No último mês, o paulistano João Renato esteve no Uruguai e trouxe na bagagem uma boa impressão das ondas locais.
Apesar de ter surfado um swell pequeno, ele garante que o país respira surf e tem muito potencial para a prática do esporte. João é preparador físico, colunista da revista FLUIR Standup e longboarder fissurado, além de competidor em eventos de SUP Race e canoa havaiana. Confira abaixo o seu relato de sua trip e acima algumas imagens.
“Um dia pesquisando na internet, achei duas passagens baratas para o Uruguai, mas confesso que tinha dúvidas se havia boas ondas para longboard por lá. Mesmo assim resolvi investir na viagem, pois era a época ideal entre a janela de competições de canoa havaiana aqui no Brasil, das quais também participo. O trajeto até lá foi super rápido, após menos de 2 horas de viagem desembarcamos em Montevidéu. As melhores e mais constantes ondas estão localizadas na região de La Paloma, distrito de Rocha, cerca de 200 quilômetros ao Norte. O legal é chegar e alugar um carro para seguir por ótimas estradas e belas paisagens. La Paloma é uma cidade pequena, com muitas opções de chalés e hotéis. Uma curiosidade bem interessante é que todos os quartos do hotel têm churrasqueira na varanda, o que facilita muito na hora de comer o famoso ‘asado’ uruguaio. Essa parte do litoral uruguaio é recortada por bancadas de pedra e fundo de areia, com ondas variando entre meio e 2 metros dependendo do swell e da época do ano. No outono, a temperatura da água é fria, mas um long john 3.2 é suficiente. No inverno, dizem que o bicho pega. Entre as melhores ondas da região posso citar Zanja Honda, pico com fundo de areia muito bom e uma laje de pedra onde quebram boas ondas tanto para esquerda como para direita.
Outras opções são Los Botes, uma esquerda com fundo de pedra muito bom; Desplayados, uma direita com fundo misto de pedra e areia; e La Aguada, praia com fundo de areia com várias bancadas espalhadas. Excelente opção para uma visita, Uruguai tem baixa criminalidade, comida boa e ondas constantes. Para se ter uma ideia melhor, fiquei por lá 10 dias, e elas quebraram por nove”.