Jaguaruna

Laje volta a bombar

Laje da Jagua, Jaguaruna (SC).

Estávamos monitorando durante toda semana um forte ciclone que se formou no Uruguai e aproximava-se da costa sul brasileira. Ficamos em cima dos gráficos de previsões da internet durante sete dias, mantendo uma atividade rotineira de análise nos gráficos, pois sabíamos que esse ciclone poderia gerar uma boa ondulação para região sul do país.

 

A Laje da Jagua, em Jaguaruna (SC), seria o principal alvo, já que as condições pareciam perfeitas para o pico. Sempre que um swell com possibilidades das ondas da Laje quebrarem é anunciado, Fabiano Tissot é o primeiro a me ligar fissurado e botando pilha pra encarar as morras. Fizemos o monitoramento juntos e resolvemos dar sinal de alerta, colocando todos os membros da Atow-inj em atividade total.

 

Convidei Rodrigo “Monster” Resende e Luis Roberto Formiga para encarar as grandes ondas. Resende logo se pilhou e se jogou pra Jaguaruna junto com o carioca Marcelo Biju. Monster foi um dos desbravadores da Laje, juntamente com Zeca Scheffer, e já surfou por algumas vezes a onda da Jagua. Era a primeira trip de Biju no pico, que só conhecia as histórias da onda pelos boatos que rolam no meio da galera do big surf. Já Formiga faz parte de todo inicio da história da Laje da Jagua.

 

Gráficos confirmado, swell na área e o time estava em peso na base da Atow-inj em Jaguaruna (SC). Na barca estava a equipe da Atow-inj e alguns convidados. Juntos uniram-se de forma ordenada e seguiram para encarar as grandes ondas do pico.

 

Como de costumes de uns anos pra cá, demos prioridade total para o surf na remada. Bolamos toda uma estratégia de segurança e resgate para garantir um surf seguro. Logo caíram pra remar nas ondas Fabiano Tissot, Rodrigo Resende, Marcos Moraes, Marcelo Ulyssea e Marcelo Biju.

 

As ondas não estavam tão grandes como imaginávamos, mas foi bom para abrir a temporada de inverno. Tissot surfou a primeira onda boa do dia. A onda dele foi tão rápida, e eu, que estava com o fotógrafo Lucas Barnis na garupa do jet tirando a máquina da mochila, perdi o registro da onda dele, que foi uma das maiores surfadas no dia.

 

Logo Resende veio numa lá por trás do pico, descendo seguro e com muita tranquilidade. Resende pegou mais umas quatro ondas boas, mostrando que não é à toa que ele possui um titulo mundial de ondas grandes. Além de bom surfista, possui toda uma disciplina de um verdadeiro big rider.

 

O momento mais marcante da session foi logo na maior série do dia. Uma série com duas ondas. Na primeira da série Marcos Moraes dropou atrasado e logo foi engolido pela onda. Um dos caldos mais insanos que eu já vi ele levar no pico. A segunda onda veio bem mais lá de trás da bancada. Ela era muito grande e quando chegou na bancada, engoliu todo mundo na pedra. Resende remou forte e escapou por pouco. Tissot e Biju tomaram a onda na dobra, uma cena cascuda e de respeito total.

 

O surfista Marcelo Biju represento geral. Chegou respeitando a onda e foi abençoado com bons momentos . O cara é uma figura, além de gente boa, é muita casca-grossa. Além de ter demonstrado muita atitude e de descer uma grande, tomou a maior da série na lata. “Essa onda tem potência de onda havaiana. Estou até sem palavras, mas as poucas que ainda me restam são muito respeito e se cuida que essa onda é sinistra”, afirmou Biju.

 

Depois de um certo tempo remando, finalizamos a sessão descendo algumas onda no tow-in. Na praia fomos recebidos com um belo churrasco na base  da Atow-inj feito por Fabricio Gaivira, pescador local.

 

Agradecemos  aos apoiadores Art in Surf, Rise Up, Pacelli, Porto Fitness, health nutrition,  Zinabre, Grilo jet, Star Lite e Butiá.

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