Entre os próximos dias 20 e 28 de janeiro, a praia de Piha, na Nova Zelândia, sedia o Quiksilver ISA World Junior Surfing Championship, mundial para atletas de até 18 anos promovido pela International Surfing Association.
Devido a um impasse político, a equipe brasileira terá vários desfalques na prova.
O novo presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBS), Adalvo Argolo, deveria ter tomado posse da entidade no dia 5 de janeiro e revela que somente nesta segunda-feira (18/1) recebeu os documentos da CBS que estavam em poder do antigo presidente, Juca de Barros.
Na última semana, Adalvo negociou com a ISA o pagamento da taxa de US$ 1 mil para permitir a participação dos representantes brasileiros interessados em disputar a competição.
Cada delegação pode levar até 12 atletas para o Mundial, mas o Brasil terá apenas metade. Optaram por participar da prova os atletas Gabriel Medina (SP), Jessé Mendes (SP), Sidney Guimarães (SP) e Ian Gouveia (PE) na categoria Júnior; Luan Wood (SC) e Lucas Silveira (RJ) na Mirim.
O time brazuca está sem as quatro representantes da categoria Feminino Júnior (até 18 anos) e sem dois atletas na Mirim (até 16).
Em depoimento concedido ao site Waves, o paulista Marcos Bukão, diretor de provas da ISA, exalta a organização do ISA Junior 2010.
“A Surfing Nez Zealand está dando um verdadeiro show. Você chega ao aeroporto de Auckland e na imigração tem os seguintes portões de entrada: Cidadãos neozelandeses, Autoridades, Turistas, Tripulação de companhias aéreas e Participantes do ISA”, conta Bukão.
Bukão revela ainda que as expectativas são de ondas grandes do segundo ao quarto dia de prova. São 21 países e quase 200 atletas inscritos. “Temos times muito fortes, principalmente dos Estados Unidos, Austrália, Hawaii, França e Nova Zelândia”, diz o dirigente.
“Para o Brasil, as esperanças são de medalhas no individual. Por equipe não será possível um bom resultado porque o time está incompleto. Também não poderemos participar do Tag Team por não termos uma menina”, comenta Bukão.
O diretor de provas tem dado um grande força para tornar viável a participação de brasileiros no Mundial. “Paguei aqui em Auckland todas as inscrições da equipe e uma para o manager, pois a ISA não permite que menores de idade possam competir sem ter alguém como responsável. Depois os garotos me reembolsam, pois inscrições no último dia são bem mais caras”, conta Bukão.
“Eu não poderia assinar como responsável pelo time do Brasil, pois sou diretor de provas e não posso ter ligação formal com nenhum time. Mas o pai do Medina (Charles) será o team manager. Claro que ele não vai ser técnico ou algo assim, só será o adulto a responder pelos garotos”, conclui Marcos Bukão.