Burle e Eraldo prontos para o desafio em Jaws

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Burle desce a ladeira em Jaws na Copa do Mundo de Ondas Grandes em 2002. Foto: Grant Ellis.
Depois da terceira colocação em 2001/2002, a dupla brasileira formada por Carlos Burle e Eraldo Gueiros chega à Tow In World Cup-2004 pronta para brigar pelo título da Copa do Mundo de Ondas Gigantes.

 

Os dois deixaram o Brasil em novembro e têm treinado bastante em Jaws, na ilha de Maui, onde será disputada a competição em ondas com mais de 12 metros – altura mínima exigida pela organização.

 

Produzida e organizada pelos Estúdios Mega e pela Rain Network, a Tow In World Cup tem período de espera até o dia 15 de março, mas a expectativa é de que possa ser disputada no começo da próxima semana.

 

Quinze duplas dos melhores surfistas de ondas grandes disputam o prêmio de US$ 100 mil para os campeões, a maior premiação da história no surfe. Além de Burle e Eraldo, o

Eraldo e Burle em ação em Jaws. Foto: Divulgação.
Brasil está representado por Rodrigo Resende/Danilo Couto e Sylvio Mancusi, par do havaiano Many Carabello.

 

“Estamos mais preparados do que nunca para brigar pelo título. Estamos aqui desde novembro, desenvolvendo um trabalho dentro e fora d’água. Em termos de onda, essa semana de janeiro foi perfeita. As ondas estão gigantes, vai ser uma Copa do Mundo inesquecível”, disse Burle.

 

Apesar da confiança, a dupla sabe que os adversários são muito fortes e Eraldo faz questão de manter os pés no chão:

 

“O campeonato está muito disputado. As duplas: Noah Johnson/Shane Dorian e  Dan Moore/Mark Anderson, do Hawaii, são as mais fortes. Mas, os brasileiros também estão bem preparados e podemos surpreender novamente, disse Eraldo, lembrando a vitória de Rodrigo Resende (ao lado do havaiano Garret McNamara) na primeira edição da Tow In World Cup.”

 

Rodrigo Resende, ao lado do havaiano Garret McNamara, faturou a primeira edição do evento. Foto: Divulgação.
Segundo a previsão, é possível que no começo da próxima semana as ondas ultrapassem os quinze metros, o equivalente a um prédio de cinco andares. “Tem dado ondas incríveis. É preciso aproveitar logo, esse é o momento”, disse Gueiros.

 

Burle, por sua vez, teve um desafio extra nesta temporada. Ano passado, num treino em Jaws, o brasileiro foi apanhado por uma onda e sofreu uma fissura na pélvis, além de uma contusão no joelho. O surfista ficou afastado das ondas por cerca de três meses em recuperação.

 

“Quando cheguei em Jaws me deu aquele frio na barriga. Foi uma barreira que tive que enfrentar e foi maravilhoso. Não tem onda mais respeitada, mais oca, mais bonita e mais perfeita do que Jaws. A adrenalina superou o medo”.