 Terceiro colocado no mundial sub-21, Jean da Silva treina na Gold Coast. Foto: Pedro Felizardo. |
A vitória do havaiano Kekoa Bacalso quebrou a soberania brasileira no evento que aponta os Tops do futuro na elite mundial.
Para o catarinense Jean da Silva, terceiro colocado na competição, faltou onda na prova.
“O campeonato foi irado, o nível está muito alto e para passar as baterias tem que surfar muito. Dei azar na semifinal e não achei uma segunda
 Eduardo Rolins aproveita a temporada desfrutando dos melhores picos da região. Foto: Pedro Felizardo. |
onda. As condições estavam difíceis” comenta Silva.
Depois da competição em Narrabeen, Eduardo Rolins e Taís de Almeida voaram direto para Coolangatta onde conferiram as ondas da agitada Gold Coast.
Eles ficaram hospedados em minha casa e partimos em busca das ondas perfeitas, tubulares e longas – ingredientes da receita do Superbanks. Na verdade, eles chegaram com o swell.
“Muita adrenalina pegar altas ondas em Kirra. Foi muita sorte chegar aqui e o pico quebrar perfeito, com 5 a 6 pés, tubos cilíndricos. Esta temporada está sendo muito boa para eu treinar meu backside” comenta Taís de Almeida, sétima colocada no Mundial.
Os atletas Jean da Silva, Leandro Bastos e Thiago Camarão subiram ate a Gold Coast de carro com o fotógrafo e videomaker Pedro Felizardo.
Eles pegaram boas ondas nas praias de Ballina e Angourie, localizadas ao Norte do Estado de New South Whales. ?Demos a maior sorte. Um bom swell acompanhou nossa trip até a Goldie, principalmente na praia de South Wall Ballina” comenta Felizardo.
Ele acompanhou os nove atletas durante (e depois) da competição, tirando a molecada de várias roubadas. Além da barreira da língua, também era a primeira vez de vários competidores no país.
“O Pedro foi como um pai, pegou no aeroporto, ajudou a trocar dinheiro, deu uma força com a tradução, ajudou a escolher até nossa comida. Sem ele nosso desempenho poderia ter sido pior”, comenta o carioca Eduardo Rolins, eliminado na terceira fase pelo campeão Bacalso.
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 Rodrigo Tavares, o Sininho, partiu do Hawaii direto para a Austrália. Foto: Pedro Felizardo. |
Quem também está na Goldie é Claudia Gonçalves. Ela corre atrás dos pontos do WQS que rola neste final de semana em Philip Island, Sul da Austrália. ?Vim um pouco antes para treinar. As ondas são boas, o tempo é quente e aproveito para ver minha querida amiga Veri que mora aqui”, revela Claudinha.
 Thiago Camarão decola na pista de Snapper Rocks. Foto: Pedro Felizardo. |
Outro atleta que aterrissou na terra dos cangurus é o paulista especialista em aéreos Rodrigo Tavares, o Sininho.
Ele acaba de voltar do Hawaii depois de sua sexta temporada consecutiva. “Peguei altas ondas, mas teve bastante vento. Fiquei muito feliz em fazer página dupla na revista havaiana Free Surf?, comemora.
?Agora, estou aqui. Minha namorada veio estudar inglês por um tempo e resolvi ficar aqui pelo menos dois meses. Estou ansioso para pegar o swell previsto para entrar neste final de semana”, diz Sino.
O esquadrão da nova geração não pára aí. Emerson Piai e Bruno Caraça estão aqui há quase dois meses e prometem representar bem o Brasil no Brothers Nielsen Pro Junior 2006, evento da ASP Pro Junior que conta com a presença das maiores feras sub-21 anos e rola a partir da próxima semana.
“Esse é o segundo ano que venho para cá. Ao invés de ir para o Hawaii, fico aqui surfando Snapper e Dbah todo dia?, explica Piaí, que vive em Coolangatta com o pai, irmã e cunhado.
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