Brasil estréia bem no Salomon Masters

0

Em 2004 Raoni Monteiro foi o vice-campeão do Salomon Masters, atrás de Neco Padaratz. Foto arquivo: Surfingaustralia.com.

Nesta semana 29 brasileiros disputam os primeiros eventos com nível 6 estrelas do WQS 2005, na Austrália.

 

Nas ondas “havaianas” de Margaret River, estarão em jogo US$ 125 mil em prêmios para a categoria masculina e US$ 30 mil para a feminina, além dos 2.750 pontos nos rankings que classificam para o WCT do ano que vem.

 

Nesta segunda-feira o Brasil começou bem na primeira fase do Salomon Masters 2005, que no ano passado foi encerrado com uma dobradinha verde-amarela no alto do pódio, com Neco Padaratz em primeiro e Raoni Monteiro na segunda colocação.

 

Jean da Silva estreou com vitória na primeira rodada da competição, em Margaret River. Foto arquivo: Caio Guedes / Fecasurf.
Já no Bico Classic, as únicas brasileiras inscritas são a catarinense Jacqueline Silva e a cearense Silvana Lima.

 

Em ondas de 1,5 metros em Margaret River, apenas seis brasileiros estão entre os 96 surfistas escalados na primeira rodada do Salomon Masters e, dos quatro que competiram no primeiro dia, só o ubatubense Odirlei Coutinho acabou eliminado logo em sua estréia.

 

O primeiro a competir foi o catarinense Jean da Silva, que derrotou os australianos Andrew King (segundo colocado) e Peter Hughes (terceiro), além do havaiano Mike Dodd (quarto) na terceira bateria. Na disputa seguinte, o carioca Bruno Santos superou o japonês Mineto Ushikoshi e o australiano Mark Visser para passar atrás do norte-americano Darryl Goodrum.

 

O vice-campeão brasileiro Odirlei Coutinho foi barrado na sexta bateria, mas o também paulista Heitor Pereira classificou-se no 18o e penúltimo confronto da segunda-feira em Margaret River.

 

Odirlei Coutinho terminou em último lugar no desafio contra três australianos: Jay Thompson (primeiro lugar), Damon Harvey (segundo) e Jamie Thomson (terceiro). Para compensar, Heitor vingou o ubatubense ao despachar dois australianos – Beau Mitchell e Matt Jones – na vitória do americano Dane Reynolds.

 

Ainda tem dois catarinenses para fechar a participação verde-amarela na primeira fase. James Santos está escalado na 21a bateria com o inglês Josh Lewan, o alemão Marlon Lipke e o australiano Tom Innes e na disputa seguinte Fernando Moura enfrenta o americano Dylan Graves, o havaiano Gavin Gillette e o australiano Sam Page.

 

Os dois primeiros colocados em cada uma das 24 baterias seguem para a segunda rodada da competição, quando mais sete brasileiros farão suas estréias em Margaret River.

 

Integram esta relação os dois últimos campeões do Mundial Pro Junior da ASP, o cearense Pablo Paulino (2004) e o paulista Adriano “Mineirinho” de Souza (2003), além do atual campeão brasileiro do SuperSurf, o ubatubense Renato Galvão, além do paranaense Jihad Kohdr, do alagoano Marcondes Rocha e dos cariocas Yuri Sodré e Pedro Henrique, este último também campeão mundial Pro Junior da ASP.

 

Com suas classificações, Jean da Silva e Bruno Santos acabaram escalados juntos na terceira bateria, que já tinha o australiano Luke Munro e o norte-americano top 45 do WCT, Shea Lopez. O guarujaense Adriano “Mineirinho” de Souza estréia na disputa seguinte, contra os australianos Zane Harrison e Andrew King e o americano Darryl Goodrum. O campeão brasileiro Renato Galvão está na sexta bateria com os australianos Dayyan Neve e Jay Thompson e o havaiano Dustin Barca.

 

O carioca Yuri Sodré e o neozelandês Maz Quinn são os pré-classificados da oitava bateria e enfrentarão os trialistas TJ Barron do Hawaii e Zahn Foxton da Austrália. Os da nona são o paranaense Jihad Kohdr e o australiano Shaun Gossmann, que pegarão o americano Nathan Yeomans e o havaiano Sean Moody.

 

O alagoano Marcondes Rocha e o sul-africano Warwick Wright, respectivamente quarto colocado e campeão na decisão do Hang Loose Pro Contest do ano passado em Fernando de Noronha, vão estrear juntos na 14a bateria, contra o havaiano Ola Eleogram e mais um sul-africano, Daniel Redman.

 

Na disputa seguinte, o carioca Pedro Henrique e o australiano Glenn Hall começam a competir no Salomon Masters 2005, contra o havaiano Marcus Hickman e o japonês Naohisa Ogawa. Classificado na segunda-feira, o paulista Heitor Pereira completou a 17a bateria e vai enfrentar o sul-africano Paul Canning, o australiano Jock Barnes e Frederic Robin, da Ilha Reunião.

 

E fechando a participação brasileira nas triagens de uma das etapas mais importantes do Mundial WQS, o cearense Pablo Paulino volta a competir no país onde em janeiro conquistou o título mundial Pro Junior, estreando na 23a e penúltima bateria junto com o havaiano Mikala Jones, com ambos ainda aguardando seus adversários que sairão das últimas baterias da primeira fase.

 

Os mais bem colocados no ranking mundial fazem parte da lista dos 48 cabeças-de-chave que só entram na terceira fase do Salomon Masters e das 32 que já começam na segunda rodada do Bico Classic.

 

A maioria dos brasileiros está neste grupo. Dos 27, quatorze já entram com US$ 800 no bolso e 527 pontos no masculino e as brasileiras do feminino têm garantidos um mínimo de US$ 250 e 550 pontos, mesmo que também terminem em último lugar nas suas baterias.

 

Por ordem de colocação no ano passado, os cabeças-de-chave do Brasil no Salomon Masters são Peterson Rosa (PR), Raoni Monteiro (RJ), Neco Padaratz (SC), Marcelo Nunes (RN), Renan Rocha (SP), Victor Ribas (RJ), Bernardo Pigmeu (PE), Guilherme Herdy (RJ), Armando Daltro (BA), Danilo Costa (RN), Rodrigo Dornelles (RS), Fábio Gouveia (PB), Marcelo Trekinho (RJ) e Leonardo Neves (RJ).

 

O defensor do título, Neco Padaratz, acabou escalado com o gaúcho Rodrigo Dornelles na décima bateria. Além deles, o paulista Renan Rocha e o carioca Leonardo Neves também estão juntos no 15o confronto da terceira fase.