Odirlei Coutinho fez dobradinha com Bruno Santos e registrou 15,57 pontos, maior pontuação verde-amarela nas Maldivas até agora. Foto arquivo: Ivan Storti / Seletiva Petrobras. |
O paulista Odirlei Coutinho e o carioca Bruno Santos estrearam com uma dobradinha verde-amarela e o atual campeão brasileiro Renato Galvão também avançou para a segunda fase do O’Neill Deep Blue Open, iniciada em seguida.
Foram realizadas somente as quatro primeiras baterias e os dois cabeças-de-chave do Brasil que entraram conseguiram se classificar.
O potiguar Marcelo Nunes igualou o recorde de maior nota do dia – 8,83 – e o paraibano Fábio Gouveia também passou para a terceira rodada do 6 estrelas das Maldivas.
Mais dezessete brasileiros ainda continuam na disputa do cobiçado título, que vale US$ 15 mil e decisivos 2.750 pontos na corrida pelas quinze vagas para o WCT de 2006. Na próxima semana, cerca de 80 surfistas saem das Maldivas direto para a Bahia, onde estarão em jogo outros 2.000 pontos na estréia do Billabong Costa do Sauipe WQS, em Mata de São João.
O cabeça-de-chave número 1 destes dois eventos é o paranaense Peterson Rosa, décimo do mundo no WCT do ano passado, que vai competir na primeira bateria desta quarta-feira nas esquerdas da Ilha de Lohifushi, na República das Maldivas.
Ele foi vice-campeão da última edição do O’Neill Deep Blue Open, perdendo o título nos últimos minutos da bateria final para o australiano Toby Martin, que está contundido. O tricampeão brasileiro vai disputar duas vagas para a terceira fase contra o havaiano Pancho Sullivan e os australianos Zane Harrison e Ryan Campbell na quinta bateria.
Depois, tem o alagoano Marcondes Rocha na oitava enfrentando um dos maiores ídolos do esporte, a lenda viva Tom Curren, tricampeão mundial nos anos 80 e ainda recordista em número de vitórias em etapas na história da ASP – pela primeira vez competindo nas Ilhas Maldivas.
Completam a bateria o australiano Shaun Cansdell, número três do WQS 2005, e o português Justin Mujica. Aí vêm dois confrontos seguidos com dois brasileiros dentro d’água para tentar repetir a dobradinha que Odirlei Coutinho e Bruno Santos aplicaram sobre o australiano Jamie Thomson e Ismael Miglal, das Ilhas Maldivas, na 23a e penúltima bateria da primeira fase.
##
Fábio Gouveia está classificado para a terceira fase do O’Neill Deep Blue Open. Foto arquivo: Ricardo Macario. |
A única vitória brasileira na terça-feira saiu dessa classificação dupla, com o ubatubense Odirlei Coutinho ganhando nota 8,5 em sua melhor onda para registrar a maior pontuação verde-amarela nas Maldivas até agora: 15,57 pontos de 20 possíveis.
Na disputa anterior, dois brasileiros também enfrentaram dois estrangeiros, mas a sensação alemã, Marlon Lipke, terceiro colocado no mundial Pro Junior da ASP, pegou as melhores ondas e venceu a bateria.
O campeão brasileiro Renato Galvão ainda ganhou a disputa pela segunda vaga do australiano Matt Bemrose, mas o também paulista Heitor Pereira terminou em último e não passou da sua estréia na competição.
O outro único brasileiro eliminado na terça-feira foi o cearense Pablo Paulino, mas o atual campeão mundial Pro Junior da ASP perdeu por décimos de diferença. Ele tirou a maior nota da bateria – 8,83 – e ainda assim foi superado por 14,67 x 14,50 pontos pelo sul-africano Royden Bryson no confronto vencido pelo norte-americano Mike Todd, que somou 15,23 pontos.
Nas Ilhas Maldivas, os cabeças-de-chave já começaram a estrear na terça-feira, com duas estrelas do WCT se classificando na primeira bateria: os norte-americanos Tim Reyes e Cory Lopez. Na segunda, o também top 45 da ASP Marcelo Nunes arrancou uma nota 8,83 para despachar o atual líder do WQS, Gabe Kling, dos Estados Unidos. O francês Mikael Picon dominou a disputa e venceu marcando 14,34 pontos, contra 13,60 pontos do brasileiro.
Na terceira bateria, a penúltima do dia, os décimos de diferença que tiraram Pablo Paulino deram a classificação para o paraibano Fábio Gouveia. O carioca Eric Rebiere, que compete pela França, onde mora, também estava na água e ficou em último lugar, com os outros três competidores ficando separados apenas pela exatidão da matemática. O vencedor foi o sul-africano Daniel Redman com 11,70 pontos e Fábio Gouveia ficou em segundo com 10,93 pontos, contra 10,43 do australiano Shane Bevan.
Confira os próximos confrontos dos brasileiros no O’Neill Deep Blue Open pela segunda rodada da competição. Os dois primeiros colocados de cada bateria avançam para a próxima fase e garantem um mínimo de US$ 1.100 e 857 pontos. Os terceiros colocados terminam em 49o lugar na prova e recebem US$ 900 e 747 pontos. Já os últimos ficam em 73o lugar e levam US$ 800 e 527 pontos.
Segunda fase (96 competidores)
5 Peterson Rosa (Bra), Zane Harrison (Aus), Pancho Sullivan (Haw) e Ryan Campbell (AUS)
8 Shaun Cansdell (Aus), Justin Mujica (Por), Tom Curren (EUA) e Marcondes Rocha (Bra)
9 David Weare (Afr), Rodrigo Dornelles (Bra), Yuri Sodré (Bra) e Ian Walsh (Haw)
10 Bernardo Pigmeu (Bra), Greg Emslie (Afr), Shinpei Horiguchi (Jap) e Jano Belo (Bra)
11 Guilherme Herdy (Bra), Jarrad Howse (Aus), Paul Canning (Afr) e Adam Robertson (Aus)
12 Darren O’Rafferty (Aus), Leonardo Neves (Bra), Jay Thompson (Aus) e Damon Harvey (Aus)
18 Armando Daltro (Bra), Patrick Beven (Fra), Jeremy Flores (Reu) e Tyler Fox (EUA)
19 Marcelo Trekinho (Bra), Jihad Kohdr (Bra), Tim Boal (Fra) e Brian Toth (P.Rico)
20 Adrian Buchan (Aus), Danilo Costa (Bra), Zahn Foxton (EUA) e Drew Courtney (Aus)
21 Roy Powers (Haw), Adriano de Souza (Bra), Matt Hoar (Aus) e Renato Galvão (Bra)
23 Nathaniel Curran (EUA), Pedro Henrique (Bra), Odirlei Coutinho (Bra) e Corey Ziems (Aus)
24 Tom Whitaker (Aus), Kirk Flintoff (Aus), Bruno Santos (Bra) e Masatoshi Ohno (Jap)
Terceira fase (48 competidores)
1 Tim Reyes (EUA), Mikael Picon (Fra), Fábio Gouveia (Bra) e Matt Jones (Aus)
2 Cory Lopez (EUA), Marcelo Nunes (Bra), Daniel Redman (Afr) e Heath Walker (Aus)