O ano de 2010 marca a 25a temporada de Florianópolis (SC) no calendário do circuito mundial. Cenário de competições memoráveis, Floripa sedia até domingo o Maresia Surf International, etapa de nível 6 estrelas do WQS.
Bira Schauffert, promotor do evento, é só alegria ao comentar a história das competições internacionais na capital catarinense.
“Desde 1986 a cidade vem recebendo importantes campeonatos de surf, o que faz daqui uma referência no surf. Tive a felicidade de promover a primeira etapa do WQS da história, em 1992, na Joaquina. Foi o Florianópolis Pro, vencido pelo baiano Jojó de Olivença”, conta Bira.
O promotor do Maresia International organiza sua 23a competição válida pelo WQS, sendo sete delas patrocinadas pela Maresia.
Bira começou a organizar eventos de surf aos 13 anos. “Na época fazia uns campeonatinhos com meus amigos na Barra da Lagoa. No ano seguinte eu já estava trabalhando na Master Promoções, empresa que organizava os eventos da Hang Loose e OP aqui em Santa Catarina”, diz o catarinense.
Aos 19 anos, Bira assumiu a presidência da Federação Catarinense de Surf. “O primeiro grande desafio da minha administração foi a mudança do circuito mundial em duas divisões. Até 91 nós tínhamos o circuito mundial, e a partir de janeiro de 92 houve a divisão do circuito em WCT e WQS. Foi aí que tive a oportunidade de promover o Florianópolis Pro, primeira etapa do WQS da história”, revela Schauffert.
Para ele, eventos desse porte geram um retorno muito grande para a capital catarinense. “Florianópolis sempre ganhou muito com isso, principalmente em relação ao turismo. Pessoas do mundo inteiro vêm a Florianópolis em busca das praias, dos esportes náuticos, especialmente por conta do surf. A cidade teve retorno sócio-econômico, muitas pessoas vieram viver aqui pelo fato de ter boas ondas e praias legais”, acredita Bira.
“Então, realmente esses 25 anos merecem ser comemorados porque o surf está inserido nessa cidade como uma coisa muito importante. O esporte aqui é muito respeitado, inclusive pelas autoridades, que apoiam incondicionalmente a realização de grandes eventos aqui. E com certeza é uma vitrine, pois qualquer empresa de surfwear do Brasil gostaria de estar expondo sua marca, como faz a Maresia há tantos anos aqui”, continua.
Em 92, quando ele promoveu a etapa do WQS, o gasto para realização do evento foi equivalente a R$ 160 mil. Hoje, 19 anos depois, o evento praticamente do mesmo porte tem um custo de aproximadamente R$ 1 milhão.
“Não só a premiação dos atletas aumentou muito, como também a tecnologia empregada no surf aumentou muito. Temos o advento da transmissão na internet e um tratamento diferenciado para a imprensa. Trazemos jornalistas de diversos veículos do Brasil e gastamos com hospedagem, passagem aérea, translado e alimentação. O investimento é muito alto”, explica Bira.
“Nos três últimos eventos da Maresia, sem contar este de 2010, tivemos um retorno de aproximadamente R$ 20 milhões. Fora isso ainda temos esse merchadising diretamente com o público na praia e nas festas. Isso faz com que cada vez mais a Maresia esteja associada ao público, a fixação da marca é muito grande com um evento desse porte”, conclui o promotor do Maresia International.