 Fernando Noronha dropa com o templo de Uluwatu ao fundo. Foto: Darcy. |
Conheci o bluesman Fernando Noronha nas calçadas de Kuta em 1994.
Ele havia acabado de comprar uma viola aqui em Bali porque não tinha aguentado a fissura de ficar sem tocar durante a primeira trip de surf para a Indo.
Peguei a minha, começamos a bater uma viola e logo foi juntando gente, até que virou festa no meio da rua.
Até 1999 nos encontramos mais algumas vezes nos verões de Garopaba. Mas no reveillon de 2000 fizemos uma jam inesquecível.
Desde então a parceria só cresceu nos verões seguintes. Sempre que eu voltava ao Brasil, e quando saía, cutucava-o para que retornasse a Bali.
Botava aquela pilha para ele vir curtir um surf mais sério, mas seus compromissos profissionais com a música não permitiam folgas maiores, sobretudo porque costuma excursionar durante o verão europeu.
E as turnês tornaram-se mais longas, com mais países incluídos na apertada agenda da banda.
Este ano, depois de 11 anos de amizade e muita jam, Fernando voltou a Bali para uma curta estadia de 16 dias. Curta, porém, muito proveitosa segundo ele.
As ondas estiveram médias e perfeitas nestes 16 dias. Conseguimos fugir do crowd graças ao barquinho inflável e ao horário do surf, sempre bem cedinho ou no final de tarde.
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 Antes de vir a Bali, Fernando Noronha apresento-se com a Black Soul em Garibaldi (RS). Foto: Darcy. |
Chegamos a Nusa Lembongan pela manhã e o vento era um terral fraco, com o pico de Shipwreck bombando sem parar ondas perfeitas, tubulares e cristalinas de 4 a 5 pés.
Estávamos loucos por umas direitas.
Fizemos a festa. Mais de três horas de surf.
No dia seguinte, a volta foi bem mais difícil que a ida, já que durante o dia venta mais e as correntezas formadas pelas mudanças das marés nos forçaram a várias manobras com o barco no Estreito de Badung.
Fernando voltou hoje (11/06) ao Brasil, onde se encontra na próxima semana com a banda Black Soul.
Inicia já a gravação de seu sexto CD na primeira semana de julho, seguida de uma tour para apresentação do novo disco começando por São Paulo.
Junto estará o produtor e músico Chris Duarte, que vem dos Estados Unidos especialmente para produzir o novo disco de Fernando Noronha.
Nem preciso dizer que durante a estada de Fernando aqui em Bali fizemos várias jams, nas praias e na casa de amigos.
Apesar da febre techno que impera aqui há muitos anos, Bali se rendeu aos solos cheios de virtuosismo do bluesman Fernando Noronha nas últimas semanas.
Foram realmente duas semanas de Bali Blues.
Para saber mais sobre o trabalho deste autêntico surfer bluesman, acesse o site fernandonoronha.com .
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