Brazucas apavoram na França

Renato Galvão, Rip Curl Pro, Les Bourdaines, Seignosse, França

Renato Galvão manda bem e avança na primeira colocação. Foto: Dimulle / ASP Europe.
As ondas finalmente subiram para a estréia dos cabeças-de-chave nesta quarta-feira, com as maiores das séries atingindo 2 metros em Les Bourdaines, Seignosse, França.

 

Os brasileiros foram o destaque do dia. O catarinense Marco Polo foi o primeiro a encabeçar a lista de recordes com 15,67 pontos na segunda bateria.

 

No entanto, a marca foi batida pelos 16,16 pontos do niteroiense Guilherme Herdy no nono confronto da segunda fase e pelo carioca Pedro Henrique, que no 17o registrou 18,10 pontos – de 20 possíveis.

 

Pedrinho fez a melhor apresentação de todo o Rip Curl Super Series. Um total de dezenove brasileiros competiu na quarta-feira e onze avançaram para a terceira rodada do campeonato mais importante da divisão de acesso ao WCT.

 

Outros oito ainda disputam a classificação nas quatro últimas baterias da segunda fase, que serão realizadas nesta quinta-feira.

 

O francês Mikael Picon mais uma vez fez as honras da casa e venceu a primeira bateria, com o paranaense Peterson Rosa superando o porto-riquenho Dylan Graves e o havaiano Jamie O?Brien na briga pela segunda vaga.

 

Na segunda bateria, o catarinense Marco Polo somou 15,67 pontos em suas duas melhores ondas na primeira boa apresentação do dia.

 

Mas, o sul-africano Royden Bryson impediu uma dobradinha brasileira, deixando o paranaense Jihad Kohdr em último lugar logo em sua estréia no Rip Curl Super Series.

 

O Brasil ainda teve outras quatro chances de comemorar uma classificação dupla, mas só o niteroiense Guilherme Herdy e o catarinense James Santos conseguiram.

 

Herdy, inclusive ampliou a maior marca do dia para 16,16 pontos e James Santos despachou o número quarto colocado no ranking, o australiano Glenn Hall, além do havaiano TJ Barron na nona bateria.

 

Duas baterias antes, o potiguar campeão do 6 estrelas do Japão, Danilo Costa, foi barrado junto com o português Ruben Gonzalez pelo australiano Adam Robertson na disputa vencida pelo campeão brasileiro Renato Galvão, de Ubatuba (SP).

 

Na 13a. bateria, o carioca Raoni Monteiro estreou com vitória, mas seu companheiro na elite mundial do WCT, o paulista Renan Rocha terminou em último lugar.

 

 

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Guilherme Herdy também segue no páreo no Rip Curl Pro. Foto: Dimulle / ASP Europe.
E na 18a, alagoano Marcondes Rocha passou em primeiro, enquanto o baiano Armando Daltro amargou a quarta colocação.

 

O carioca Pedro Henrique deu show nas ondas de Les Bourdaines, na melhor apresentação de todo o campeonato.

 

O ex-recordista do Rip Curl Super Series, seu conterrâneo Leonardo Neves, tinha acabado de ser eliminado e sua marca de 16,77 pontos foi batida pelos 18,10 pontos somados por Pedrinho.

 

Além disso, o campeão mundial Pro Junior de 2000 arrancou a maior nota da competição ? 9,6 ? para superar os 9,5 que o australiano Adam Robertson e o neozelandês Maz Quinn tinham recebido também na quarta-feira.

 

Além de Pedrinho, Raoni Monteiro, Guilherme Herdy, Marcondes Rocha, Renato Galvão e Marco Polo, o carioca Marcelo Trekinho foi o outro brasileiro que venceu sua bateria na segunda fase.

 

Ele brigou muito contra o australiano Top do WCT, Kirk Flintoff, mas levou a melhor somente em sua última onda.

 

?No começo não consegui encontrar as ondas, fiquei quase 10 minutos sem surfar. As ondas estavam fechando um pouco, tive que me colocar bem para pegar algumas abrindo. No fim da bateria, me afastei da galera e encontrei uma boa direita, que abriu bastante e eu pude fazer várias manobras?, contou Trekinho, que despachou o havaiano Dustin Cuizon e o australiano Corey Ziems na 11a. bateria.

 

Outros quatro brasileiros avançaram com a segunda colocação nas suas baterias. O primeiro foi o paranaense Peterson Rosa no primeiro confronto do dia. O segundo foi o catarinense James Santos na dobradinha verde-amarela com Guilherme Herdy e o terceiro foi o atual líder do WQS, Adriano de Souza, que quase perde a classificação na última onda surfada por Ben Dunn.

