 Willian Cardoso, vice-campeão do Billabong Pro Teen 2006. Foto: Divulgação Billabong. |
Dois catarinenses representaram a bandeira verde-amarela no confronto que terminou empatado no último domingo em Punta Hermosa, Peru.
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Marina Werneck ganhou a final contra a peruana
 Marina Werneck derrota a peruana Anali Gomez e traz para o Brasil o título do Billabong Pro Teen Girls 2006. Foto: Divulgação Billabong. |
Anali Gomez, mas Matias Mulanovich, irmão da campeã mundial Sofia Mulanovich, deu o troco batendo o catarinense William Cardoso na
categoria masculina.
Com isso, foi grande a vibração do bom público que compareceu na primeira seletiva sul-americana para o Mundial Pro Junior da ASP realizada fora do Brasil.
A definição dos sete atletas (cinco na masculina e duas na feminina) que representarão a América do Sul em janeiro na Austrália será nos dias 20 a 22 de outubro na praia de Camburi, São Sebastião (SP), palco da segunda etapa do Billabong Pro Teen.
A competição em Punta Hermosa já iniciou registrando um recorde de países participantes. O Brasil compareceu com maioria de 57 representantes e completaram a lista de inscritos 21 atletas do Peru, nove do Equador, quatro da Venezuela, três do Chile, dois da Argentina, um do Uruguai e até um do Hawaii.
O cearense Martins Bernardo, campeão da primeira seletiva na capital carioca, nem foi para o Peru e caiu da primeira para a 11a posição no ranking. No entanto, só serão computados dois resultados e ele continua com grandes chances de carimbar o passaporte para a Austrália no Billabong Pro Teen Series de Camburi.
O peruano Matias Mulanovich encontra-se na mesma situação após a vitória em casa, pois não participou do Reef Classic Pro Junior e nem estava planejando brigar por uma vaga na equipe sul-americana, que sempre foi composta por brasileiros.
?Agora mudou tudo e pode até ser que eu vá competir no Brasil. Acho muito importante ter um representante peruano na Austrália, mas nem tinha planejado isso?, confessou Matias após a vitória sobre William Cardoso pelo placar de 15,10 x 10,70 pontos.
?Os brasileiros têm um nível de surfe mais elevado, possuem muitos campeões mundiais e surfistas incríveis. Acredito que Brasil e Peru são as duas grandes potências na América do Sul e com certeza minha vitória aqui e minha possível ida para representar meu país na Austrália pode incentivar a nova geração de surfistas peruanos?, concluiu o ?Rei? de Señoritas.
Já na categoria feminina, a vitória de Marina Werneck a aproximou de uma das duas vagas no time que vai representar a América do Sul na Austrália. ?Estou muito feliz, posso dizer que já estou com um pé na Austrália. Agora é partir pro tudo ou nada em Camburi e carimbar o passaporte?, comemorou a catarinense, terceira colocada no Rio de Janeiro e nova líder do ranking.
A segunda colocada Anali Gomez, companheira de Marina na equipe da Billabong que mora no centro de treinamento da marca na praia de Camburi, barrou nas semifinais a paraibana Diana Cristina, primeira campeã sul-americana profissional da história da ASP.
?Na semifinal escolhi bem as ondas, virei a bateria na hora certa e, como não vieram ondas boas para a Diana depois disso, foi só administrar a vantagem?, contou Anali Gomez, que volta a competir praticamente em casa, pois mora em São Sebastião desde fevereiro.
O ranking masculino passou a ser liderado pelo pernambucano Halley Batista, vice-campeão no Reef Classic Pro Junior e nono colocado no Billabong Pro Teen Peru. Na mesma posição nas ondas peruanas ficou o paulista Heitor Pereira, semifinalista na primeira etapa que assumiu a vice-liderança em Punta Hermosa.
Os outros três surfistas entraram na lista dos cinco que serão classificados para o Mundial da Austrália no Peru: o vice-campeão William Cardoso (terceiro lugar no ranking) e os paulistas Fabrício Caraça (quarto) e Raphael Rocha (quinto), barrado nas semifinais.
Muitos surfistas ainda têm chances matemáticas de figurar no time sul-americano, mas o paulista Jefferson Silva está fora da briga por atitudes antiesportivas apresentadas durante o Billabong Pro Teen Series no Peru.
Durante uma sessão de treinos em Señoritas, a peruana Sofia Mulanovich atrapalhou uma onda dele e o brasileiro passou a ofender a campeã mundial do WCT em 2004. Chegou a ser orientado pelos organizadores para se acalmar, mas insistiu nos insultos, estendendo-os até para o irmão de Sofia, Matias, bem como para todos os peruanos.
No fim o paulista teve de ser levado às pressas para o aeroporto para não piorar a situação. A atitude de Jefferson Silva não é tolerada nem em eventos profissionais e a ASP South America aplicou uma multa de US$ 1 mil ao atleta, além de uma suspensão de dois meses das competições da ASP, o que o deixa de fora da etapa final em Camburi.