Espêice Fia

Balanços da primavera

Fábio Gouveia, Playa Hermosa, Costa Rica

Fábio Gouveia rasga forte em Playa Negra, Costa Rica. Foto: Sebastian Rojas.
Gouveia admira o visual de Playa Hermosa. Foto: Sebastian Rojas.
Primavera chega com belas paisagens a Florianópolis. Foto: Arquivo Pessoal.

O tempo não para. O mês correu e já estamos na primavera. Outro dia até meu cachorro correu com medo de um enxame de insetos em seu café da manhã no pé de pitanga totalmente florido em minha casa. Um aroma danado e as abelhas zunindo tresloucadamente.

Tempo acalorado, atípico para aquela segunda semana de setembro. Foi mais ou menos quando já me encontrava com um grupo de “hot grommets” na Costa Rica para gravarmos um episódio do programa Brazilian Storm para o canal Off. 

Sebastian Rojas, experiente fotógrafo nos acompanhou e eternizou momentos inusitados da turma “voadora”. Pois é, a turma só queria estar no alto. Victor Bernardo, Lucas Silveira, Luan Wood, Vitor Mendes e Bruninho Carvalho, filho do nosso guia Cassio Carvalho.

A trip foi muito legal, rolou de tudo, até terremoto. Gravamos tudo! Que o diga João Linhares e Thiago Schllemann, videomaker e produtor do programa, respectivamente.

Os caras estavam com a câmera ligada no exato momento. Graças a Deus nada de muito grave aconteceu diante da potência do tremor. Bom, mas tudo isso iremos acompanhar tanto no programa quanto nas páginas da revista Fluir em breve.

Neste domingo, depois do surf matinal, enquanto escrevo estas linhas depois de editar um vídeo das minhas ondas surfadas no México em abril. Abro meu e-mail e recebo alguns links de outros surfistas que aliás, sempre me enviam.

E é curioso o quanto recebo de vídeos desde que fui convidado para ser colunista do Waves. Tudo que recebo, vejo. Às vezes demora, mas vejo. Hora coisas de conhecidos e hora coisas de anônimos.

Não faço parte dos trampos na redação do site, não jogo as matérias no Ar. No entanto, tudo que me chega repasso para o pessoal encarregado.

Alguns chegam também apenas pela própria análise, amizade de profissão, prazer que a turma tem em repassar aquela emoção tanto da session quanto do próprio processo de elaboração do vídeo.

Dos últimos que recebi, aqui seguem alguns links. Na real, alguns até devem ter sido publicados no Waves, mas na minha correria do dia a dia, muita coisa passa despercebido.
 
Petterson Thomaz em ação com os amigos na praia do Silveira; Thiago Camarão, esse bastante assíduo, me enviou seu trick do mês, que aliás diga-se de passagem, que “pinóte da gota serena”; Tomas Hermes com coisas sempre muito bem elaboradas e Jean da Silva, outro que está com tudo em cima.

Além destes há muitos outros: Marco Giorgi, Guilherme Herdy, entre outros. Cada um tem seu canal, se bem que é só jogar o nome da maioria no Google, que sai aparecendo tudo. Né verdade?

Já havia publicado outras colunas falando sobre as muitas funções que os surfistas profissionais precisam exercer além de sua profissão. Em alguns contratos, a turma já tem cláusula que tem de elaborar um vídeo por mês. Quem tá no free surf, tranquilo, mas quem vive de calendário competitivo, aí fica mais difícil. Só mesmo com ajuda de outros profissionais (os dos vídeos), que aliás, seria o mais correto.

Se bem que muita gente é viciada em internet (captação de imagem) e os que fazem, muitas vezes fazem com prazer. Eu faço os meus com prazer, mas de certa forma às vezes na pressão da profissão. Pressão essa que vem até de mim mesmo, pois sei que não dá pra deixar a peteca cair, ou pelo menos por enquanto que exerço ainda a profissão. Em determinadas situações, fico brigando comigo mesmo para saber se este espaço cedido a minha pessoa no Waves é bom ou ruim.

Quero dizer, ruim não é, de jeito nenhum. Mas fico sempre me policiando para não divulgar muito o lado de minha imagem. Nessa, acabo sem ter como colocar  muito o que produzo, os vídeos, as fotos que faço, enfim, um pouco do meu dia a dia semanal, mensal. A maioria dos atletas fazem suas produções e logo jogam na grande mídia, enquanto que eu jogo para os sites de meus patrocinadores.

Os que tem a equipe competente, captam o material e fazem a divulgação através de seus meios e por aí, segue o retorno. Voltando ao espaço no Waves, adoro falar da galera e dos “causos”, mas esses na maioria vão fluindo. Meu HD é entupido de “coisa”. Material esse que vou sempre usando. Seja em blogs, faces ou qualquer outra coisa relacionada.

Só pra não deixar passar em branco, semana de surf foi razoável. Fim de semana passado sim, deu clássico aqui em algumas praias do Sul de Floripa. Destaque para Marco Polo. Já neste, deu para o gasto. Tudo bem que eu possa não ter ido ao melhor pico, mas o vento Nordeste estava era forte. Agora quero me concentrar pra pegar onda na cidade em que vivo, tentar dar a sorte de pegar uma onda que custaria uns R$ 3 mil por apenas R$ 10, ou seja, poucos litros de combustível. É assim que costumo brincar quando consigo pegar um mar clássico em casa.

Ultimamente tenho gasto nas viagens e quando me dou conta, o swell em casa entra ao mesmo tempo. Aí rola aquela lenda: pô, por que é que eu saí de casa! Mas uma hora alinha. Brasil é assim mesmo, a brincadeira rola direto, o clássico é que demora mais.

Swell aqui passou meio por fora, geralmente bate mais em Sampa e Rio. Mas sempre cada lugar tem sua hora, é só alinhar. “Alinhamento ‘perfeita’. Perfeito com “a”. Assim relatou “Israel Miranda” no Fabio Fabuloso.

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