Além de valer 3.000 pontos para o ranking mundial do WSL Qualifying Series, o Hang Loose São Sebastião Pro também definiu o campeão sul-americano da WSL South America no sábado em Maresias.
O título foi decidido na última bateria classificatória para as quartas de final. O paulista Thiago Camarão, local da Praia de Juquehy em São Sebastião, precisava ficar no mínimo em terceiro lugar para acabar com as chances do seu único concorrente, Deivid Silva. No entanto, o confronto terminou com ele em quarto, sem contar a nota da sua última onda, que demorou um pouco para ser divulgada.
Ele ficou na beira do mar aguardando o anúncio e a nota 6,33 recebida foi suficiente para tirar o terceiro lugar do catarinense Willian Cardoso no confronto que classificou o campeão mundial Adriano de Souza e Tomas Hermes para as quartas de final. Só então, Thiago Camarão festejou o título de melhor surfista profissional da América do Sul em 2017 e foi carregado pela torcida até a arena do evento.
Camarão liderou o ranking desde a sua vitória na primeira etapa em Mar del Plata, na Argentina. O circuito ainda passou pelo Peru, Chile e por Itacaré, na Bahia, antes de chegar no Hang Loose São Sebastião Pro.
O prêmio para os campeões regionais da World Surf League é a garantia de participação nas principais etapas do WSL Qualifying Series, com status QS 6000 e QS 10000, que são decisivas na disputa pelas dez vagas para o CT.
“Estou muito feliz pelo título, mas triste pelo resultado aqui, porque eu estava almejando a vitória nessa etapa”, disse Thiago Camarão. “Mas, estou contente pelo título sul-americano, que é inédito na minha vida e pretendo focar ainda mais nos próximos eventos do Havaí, pois vou com tudo pra lá. Fico um pouco triste porque esse evento era muito importante pelo fato de ser em casa, em frente da torcida, família, é onde eu mais treino, conheço bem a onda e tenho apoio da torcida também. Acabei perdendo a bateria, mas ganhei o título sul-americano, então só posso sair daqui feliz por isso, claro”.