Bem acompanhado em Desert

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Considerado o melhor surfista da Indonésia, Rizal Tandjung rasga o lip de Desert Point. Foto: Darcy.

Bali, 2 de julho de 2005. Já fazia sete anos que eu não ia a Desert Point, em Lombok.
 
Encontrei o catarinense Lui numa oficina em que eu havia encomendado umas rodinhas para por na pôpa do meu bote inflável, para facilitar o deslocamento na hora de colocar e tirar da água.


Lui disse que estava indo para Desert com Alex do Leme, meu parceiro de muitas outras trips.
 
Ele nem chegou a perguntar se eu queria ir junto e eu já disse que estava dentro. Partiríamos na noite do dia seguinte.

 

O contingente na barca aumentou com a

Cenário bucólico do amanhecer em frente ao Bola Bola. Foto: Darcy.

presença dos cariocas Alexandre e Toni e das garotas Dani de Garopaba e Lia de Floripa.
 
Fomos numa caravana de três carros e o Alex foi de moto. Saímos lá de casa em Jimbaram na madruga e atravessamos de ferry para Lombok.
 
Eu nunca havia feito essa trip de carro, sempre fui pra Desert de barco. Chegamos lá e ficamos muito bem instalados no Hotel Bola Bola, na beira do mar.
 
No hotel estavam apenas Rizal Tanjung com um outro parceiro e num outro chalé um grupo de havaianos, entre eles Akila Aipa, filho do

O reencontro de Darcy com Akila Aipa em Desert, 19 anos depois. Foto: Darcy.

lendário Ben Aipa.

 

Conheci Akila com apenas 16 anos no Hawaii na temporada de 1986 e foi uma surpresa encontrá-lo novamente.
 
Do Bola Bola até o pico foram apenas 25 minutos no meu inflável com uma navegação bem tranqüila devido a textura espelhada do mar.
 
Quando chegamos no pico, apenas cinco cabeças surfavam aquelas ondas maravilhosas.
 
Entre elas estava Paul, o gringo local de Desert que conheci na minha primeira visita ao pico.
 
Há muitos anos Paul cumpre o ritual de passar toda a temporada em Desert, instalado na frente do pico à espera das ondas.
 
Paul é norte-americano, mas fala um português perfeito com sotaque de Recife, pois seus pais moraram lá quando ele ainda era criança.
 
As ondas não estavam muito grandes, em torno de 3 a 4 pés mas com uma formação perfeita e tubos profundos.
 
O show na bancada de Desert ficou por conta de Rizal Tanjung que praticamente sozinho no pico mostrava porquê é considerado um dos melhores surfistas da Indonésia de todos os tempos.
 
Com manobras radicais e tubos secos Rizal fez a mala encantando a todos que o viam surfar. Durante dois dias surfamos Desert com poucas cabeças até a chegada de dois barcos.
 
Era a hora de partir para tentar pegar o auge do swell em Scar Reef, em Sumbawa, nossa próxima parada.

 

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