Brasileiros reagem em dia de blecaute

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Peterson Rosa venceu o duelo brazuca contra Armando Daltro. Foto: Ricardo Macario.
Os atletas brasileiros se deram bem nesta quinta-feira (30/11) no Nova Schin Festival WCT Brasil 2003, que começou às 9 horas em ondas de até 1 metro na praia da Joaquina, em Florianópolis, Santa Catarina.

 

No decorrer do dia, o mar foi baixando rapidamente e os organizadores decidiram realizar apenas as baterias do segundo round.  

 

O primeiro brasileiro a vencer na Joaquina foi o alagoano radicado em Floripa, Tânio Barreto, que bateu o australiano Dean Morrison por um placar de 10.67 x 10.23 na terceira bateria da repescagem.

 

Depois foi a vez do ubatubense Odirley Coutinho passar pelo aussie Daniel Wills, que teve suas pranchas queimadas devido um acidente com uma vela no quarto em que estava hospedado. Coutinho marcou 13.84 pontos, enquanto Wills somou 9.00.

 

Odirlei Coutinho eliminou Daniel Wills da competição. Foto: Ricardo Macario.
O paulista Renan Rocha não deu chances para o ianque Damien Hobgood na sexta bateria. Renan obteve 12.67 de média e Hobgood obteve 7.17.

 

Em seguida Marcelo Nunes levou a melhor sobre o ex-campeão mundial Mark Occhilupo. Nunes computou 14.16 pontos e Occy 13.17.

 

“Foi ótimo ter vencido o Occy, que é meu ídolo. Já tinha enfrentado ele outras duas vezes, mas acabei perdendo. O mar está difícil e dei sorte de encontrar uma onda boa e mandar um aéreo. Agora, estou na dependência de um bom resultado na etapa do WQS (que começa na próxima semana) para garantir minha volta ao WCT”, disse Nunes.

 

O australiano Mark Occhilupo ficou aborrecido com a derrota. “Fiquei muito chateado por terem interrompido o evento ontem, pois o mar apresentava condições melhores do que estas. Acho que a competição poderia ter continuado. Hoje o mar está muito difícil”, afirmou Occy, que aprovou a estrutura móvel do Nova Schin Festival.

 

Marcelo Nunes barrou Mark Occhilupo. Foto: Tostee/ASP World Tour.
Na bateria seguinte, o gaúcho Rodrigo Dornelles venceu Phillip MacDonald. Dornelles não deu mole e marcou 13.66, contra 11.14 do australiano.

 

“A união entre os surfistas brasileiros foi fundamental para conseguirmos a recuperação na repescagem. As condições estão bem difícies. Nós brasileiros temos um pouco de vantagem por estarmos mais adaptados. Realmente os gringos estão um pouco perdidos dentro do mar. Mas, acredito que eles se adaptarão rapidamente”, explicou Dornelles.

 

Na nona bateria, Tom Whitaker somou 10.80 e levou a melhor sobre Nathan Hedge, que marcou 9.56.

 

O duelo brazuca entre o pernambucano Paulo Moura e o potiguar Danilo Costa, na décima primeira bateria, acabou com vitória de Moura, que obteve 11.83 pontos. Já Costa somou 9.77 pontos. “É muito bom competir em casa com o apoio da família e da torcida, pois conseguimos ficar mais relaxados”, disse Moura após a bateria.

 

O havaiano Kalani Robb mostrou que não estava para brincadeira e venceu o australiano Luke Stedman, por 15.10 x 12.10.

 

Na décima terceira bateria, Victor Ribas somou 14.83 pontos e derrotou Darren O’Rafferty, que obteve média 12.73. 

 

A bateria seguinte foi um duelo entre os australianos Michael Campbell e Beau Emerton. Emerton levou a melhor sobre seu compatriota, somando 11.67 enquanto Campbell obteve 10.03.

 

Peterson Rosa e Armando Daltro disputaram a quinta bateria. Rosa marcou 15.17 pontos e venceu Mandinho, que obteve média 13.33.

 

O catarinense Flávio Padaratz disputou a última bateria do dia contra o australiano Shane Powell. Teco acabou barrado por Powell por um placar de 16.66 x 12.16.

 

O australiano Richard Lovett marcou 14.60 pontos e eliminou o paraibano Fábio Gouveia (13.06) da competição.

 

Um blecaute ocorrido na tarde de ontem deixou toda a ilha de Florianópolis sem luz. Por isso não está havendo transmissão de vídeo e notas online.