Laje de Jagua

Caçadores de adrenalina

0

Não havia nada de especial na ondulação que entrou na última semana em Jaguaruna (SC). Segundo as previsões, o swell era pequeno e estava de sul / sudeste com período de 12 a 13 segundos e ondas de até 2 metros, mas sempre que períodos altos pontam nos gráficos em Santa Catarina, a Laje da Jagua recebe uma atenção especial daqueles que vivem em busca das grandes ondas.

 

O swell não era grande, mas mesmo assim a equipe da Atow-inj monitorava a ondulação com cautela. Quando a previsão se confirmou, entramos em contato com todos para mais uma investida. Na barca estávamos eu, o fotógrafo Lucas Barnis e os surfistas João Baiuka, Leandro Pacheco, Rafael Macaco, Joi Luiz, Samuel Giassi, Marcos Moraes e André Paulista.

 

Chegando ao pico, de cara já vimos que o dia seria para remada. As ondas quebravam perfeitas para os dois lados, mas percebemos que a direita estava sinistra com a bancada praticamente exposta.

 

Imagina a situação de estar vindo lá de trás, dropando a onda e, quando você vai dar a cavada na base, surgem pedras afiadas com 20 cm para fora da água? Na verdade, nem queira imaginar, pois a situação não é nada agradável e faz você pensar dez vezes antes de se arriscar. Não é sempre que a onda fica assim, mas, quando fica, o clima é tenso no pico, pois qualquer vacilo pode colocar sua vida em jogo.

 

Encaramos primeiro na remada, e depois realizamos um sessão de tow-in. O destaque dessa vez foi Marcos Moraes, surfista de Garopaba que conseguiu surfar uma das maiores do dia na remada. Vamos inscrever a onda do Marquito no Prêmio Greenish Brasil 2013, e mais uma vez a equipe da Laje vai brigar forte pelo prêmio.

 

“Quando surfamos na Laje, trabalhamos todos em conjunto para obter os melhores resultados, tanto na segurança como no registro de imagens. Somos uma família, uma história que começou na época do Zeca Scheffer, em 2003, e está viva até hoje”, finalizou Marcos Moraes.

 

Mudamos a estratégia quando fomos para a sessão de tow-in. Optamos em surfar a direita, mas sabíamos que o desfio seria ainda maior. Por várias vezes passamos riscando as quilhas na bancada, mas graças a Deus tudo deu certo e pudemos desfrutar de ondas de peso em pleno quintal de casa.