Arnette Pro Junior

Caio é o cara

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Caio Ibelli entra de cabeça na briga pelo caneco do circuito. Foto: Pedro Monteiro / Adding.

Marco Fernandez manda bem e finaliza na terceira posição. Foto: Pedro Monteiro / Adding.

Com um surf moderno, radical e amplo repertório de manobras aéreas, Caio Ibelli, 18, sagrou-se campeão do Arnette ASP World Junior 2011, encerrado neste domingo na praia do Diabo, Rio de Janeiro (RJ).

 

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Na bateria final, o paulista surfou muito, derrotou o australiano Jack Freestone de forma incontestável e entrou de cabeça na briga pelo caneco da temporada.

 

“Ser campeão na primeira vez que a competição acontece no Brasil é sensacional. Gostaria de agradecer meus patrocinadores, a torcida e aos surfistas locais. Sem vocês esse título não seria possível. Lutei muito para chegar até aqui e estou muito feliz pela vitória”, comemora Ibelli, quinto colocado na primeira etapa do circuito. 

 

Outros atletas de destaque nesta segunda etapa do Mundial Pro Junior da ASP, Filipe Toledo e Marco Fernandez chegaram às semifinais e garantiram a festa brazuca no pódio do evento.

 

Quartas-de-final Na primeira bateria do dia, Filipe Toledo bateu de frente com o lusitano Frederico Morais e se deu bem. O duelo foi eletrizante e decidido na última nota. Com várias ondas boas surfadas, Filipinho provou que seu surf não depende exclusivamente dos aéreos. O ubatubense fez as notas em manobras de linha, soube aproveitar bem a junção e eliminou o português com excelente somatório (16.00 a 14.97).

 

“A bateria foi difícil, ele quase conseguiu virar, mas graças a Deus deu tudo certo. Estou confiante, com a prancha e as manobras no pé, e quero fazer a final”, comenta Filipinho. 

 

O segundo duelo reuniu no outside da praia do Diabo duas promessas da nova geração aussie: Jack Freestone, atual campeão mundial da categoria, e Davey Cathels, campeão da primeira etapa do circuito.

 

Cathels não conseguiu manter as boas performances dos últimos dias e acabou fora das semifinais – em combinação – ao encontrar um Jack inspiradíssimo. Com performance arrasadora, Freestone fez quatro highs scores durante a bateria, finalizou com o maior somatório do evento (19.70) e de quebra, cravou a primeira nota 10 da competição ao mandar dois aéreos perfeitos na mesma onda.

 

“Estou muito feliz por ter avançado. Trinquei minha prancha no 9.70 pontos, voltei para o outside sem trocar o equipamento e fiz o 10 com ela rachada”, conta o local da Gold Coast.

 

No terceiro confronto, Marco Fernandez encarou Garret Parkes, terceiro colocado na primeira etapa, e mandou o australiano para casa. As séries resolveram sumir e a bateria foi morna. Fernandez posicionou-se muito melhor que australiano e fez as notas da vitória sem ter a prioridade. Parkes não encontrou uma segunda onda boa e finalizou sua participação nesta segunda etapa (12.40 a 8.37). 

 

A última bateria das quartas-de-final colocou frente a frente dois expoentes da nova geração brazuca. Caio Ibelli e Ítalo Ferreira partiram para o ataque e buscaram a vitória com determinação. Ítalo surfou mais ondas, Caio escolheu melhor e carimbou seu passaporte às semifinais por pequena diferença (15.80 a 15.20).

 

Semifinais Filipe Toledo e Jack Freestone caíram na água na primeira bateria semifinal. O aussie manteve o ritmo e totalmente à vontade, eliminou Filipinho, que não se encontrou no outisde e ainda deu mole quando assumiu a prioridade (16.27 a 8.77).

 

O australiano abriu o confronto com tudo e nos primeiros minutos já somava um high score (8.17) e uma onda regular (6.17). Filipe buscou a reação, vacilou na escolha das ondas e não conseguiu passar de um 4.17 pontos. Com um 17o lugar na primeira etapa e um terceiro lugar nesta segunda etapa, o ubatubense ganha algumas posições no ranking, mas chegará à decisão na Austrália com chances remotas de conquistar o título do circuito.

 

A segunda bateria das semifinais colocou novamente frente a frente dois atletas de destaque da nova geração nacional. Caio Ibelli e Marco Fernandez duelaram pela segunda vaga na decisão. 

 

Determinado, Caio foi para cima, recheou seus ataques de frontside com manobras de linha, aéreos modernos e assumiu a liderança (8.07 e 7.00). Fernandez não deixou por menos, tentou dar o troco, encontrou uma boa direita, obteve 8.33 pontos e entrou no jogo. 

 

Com a liderança nas mãos, Ibelli se soltou, passou a apostar nos aéreos, descolou 7.73 em um deles e deixou o baiano precisando de uma nota na casa dos 7.00 pontos para virar. O tempo passou, as séries diminuíram de intensidade e o paulista avançou às finais (15.80 a 12.50).

 

“Ano passado fiz duas semifinais e queria muito chegar à final aqui no Rio. Infelizmente precisei eliminar vários brasileiros, todos meus camaradas. O Jack fez as melhores notas de hoje e é o cara a ser batido. Conto com a torcida brasileira para vencer o duelo”, afirma Ibelli.

 

Final Caio Ibelli começou o confronto decisivo com tudo e logo de cara arrancou 6.67 pontos em uma boa direita. Jack, dono da maior nota e do maior somatório do evento, veio para o contra-ataque e fez 5.57 pontos. Calmo e determinado, Ibelli esperou a boa e quando a direita da série apareceu, mandou um rasgadão e completou com uma manobra muito forte na junção (8.60). O aussie bem que tentou correr atrás do prejuízo, mas as notas foram insuficientes e o paulista faturou o caneco (15.27 a 12.94). 

 

Resultados do Arnette ASP World Junior 2011

 

1 Caio Ibelli (Bra)

2 Jack Freestone (Aus)

3 Marco Fernandez (Bra)

3 Filipe Toledo (Bra)

5 Ítalo Ferreira (Bra)

5 Frederico Morais (Por)

5 Davey Cathels (Aus)

5 Garrett Parkes (Aus)

9 Kiron Jabour (Haw)

9 Matt Banting (Aus)

9 Arashi Kato (Jap)

9 Tanner Hendrickson (Haw)

9 Cristobal de Col (Per)

9 Matt Lewis Hewitt (Nzl)

9 Keanu Asing (Haw)

9 Ian Gouveia (Bra)

17 Luan Carvalho (Bra)

17 Cauê Wood (Bra)

17 Lucas Silveira (Bra)

17 Peterson Crisanto (Bra)

17 Sidney Guimaraes (Bra)

17 Yan Guimarares (Bra)

17 Luel Felipe (Bra)