Brasileiros fora da briga em Fiji

CJ Hobgood (EUA), Globe Fiji WCT, Restaurants, Ilhas Fiji

O tricampeão brasileiro Peterson Rosa terminou na nona colocação no Globe Fiji WCT 2005. Foto: ASP World Tour / Tostee.
Com as séries passando dos 4 metros em Cloudbreak, a continuação do Globe WCT Fiji na terça-feira acabou sendo transferida para Restaurants, na Ilha de Namotu, que apresentava melhores condições com longas esquerdas tubulares de 1,5 a 2 metros.

 

O paranaense Peterson Rosa despachou o australiano Daniel Wills na última bateria da terceira fase, mas tanto ele como o catarinense Neco Padaratz acabaram derrotados nas oitavas-de-final da quarta etapa do ASP Foster’s World Championship Tour 2005.
 
Eles terminaram empatados em nono lugar na prova, junto com o tricampeão mundial Andy Irons, o atual líder do ranking Trent Munro, o vice-campeão mundial Joel Parkinson e outros três surfistas.

 

Os tubos fantásticos de Restaurants colocaram mais quatro notas 10 na lista de recordes do Globe WCT Fiji, recebidas pelos norte-americanos Kelly Slater e CJ Hobgood e pelo havaiano Bruce Irons, que tirou duas notas máximas na terça-feira.
 
Com as excelentes condições de Restaurants, a briga passou a ser para ver quem chegaria mais próximo da pontuação máxima, com duas notas 10 computadas, como o norte-americano Kelly Slater conquistou na grande final do Billabong Pro Tahiti.

 

Na segunda oitava-de-final, seu compatriota CJ Hobgood não tirou nenhum 10, mas somou 19,27 pontos. Na disputa seguinte, outro norte-americano, Cory Lopez, aumenta a marca para 19,37 pontos.
 
O primeiro 10 saiu na quarta bateria, no confronto entre os irmãos Irons. E o mais jovem, Bruce, foi o premiado com a nota máxima e ainda tirou uma nota 9,67 para totalizar 19,67 pontos na tranqüila vitória sobre o tricampeão mundial Andy Irons, que só marcou 9,67 pontos.

 

Como o atual líder do ranking, Trent Munro, foi eliminado na disputa australiana contra Phillip MacDonald na primeira oitava-de-final, o caminho para a liderança do ranking ficou livre para Kelly Slater.

 

E o hexacampeão mundial deu um show nos tubos de Restaurants. No primeiro recebeu 9,77 pontos e no segundo arrancou a segunda nota 10 da terça-feira e sua segunda no Globe WCT Fiji.

 

 

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As esquerdas de Restaurants fora o palco da competição na terça-feira. Foto: ASP World Tour / Tostee.

Slater já tinha estabelecido um novo recorde de 19,77 pontos e ainda faltavam 20 minutos para terminar a bateria, tempo bastante para ele repetir o feito do Tahiti com duas notas 10.

 

Só que não apareceu outra onda tubular tão longa para isso e o placar acabou mesmo encerrado em 19,77 pontos, contra 14,63 do australiano Michael Lowe.
 
O catarinense Neco Padaratz entrou na disputa seguinte e errou nas suas duas primeiras tentativas, mas ainda conseguiu notas 6,67 e 6,00 para liderar a primeira metade da bateria.

 

O australiano Dean Morrison demorou, porém conseguiu 7,33 pontos no primeiro bom tubo que pegou em Restaurants.

 

O brasileiro respondeu com uma nota 6,83 e abriu 6,17 pontos de vantagem, só que no último minuto Morrison achou outro tubo e tirou uma nota 7,5 para garantir a vitória por 14,83 x 13,50 pontos.
 
Também nos minutos finais foram decididos os dois confrontos do paranaense Peterson Rosa na terça-feira. No primeiro, que fechou a terceira fase da competição, o australiano Daniel Wills largou na frente com uma nota 7 e o tricampeão brasileiro só tinha conseguido 6,73 pontos em sua melhor onda.

 

Peterson não desistiu e quase no final da bateria aparece a onda que ele precisava e um juiz chegou até a dar uma nota 10 pela apresentação do paranaense, com a média ficando em 9,73 pontos para fechar o placar em 16,46 x 12,67 pontos.

 

Nas oitavas-de-final, ele também disputou a última bateria, logo depois do havaiano Frederick Patacchia derrotar o vice-campeão mundial Joel Parkinson com um incrível resultado de 19,27 x 18,44 pontos, com ambos pegando tubos espetaculares.

 

 

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Nas quartas-de-final o floridiano CJ Hobgood estabeleceu um novo recorde ao somar 19.80 pontos de 20 possíveis. Foto: ASP World Tour / Tostee.

Rosa abriu a disputa pela última vaga nas quartas-de-final com um belo tubo que valeu nota 7,33, só que o sul-africano Travis Logie pegou um ainda maior que abriu uma parede mais longa para manobras e ganhou nota 8,17.
 
Depois entraram várias séries com as ondas fechando rapidamente e a disputa foi se arrastando até os minutos finais.

 

O brasileiro retomou a ponta com uma nota 7,17 há 5 minutos do fim, porém dois minutos depois o sul-africano sumiu dentro do tubo, ficou lá dentro, reapareceu e recebeu os mesmos 7,17 pontos para recuperar a liderança.

 

O guerreiro Peterson Rosa não desistiu e nos últimos segundos pegou uma onda menor, mas aplicou várias manobras numa esquerda interminável que foi destruída com floaters, rasgadas e batidas pelo paranaense.

 

Só que os juízes lhe deram nota 7,63 e ele precisava de 7,72 pontos. Com isso, a vitória foi confirmada para Travis Logie por uma pequena diferença: 15,34 x 14,96 pontos.
 
As quartas-de-final entraram no mar em seguida e duas baterias espetaculares fecharam a terça-feira. Na primeira, CJ Hobgood só pegou duas ondas para estabelecer um novo recorde de 19,80 pontos, incluindo a terceira nota 10 do dia.

 

O havaiano Bruce Irons repetiu o feito para garantir a segunda vaga nas semifinais. A diferença é que ele falhou em sua primeira onda, enquanto Cory Lopez abria a disputa com uma nota 9,60.
 
Mas, o irmão mais jovem do tricampeão mundial Andy Irons que já tinha tirado uma nota 10 para derrotá-lo nas oitavas-de-final, estava abençoado e um expresso de esquerda abriu um tubão para ele, que ainda manobrou forte para arrancar sua segunda nota máxima na terça-feira.

 

Lopez ainda aumentou a vantagem com uma nota 8,5, mas Bruce Irons ainda pega outro tubo incrível e arranca 9,40 pontos para confirmar seu nome no pódio do Globe WCT Fiji.
 
Os outros dois semifinalistas serão definidos nesta quarta-feira, que deve ser o último dia da prova. Kelly Slater segue firme em busca de uma segunda vitória que pode lhe dar uma boa vantagem na corrida pelo sétimo título mundial.

 

Ele enfrenta o australiano Dean Morrison na terceira quarta-de-final e na última se enfrentam dois estreantes da temporada: o havaiano Frederick Patacchia e o sul-africano Travis Logie.

 

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