Basnett vence em casa

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Ricky Basnett vence Mr Price Pro e traz de volta para a África do Sul o título do tradicional festival, depois de 28 anos. Foto arquivo: Caio Guedes / Solto.
Depois de três vitórias consecutivas do Brasil entre 2001 e 2003 e dos títulos conquistados pelos irmãos havaianos Andy e Bruce Irons nas duas últimas edições, neste domingo um sul-africano voltou a ser campeão do tradicional Festival de Durban, depois de 28 anos de jejum.

 

Ricky Basnett, 20 anos de idade, barrou o catarinense Neco Padaratz na semifinal e na bateria decisiva derrotou o australiano Dayyan Neve, os novos vice-líder e líder do ranking WQS 2006, respectivamente.

 

Pela vitória no 6 estrelas Mr. Price Pro, o sul-africano faturou o prêmio máximo de US$ 15 mil, recebeu 2.500 pontos e pulou da 25ª para a quinta posição na classificação geral das 21 etapas disputadas.

 

Com o terceiro lugar em Durban, Neco Padaratz assume a vice-liderança do WQS. Foto arquivo: Nilton Santos.

A próxima também terá nível 6 estrelas e será realizada entre os dias 24 e 30 deste mês em Huntington Beach, Califórnia (EUA).

 

Nesta quarta-feira, começa o prazo do Billabong Pro, a etapa sul-africana do WCT, que vai até o próximo dia 22 nas longas direitas de Jeffreys Bay.

 

Na semifinal australiana contra Troy Brooks, Dayyan Neve estabeleceu um novo e definitivo recorde de 17,80 pontos de 20 possíveis para o Mr. Price Pro.

 

Mas, na final o sul-africano Ricky Basnett pegou as melhores ondas que entraram em North Beach para carimbar a faixa do novo número 1 do WQS com um placar de 15,60 x 10,57 pontos, recebendo notas 8,50 e 7,10 em suas duas melhores apresentações.

 

O melhor resultado de Ricky Basnett na temporada 2006 era o vice-campeonato conquistado em Margaret River, na Austrália.

 

Dois brasileiros que já venceram o tradicional Festival de Durban chegaram no último dia da competição. O catarinense Neco Padaratz, campeão em 2003, enfrentou dois australianos na segunda bateria disputada no domingo e superou o amigo Michael Campbell para passar atrás de Josh Kerr.

 

Já o paulista Beto Fernandes, que faturou o título do Mr. Price Pro no ano anterior, acabou eliminado pelo sul-africano Travis Logie e o australiano Dayyan Neve na disputa seguinte, terminando em nono lugar no segundo evento com nível máximo 6 estrelas do WQS 2006.

 

Ele só tinha competido nas três etapas realizadas no Brasil e com os 1.250 pontos recebidos ganhou mais de 100 posições, subindo do 225º para o 121º lugar na tabela de classificação para o WCT do ano que vem.

 

O único brasileiro que aparece entre os 15 surfistas que o WQS indica para completar o grupo de elite do surfe mundial é o catarinense Neco Padaratz. Neco ainda passou com facilidades pelo australiano Luke Stedman na abertura das quartas-de-final do Mr. Price Pro, antes de ser barrado pelo campeão Ricky Basnett.

 

A disputa foi apertada e o catarinense chegou a liderar a bateria quando conseguiu uma nota 6,67 na sexta onda que surfou, mas o sul-africano já tinha uma nota 7,67 recebida em sua segunda apresentação e passou à frente com os 5,43 pontos que ganhou há oito minutos do término da bateria.

 

Neco tentou de tudo para conseguir os 6,44 pontos que ficou precisando para reverter o resultado, porém o máximo que atingiu nas três últimas tentativas foi uma nota 4,5 e o placar acabou mesmo definido em 13,10 x 12,50 pontos.

 

Pelo terceiro lugar na prova, ele recebeu um prêmio de US$ 3.750 e 1.825 pontos que o levaram da 11ª para a segunda posição no ranking, ultrapassando o norte-americano Gabe Kling que liderou o WQS durante todo o primeiro semestre.

 

Depois de Neco Padaratz, os próximos brasileiros a aparecerem na classificação geral das 21 etapas do WQS 2006 já realizadas são o pernambucano Bernardo Pigmeu e o carioca Leonardo Neves, que passaram a ocupar a 19ª e vigésima posições, respectivamente, com o resultado do Mr. Price Pro.

 

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Mega estrutura do Mr Price Pro 2006 em Durban, África do Sul. Foto: ASP / Covered Images.
A disputa pelas 15 vagas para o WCT do ano que vem volta no tradicional US Open of Surfing, que vai inaugurar a série mais decisiva da divisão de acesso do circuito mundial.

 

Serão seis eventos seguidos passando pelos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, França e Portugal, que vão até o dia 3 de setembro, todos com níveis 5 e 6 estrelas e ainda o único Super Series de 3.000 pontos na França, etapa que no ano passado foi vencida por Adriano de Souza numa decisão paulista contra Odirlei Coutinho em Hossegor.

 

Será a chance dos brasileiros conseguirem uma recuperação no ranking, pois depois do Mr. Price Pro na África do Sul e do Rip Curl Search WCT no México, apenas dois surfistas fazem parte da lista provisória da elite mundial para o ano que vem, o pernambucano Paulo Moura pelo WCT e Neco Padaratz pelo WQS.

 

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Mr. Price Pro ? 6 estrelas

 

1 Ricky Basnett (Afr)
2 Dayyan Neve (Aus)
3 Neco Padaratz (Bra)
3 Troy Brooks (Aus)
5 Luke Stedman (Aus)
5 Josh Kerr (Aus)
5 Travis Logie (Afr)
5 Jordy Smith (Afr)

 

Ranking WQS 2006 ? após 21 etapas

 

1 Dayyan Neve (Aus) 7.538 pontos
2 Neco Padaratz (Bra) 7.055
3 Gabe Kling (EUA) 6.980
4 Luke Munro (Aus) 6.844
5 Ricky Basnett (Afr) 6.834
6 Ben Dunn (Aus) 6.372
7 Kieren Perrow (Aus) 6.210
8 Josh Kerr (Aus) 6.209
9 Eric Rebiere (Fra) 6.175
10 Drew Courtney (Aus) 6.093
11 Kirk Flintoff (Aus) 5.990
12 Ben Bourgeois (EUA) 5.927
13 Royden Bryson (Afr) 5.834
14 Jeremy Flores (Reu) 5.713
15 Kai Otton (Aus) 5.664
16 Jarrad Howse (Aus) 5.451
17 Patrick Gudauskas (EUA) 5.345
18 Brett Simpson (EUA) 5.247
19 Bernardo Pigmeu (Bra) 5.149
20 Leonardo Neves (Bra) 5.106
22 Fábio Gouveia (Bra) 5.021
31 André Silva (Bra) 4.614
33 Heitor Alves (Bra) 4.520
35 Victor Ribas (Bra) 4.493
38 Gustavo Fernandes (Bra) 4.451
39 Hizunomê Bettero (Bra) 4.427
47 Rodrigo Dornelles (Bra) 4.175
52 Jean da Silva (Bra) 4.043
53 Odirlei Coutinho (Bra) 3.992
58 Marcondes Rocha (Bra) 3.781
67 Marcelo Trekinho (Bra) 3.565
69 Simão Romão (Bra) 3.469
70 Jihad Kohdr (Bra) 3.464
77 Renato Galvão (Bra) 3.316
79 Júnior Faria (Bra) 3.258