Burrow tira 10; Moura é Brasil nas finais do WCT

Taj Burrow, Quiksilver Pro 2005, Malibu, Japão

Taj Burrow tira o primeiro 10 do Quiksilver Pro 2005 durante bateria contra Victor Ribas. Foto: ASP World Tour / Tostee.
Em mais um dia de ótimas ondas em Malibu Beach, o último campeão do Nova Schin Festival WCT Brasil realizou uma apresentação fantástica na vitória sobre o cabo-friense Victor Ribas neste domingo no Japão.

 

O australiano Taj Burrow só pegou quatro ondas e todas foram pontuadas no critério excelente, inclusive arrancando a primeira nota 10 do campeonato num tubo espetacular em sua última apresentação.

 

Além de ser o único surfista a superar a nota 9,6 recebida pelo pernambucano Paulo Moura na primeira fase, ele ainda quebrou o outro recorde do Quiksilver Pro Japan ao totalizar incríveis 19,50 pontos de 20 possíveis.

 

Ótimo público prestigia o Quiksilver Pro 2005, Malibu, Japão. Foto: ASP World Tour / Tostee.
Além de Vitinho, o potiguar Marcelo Nunes e o paulista Renan Rocha também foram eliminados na terceira fase, mas Paulo Moura derrotou o norte-americano Cory Lopez e é o Brasil nas oitavas-de-final da sétima etapa do ASP Foster’s World Championship Tour 2005, que tem prazo até quarta-feira para ser encerrada no Japão.

 

O tufão Nabi que entrou na noite da sexta-feira continua produzindo grandes ondas na região de Chiba e no domingo as séries maiores passavam dos 2,5 metros de altura em Malibu Beach.

 

Vários competidores compararam as condições do mar com o Hawaii, como o tricampeão mundial Andy Irons, que ganhou uma revanche contra o norte-americano Dane Reynolds por 16,83 x 7,73 pontos, logo depois de Kelly Slater despachar também com facilidades o japonês Masato Watanabe por 15,34 x 7,93 pontos.

 

“No começo eu estava realmente nervoso, pensando que isto podia virar Trestles outra vez”, lembrou Irons, sobre a derrota sofrida para o jovem americano no ano passado na etapa do WCT dos Estados Unidos.

 

“Isto é somente um jogo e eu tentei ser inteligente. Hoje aqui está parecendo Haleiwa, assim me senti como se estivesse em casa, mas não esperava encontrar grandes ondas aqui e só trouxe pranchas pequenas para cá”, revelou Irons.

 

E a previsão é a de que as condições se mantenham por mais alguns dias para o encerramento do campeonato. Como subiram rapidamente, as ondas em algumas baterias demoravam mais para entrar e em outras as séries surgiam muito irregulares.

 

“As condições estavam muito difíceis na minha bateria e estou feliz por ter conseguido a vitória”, disse Paulo Moura, que só pegou duas ondas e com nota 8,33 na última derrotou Cory Lopez por 14,66 x 13,77 pontos no quinto confronto do dia.

 

“O swell parece ter escolhido subir rápido bem na minha bateria, mas me concentrei bastante para pegar pelo menos duas ondas boas. Quando consegui o 8,33, passei a administrar a prioridade para manter o primeiro lugar”, contou o pernambucano, sobre a tática que utilizou para neutralizar seu oponente nos minutos finais.

 

O próximo adversário do único brasileiro entre os 16 melhores surfistas do Quiksilver Pro Japan será Phillip MacDonald. O australiano é o número 7 do ranking, enquanto Moura era apenas o 31o colocado depois de seis etapas disputadas.

 

Antes da vitória do pernambucano, o potiguar Marcelo Nunes só tinha conseguido surfar uma onda boa – nota 7 – na terceira bateria do domingo no Japão. O havaiano Bruce Irons abriu a disputa com uma ótima apresentação – nota 8,0 – e depois ainda tirou 6,87 pontos para vencer facilmente por 14,87 x 10,57 pontos.

 

O paulistano Renan Rocha teve um desempenho parecido contra Trent Munro. Sua maior nota só saiu na última onda (6,5), mas a fatura já estava liquidada, pois o australiano tinha conseguido notas 7,00 e 7,83 nas duas melhores ondas das três que pegou durante a 13a  bateria.

 

Além de Nunes e Rocha, Victor Ribas também terminou em 17o lugar no Quiksilver Pro Japan, com cada um recebendo US$ 4.5 mil de prêmio e 410 pontos no ranking mundial do WCT.

 

Vitinho nada pôde fazer contra Taj Burrow no penúltimo confronto do dia. O australiano só pegou quatro ondas na bateria, todas excelentes. Recebeu nota 8,0 na primeira, 9,5 na segunda, 8,17 na terceira e fechou a melhor apresentação de todo o campeonato com a primeira nota 10 deste ano em Chiba.

 

Ribas conseguiu um máximo de 7,73 pontos em sua melhor onda e o placar do novo recordista absoluto no Japão foi de 19,50 x 14,33 pontos.

 

Os classificados para as oitavas-de-final, incluindo os líderes do ranking, Kelly Slater, Andy Irons, Trent Munro e Mick Fanning, respectivamente, já garantiram um mínimo de US$ 5.3 mil e 600 pontos na única prova japonesa do WCT. O campeão fatura US$ 30 mil e 1.200 pontos.

 

Oitavas-de-final

 

1 Mick Fanning (Aus) x Travis Logie (Afr)
2 Bruce Irons (Haw) x Toby Martin (Aus)
3 Phillip MacDonald (Aus) x Paulo Moura (Bra)
4 Kelly Slater (EUA) x Mark Occhilupo (Aus)
5 Andy Irons (Haw) x Taylor Knox (EUA)
6 Sunny Garcia (Haw) x Troy Brooks (Aus)
7 Trent Munro (Aus) x Tom Whitaker (Aus)
8 Taj Burrow (Aus) x Dean Morrison (Aus)

 

Terceira fase

 

1 Mick Fanning (Aus) 13.67 x Shane Beschen (EUA) 9.74
2 Travis Logie (Aus) 12.67 x Danny Wills (Aus) 9.84
3 Bruce Irons (Haw) 14.87 x Marcelo Nunes (Bra) 10.57
4 Toby Martin (Aus) 13.67 x CJ Hobgood (EUA) 11.86
5 Paulo Moura (Bra) 14.66 x Cory Lopez (EUA) 13.77
6 Phil MacDonald (Aus) 11.33 x Lee Winkler (Aus)10.66
7 Mark Occhilupo (Aus) 13.17 x Richard Lovett (Aus) 12.83
8 Kelly Slater (EUA) 15.34 x Masato Watanabe (Jap) 7.93
9 Andy Irons (Haw) 16.83 x Dane Reynolds (EUA) 7.73
10 Taylor Knox (EUA) 14.67 x Darren O’Rafferty (Aus) 8.83
11 Sunny Garcia (Haw) 13.00 x Nathan Hedge (Aus) 9.67
12 Troy Brooks (Aus) 16.83 x Damien Hobgood (EUA) 11.17
13 Trent Munro (Aus) 14.83 x Renan Rocha (Bra) 12.33
14 Tom Whitaker (Aus) 16.84 x Michael Lowe (Aus) 15.67
15 Taj Burrow (Aus) 19.50 x Victor Ribas (Bra) 14.33
16 Dean Morrison (Aus) 12.16 x Bede Durbidge (Aus) 9.07

 

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