações que estavam por vir. Após o sucesso alcançado por Duke em suas demonstrações de surf e natação na América do Norte, ele partiu para a Austrália, onde também ajudou a difundir o esporte por lá, já que os australianos, como bons cidadãos do mar, não deixaram por menos e passaram a se desenvolver brilhantemente.
Mas foi por volta dos anos 40, com as novas tecnologias desenvolvidas para a aviação militar que as pranchas realmente começaram a se desenvolver com velocidade.
Materiais como EPS (isopor), poliuretano, resinas de epoxi e de poliester junto com novas tecnologias em fibras, deram nova vida à criatividade dos fabricantes da época.
Inicialmente, essas novas tecnologias foram trazidas para fora do sigilo militar por alguns malucos, surfistas logicamente, que por trabalharem nas fabricas de aviões militares da época tinham contato com estes materiais.
Sempre em busca de pranchas mais rápidas de serem produzidas, mais leves e passíveis de aplicação de novas idéias de hidrodinâmica, esses malucos, com sua fissura inconseqüente, quase foram presos e processados como espiões, na época uma acusação gravíssima punível com pena de morte.
Mas logo se descobriu que eles não passavam destes nômades da era moderna, habitantes das praias da Califórnia atrás de ondas perfeitas.
Nos anos 50, após a grande guerra e durante os anos dourados da sociedade americana, esses novos materiais começavam a fazer parte da vida cotidiana e o surf sofreu uma grande explosão de consumo e de costumes.
Parecia que todos queriam surfar e caminhar sobre as ondas como os antigos deuses polinesios.
As primeiras competições e viagens de surf faziam cada vez mais a cabeça da rapaziada, então os fabricantes de pranchas da época puderam não só desfrutar do mercado emergente como também encontraram o terreno fértil para desenvolver novas técnicas de fabricação e principalmente a criatividade de novos designs.
Foi no final dos anos 50 e início dos 60 que surgiram os primeiros fabricantes de espuma de poliuretano específicos para pranchas de surf, com espumas mais leves e resistentes. Os shapers da época estabeleceram um padrão de prancha que não dependia mais de madeira balsa ou materiais adaptados.
As técnicas de fabricação adotadas até hoje são praticamente as mesmas desenvolvidas naqueles anos tão férteis, mas os shapes e designs evoluíram tanto que quase não dá para comparar.