Cabeças-de-chave estréiam no US Open

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Leonardo Neves avançou atrás de Pedro Henrique no US Open, em uma reedição da final do SuperSurf de Saquarema. Foto arquivo: Luiz Blanco.
Os brasileiros não conseguiram repetir os 100% de aproveitamento do primeiro dia, mas sete avançaram nas boas ondas de 1,5 metros da terça-feira em Huntington Beach, Califórnia, palco do US Open of Surfing.

 

Os cariocas Pedro Henrique e Leonardo Neves estrearam juntos emplacando a segunda dobradinha verde-amarela nos Estados Unidos, enquanto o paraibano Jano Belo e o paulista Heitor Pereira venceram suas segundas baterias na etapa 6 estrelas do WQS, que tem prazo até o dia 31 de julho e oferece US$ 125 mil em prêmios.

 

Nesta quarta-feira começa a etapa feminina do WQS e os principais cabeças-de-chave do masculino também farão suas primeiras apresentações no evento mais tradicional realizado na costa norte-americana.

 

O tricampeão mundial Andy Irons está escalado na primeira bateria e oito brasileiros fazem parte da lista dos 48 surfistas que já entram na fase da premiação em dinheiro. Com os sete classificados na terça-feira, o Brasil então continua com quinze atletas na briga pelo título que vale US$ 15 mil e importantes 2.500 pontos no ranking.

 

Do total de 192 surfistas de 18 países inscrito no US Open of Surfing 2005, metade já está eliminado, inclusive dez dos 25 brasileiros que foram competir nos Estados Unidos. Nove caíram na terça-feira em Huntington Beach.

 

O paulista Beto Fernandes e o carioca Bruno Santos inauguraram a 18a etapa do WQS 2005 com uma dobradinha verde-amarela na segunda-feira, mas foram barrados nas duas primeiras baterias da segunda fase. O peruano Gabriel Villaran, que também estreou com vitória na Califórnia, foi eliminado junto com Bruno Santos na segunda bateria.

 

A primeira chance de dobradinha brasileira também terminou frustrada no sexto confronto do dia. O jovem australiano Josh Kerr venceu a disputa e o paulista Odirlei Coutinho garantiu a primeira classificação verde-amarela do dia, mas o potiguar Danilo Costa não passou da sua estréia na Orange County. Três baterias depois, o cearense Dunga Neto enfrentou três australianos e despachou Luke Hitchings e Zane Harrison para passar atrás de Corey Ziems.

 

 Já na 11a bateria, os cariocas Pedro Henrique e Leonardo Neves fizeram um ‘revival’ da final da terceira etapa do SuperSurf 2005, disputada há duas semanas na praia de Itaúna, Saquarema, onde eles moram. Nas ondas de Huntington Beach, Pedrinho voltou a vencer e Léo Neves confirmou a segunda dobradinha verde-amarela na prova, com ambos despachando o espanhol Aritz Aranburu e o australiano Anthony Walsh.

 

Em seguida vieram mais duas derrotas e três dobradinhas frustradas. Semifinalista no 6 estrelas da África do Sul, o paranaense Jihad Kohdr acabou surpreendido pelo japonês Norimasa Ohno e pelo norte-americano Dane Gudauskas, que estão muito distantes da 17a colocação que o brasileiro ocupava no ranking. O gaúcho Rodrigo Dornelles e o catarinense Jean da Silva perderam juntos para o neozelandês Jay Quinn e o australiano Yadin Nicol.

 

A classificação dupla do Brasil também falhou outras duas vezes. O paulista Heitor Pereira venceu sua segunda bateria na Califórnia, mas o paraibano Fábio Gouveia ficou em último na disputa em que o australiano Samba Mann ganhou a briga pela segunda vaga do japonês Masatoshi Ohno. O paraibano Jano Belo também manteve a invencibilidade em sua segunda participação, mas outro estreante, o atual campeão brasileiro Renato Galvão, foi barrado pelo havaiano Nathan Carroll.

 

Já nas duas últimas baterias do dia, o destaque foi a excelente participação dos surfistas de Porto Rico. Brian Toth e Carlos Cabrero formaram uma dobradinha porto-riquenha para despachar o sul-africano Ricky Basnett e o havaiano Jason Shibata na penúltima. E na última, Dylan Graves também venceu, com o alagoano Marcondes Rocha, vice-campeão do 6 estrelas de Durban, na África do Sul, garantiu a última vaga para a terceira rodada do US Open of Surfing ao superar o australiano Michael Spencer e o norte-americano Kyle Knox.

 

Todos os 96 atletas escalados nas 24 baterias desta fase já garantiram a premiação mínima de US$ 800 e 479 pontos no ranking, mesmo que fiquem em último lugar nas suas baterias. Se forem eliminados na terceira colocação, o prêmio sobe para US$ 900 e os pontos para 679, mas quem avançar para a quarta rodada leva mais US$ 100 e 100 pontos.

 

Brasileiros na terceira fase (os dois primeiros de cada bateria são cabeças-de-chave que estréiam na competição)

 

2 Marcelo Trekinho (Bra), Justin Mujica (Port), Russell Winter (Ing) e Luke Munro (Aus)
3 Raoni Monteiro (Bra), Frederick Patacchia (Haw), Shane Bevan (Aus) e Patrick Gudauskas (EUA)
4 Tim Curran (EUA), Armando Daltro (Bra), Dayyan Neve (Aus) e Dean Randazzo (EUA)
5 Damien Hobgood (EUA), Toby Martin (Aus), Mikael Picon (Fra) e Odirlei Coutinho (Bra)
9 Paulo Moura (Bra), Trent Munro (Aus), Corey Ziems (Aus) e Cheyne Magnusson (Haw)
10 Eneko Acero (Esp), Jesse Merle-Jones (Haw), Dunga Neto (Bra) e Dustin Cuizon (Haw)
11 Shaun Cansdell (Aus), Marcelo Nunes (Bra), Pedro Henrique (Bra) e Drew Courtney (Aus)
12 Cory Lopez (EUA), Renan Rocha (Bra), Leonardo Neves (Bra) e Shea Lopez (EUA)
15 Yuri Sodré (Bra), Nathaniel Curran (EUA), Heitor Pereira (Bra) e Ola Eleogram (Haw)
19 Adriano de Souza (Bra), Troy Brooks (Aus), Warwick Wright (Afr) e Teppei Tajima (Jap)
22 Adrian Buchan (Aus), Luke Stedman (Aus), Yadin Nicol (Aus) e Jano Belo (Bra)
23 Glenn Hall (Aus), Adam Robertson (Aus), Brian Toth (PRico) e Marcondes Rocha (Bra)