Billabong inaugura CT em Camburi

Pablo Paulino - Centro de treinamento da Billabong, Camburi (SP)

Equipe Billabong reunida no novo centro de treinamento em Camburi (SP). Foto: Ricardo Macario.
A vitória do cearense Pablo Paulino no mundial Pro Junior no início de janeiro na Austrália, terceiro título do Brasil na competição, foi apenas um prenúncio do que está para acontecer com a nova geração de surfistas brasileiros – ao menos para os atletas da Billabong Brasil.

 

Se o talento de Pablo e de outros surfistas tupiniquins é incontestável, inclusive para o presidente da ASP Wayne Bartholomew, a equipe brasileira da marca australiana que patrocina o mundial Pro Junior, e recentemente o atual campeão, acredita que só talento não é o suficiente.

 

A Billabong Boarding House oferece estrutura completa para o aprimoramento dos atletas no lado social, técnico e esportivo. Foto: Ricardo Macario.
Seguindo uma tendência mundial, a Billabong Brasil apresentou na última quinta-feira, na praia de Camburi, litoral norte de São Paulo, seu mais novo projeto: um centro de treinamento completo para atender todas as necessidades dos quase vinte atletas que compõem a equipe da marca, sob o comando do team manager Zé Paulo.

 

Ex-competidor profissional nos anos 80 e 90, Zé Paulo possui vasta experiência em competições, além de muita bagagem como free-surfer, e é um dos idealizadores do projeto, totalmente pensado e implementado pela Billabong Brasil, em parceria com a rede de lojas Kyw.

 

Para a apresentação da Billabong Boarding

Galera descontrai depois de uma sessão de surf em Camburi, litoral norte de São Paulo. Foto: Ricardo Macario.
House a empresa convocou todos os integrantes da equipe surf, que inclui o veterano Danilo Costa, Pedro Henrique, Ricardo Wendhausen, Marina Werneck, Elisa Costa e Felipe Toledo, os recém-contratados Pablo Paulino, Silvana Lima e Fabrício Caraça, Wladimir Perez, Nathan Brandi, Geórgia Paschoal e Gisele Garcia.

 

Para os atletas e principalmente para o chefe de equipe Zé Paulo, a casa localizada de frente para a praia em Camburi é a concretização de um sonho.

 

Além de uma ótima infra-estrutura e muito conforto, estará à disposição dos surfistas uma equipe composta por governanta e caseiro, preparador físico, nutricionista e professor de inglês, tudo para deixar os competidores tranqüilos para fazer seu trabalho: surfar, mais e melhor.

 

“Por ter vivido tudo o que essa garotada está passando, em uma época muito mais difícil, sei das necessidades que eles têm e há alguns anos tenho esse sonho, de oferecer uma estrutura impecável para aprimorar o lado técnico, social e esportivo dos atletas, pois sabemos que às vezes só talento não é suficiente para a formação de verdadeiros campeões e cidadãos”, explica Zé Paulo.

 

“Além da parte física e cultural, com aulas de inglês e constante troca de informações entre os atletas, estaremos trabalhando a parte técnica com os surf treinos, em que iremos aprofundar o conhecimento de táticas de competição, leitura do mar e das ondas, concentração e vários fatores importantes para formar uma base sólida desses atletas”, disse Zé Paulo.

 

Por se tratar de uma iniciativa complexa e cara, a Billabong Brasil contou com a ajuda de uma de suas principais parceiras, a rede de lojas paulistana Kyw, que está bancando 50% dos custos.

 

“Somos parceiros da Billabong há muito tempo e quando fomos apresentados ao projeto, não tivemos dúvidas em querer fazer parte dessa idéia fantástica. Vivemos do esporte e da imagem dos atletas e não faria sentido recusar essa oportunidade de retornar para eles tudo o que nos foi proporcionado até hoje”, afirma Adriano Travagini, gerente de marketing da Kyw, que acompanhou tudo de perto em Camburi.

 

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Zé Paulo e Marcos Tartuci passam aos atletas as principais diretrizes da marca para 2005. Foto: Ricardo Macario.
Para Marcos Tartuci, diretor de marketing da Billabong Brasil, a Billabong Boarding House segue uma tendência mundial da marca com sede na Austrália, que já possui projetos parecidos na Gold Coast e um sendo concebido na França.

 

“Estamos realmente muito felizes com a repercussão e com a receptividade dos atletas, que ficaram maravilhados com a casa e toda a estrutura que terão à disposição. Ninguém será obrigado a morar aqui, mas esperamos que eles percebam a importância de tudo isso e aproveitem ao máximo o que estamos oferecendo”, disse Tartuci, cuja preocupação está longe de se concretizar.

 

Centro de treinamento da Billabong, Camburi (SP). Foto: Ricardo Macario.
Isso porque boa parte dos atletas já demonstrou interesse em se mudar para o centro de treinamento e desfrutar das aulas de preparação física e principalmente das aulas de inglês, fundamentais para os que estarão enfrentando uma maratona de competições internacionais no WQS, como Danilo Costa, Pedro Henrique, Pablo Paulino e Silvana Lima.

 

Pablo, que praticamente desistiu da idéia de se mudar para Ubatuba depois de conhecer a casa, Silvana, Marina Werneck e Riquinho estavam radiantes e não viam a hora de se mudar de vez para o local.

 

Recém-contratado pela Billabong, Pablo Paulino era um dos mais animados com o novo projeto da empresa. Foto: Ricardo Macario.
Os atletas que moram próximo à região ou que ainda não estão prontos para abandonarem seus lares poderão usufruir a casa sempre que desejarem, basta agendar suas presenças com antecedência.

 

“A casa é alucinante e a Billabong está saindo na frente com essa iniciativa. Além de ser fundamental para a formação dos atletas da nova geração, competidores mais velhos como eu poderão desfrutar de facilidades e de uma logística incrível para aprimorar nosso conhecimento cultural e técnico. Além disso, haverá uma troca de informações entre as gerações, o que é ótimo para os dois lados”, comemora Pedro Henrique, 23 anos, que irá disputar o WQS de olho no WCT em 2006.

 

Quem está em situação parecida é o experiente Danilo Costa, o mais antigo patrocinado da marca. Depois de entrar no circuito mundial e perder a vaga devido a uma contusão no tornozelo, entre outros fatores, ele está empolgado com a chance de poder disputar o WQS amparado por toda essa estrutura.

 

“Apesar de morar na capital paulista, fico amarradão de ter uma base como essa para poder vir treinar sempre que estiver no Brasil, nos intervalos das competições, e ainda contar com toda essa estrutura, como as aulas de inglês, que serão muito importantes para as viagens que fazemos pelo mundo, e os surf treinos, fundamentais para o aprimoramento técnico e tático”, comenta Costa, que parte em busca de sua volta para o WCT.

 

Depois de um dia cheio de atividades e ótimas surpresas, a apresentação da Billabong Boarding House foi celebrada com um churrasco para todos os envolvidos, com a certeza que uma nova era está começando para o surf brasileiro. Se depender da Billabong Brasil, o título mundial Pro Junior de Pablo Paulino é só o começo.

 

Confira mais imagens da Billabong Boarding House.

 

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