 

O australiano precisava de 6,04 pontos, mas felizmente para o Mineirinho os juízes deram nota 5,77 e o placar entre os dois não mudou, terminando em 11,80 x 10,87. Com 13,77 pontos, o norte-americano Shaun Ward passou em primeiro lugar.

 

O último a conseguir classificação para a terceira fase foi o ubatubense Odirlei Coutinho, que derrubou dois cabeças-de-chave no penúltimo confronto do dia.

 

O australiano Luke Munro ganhou a 19a. bateria com 15,80 pontos e o vice-campeão brasileiro marcou 14,73 pontos para garantir o segundo lugar, deixando o top do WCT Bede Durbidge, da Austrália, em terceiro e o número 15 do WQS, Daniel Redman, da África do Sul, em último.

 

Mas, na última bateria o Brasil sofreu sua oitava baixa na quarta-feira, com o niteroiense Bruno Santos sendo derrotado por uma pequena diferença pelo japonês Teppei Tajima e pelo australiano Samba Mann.

 

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Adriano de Souza defende a liderança do ranking WQS. Foto: Dimulle / ASP Europe.
Na lista dos oito brasileiros que não passaram pela segunda rodada do Rip Curl Super Series, Bruninho terminou empatado em 49.o lugar com dois surfistas que estavam bem próximos da zona de classificação para o WCT, o potiguar Danilo Costa e o cearense Dunga Neto, com cada um recebendo mil dólares e 815 pontos.

 

Já o paulista Renan Rocha, o paranaense Jihad Kohdr, o baiano Armando Daltro, o carioca Leonardo Neves e o alagoano Tânio Barreto, que ficaram em último nas suas baterias, acabaram em 73.o lugar e levaram a premiação mínima de US$ 800 e 575 pontos.

 

Outros oito brasileiros ainda competem nas quatro últimas baterias da segunda fase que ficaram para abrir a quinta-feira na França. Uma primeira chamada foi marcada para as 9:30 horas em Seignosse e onze já estão na lista dos 48 melhores surfistas do campeonato, escalados na última rodada de baterias formadas por quatro competidores.

 

Dois acabaram ficando juntos em duas delas e em uma, a nona, serão três disputando apenas duas vagas contra um estrangeiro: Pedro Henrique, Marcondes Rocha, Odirlei Coutinho e Samba Mann, australiano cujo nome foi dado pelo pai fanático pela música brasileira.

 

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Relação de baterias

 

Segunda fase

 

21 Yuri Sodré (Bra), Fábio Gouveia (Bra), Shane Bevan (Aus) e Patrick Beven (Fran)

22 Roy Powers (Haw), Rodrigo Dornelles (Bra), Jock Barnes (Aus) e Yerin Brown (Aus)

23 Marcelo Nunes (Bra), Jarrad Howse (Aus), Diego Rosa (Bra) e Beau Mitchell (Aus)

24 Paulo Moura (Bra), Victor Ribas (Bra), Wilson Nora (Bra) e Pablo Gutierrez (Esp)

 

Terceira fase

 

1 Greg Emslie (AfrS), Mikael Picon (Fran), Jesse Merle-Jones (Haw) e Marco Polo (Bra)

2 Peterson Rosa (Bra), Bobby Martinez (EUA), Royden Bryson (AFrS) e Drew Courtney (Aus)

3 Adrian Buchan (Aus), David Weare (AfrS), Adam Robertson (Aus) e Alain Riou (Tah)

4 Toby Martin (Aus), Russell Winter (Ing), Leigh Sedley (Aus) e Renato Galvão (Bra)

5 Adriano de Souza (Bra), Kirk Flintoff (Aus), Guilherme Herdy (Bra) e Daniel Ross (Aus)

6 Marcelo Trekinho (Bra), Tiago Pires (Por), Shaun Ward (EUA) e James Santos (Bra)

7 Raoni Monteiro (Bra), Travis Logie (AFrS), Steve Clements (Aus) e Aritz Aranburu (Esp)

8 Eneko Acero (Esp), Maz Quinn (NZL), Pancho Sullivan (Haw) e Jay Thompson (Aus)

9 Pedro Henrique (Bra), Marcondes Rocha (Bra), Odirlei Coutinho (Bra) e Samba Mann (Aus)

10 Shaun Cansdell (Aus), Luke Munro (Aus), Mike Todd (EUA) e Teppei Tajima (Jap)

 

 

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