Campanha meteórica

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Campeão do WQS 2005, Adriano Mineirinho é uma das sensações da próxima temporada no circuito mundial. Foto: Bruno Lemos / Lemosimages.com.
Uma campanha digna de um verdadeiro campeão. Esta frase resume muito bem a trajetória arrasadora do guarujaense Adriano de Souza, o Mineirinho, no WQS.

 

Com o total de 13128 pontos, pontuação recorde na história do circuito, ele comandou as ações em 2005 e abriu grande distância sobre os adversários.

 

O norte-americano Bobby Martinez, vice-campeão, ficou 2558 pontos atrás de Mineirinho.

 

Depois de faturar o Mundial Pro Junior em 2004 e o WQS 2005, o guarujaense de 18 anos parte em busca do inédito título do WCT a partir da próxima temporada.

 

Em final memorável contra Neco Padaratz, Mineirinho venceu o Billabong Costa do Sauípe 2005, etapa do WQS realizada na Bahia. Foto: Eduardo Moody.
Para reinar na divisão de acesso do circuito mundial, Adriano Mineirinho optou por participar apenas das etapas de níveis 5 e 6 estrelas.

 

Sua estréia em 2005 teve como palco o arquipélago de Fernando de Noronha. Depois de avançar uma rodada, Mineirinho foi barrado pelo sul-africano David Weare e o carioca Anselmo Correia, finalizando a prova em 25o lugar.

 

Em seguida, embarcou para Margaret River, na Austrália, onde ficou na 19a posição.

 

Mineirinho passou por três baterias e caiu diante do aussie Trent Munro e o espanhol Eneko Acero, com o australiano Kieren Perrow em terceiro no confronto.

 

O primeiro resultado expressivo na temporada veio no início de junho. Com uma excelente performance nas Ilhas Maldivas, Adriano Mineirinho chegou até as semifinais e perdeu para o aussie Luke Hitchings. Com o terceiro lugar, pulou da 68a para a 16a posição no ranking.

 

A entrada na lista dos 15 classificados do WQS veio na prova seguinte, realizada na Costa do Sauípe, litoral norte baiano. Com uma campanha impecável, Mineirinho venceu todas as baterias que disputou para subir ao topo do pódio e faturar US$ 12 mil, além de 2 mil pontos, assumindo a quarta colocação no ranking.

 

Em Durban, África do Sul, Mineirinho foi eliminado logo de cara pela primeira vez na temporada. Ele e o carioca Leonardo Neves perderam para os aussies Jamie Thomson e Ben Dunn.

 

A recuperação veio na etapa seguinte, disputada em Huntington Beach, Califórnia (EUA). Adriano Mineirinho avançou até a semifinal, em que perdeu para o local Rob Machado. Com o resultado, assumiu a vice-liderança no ranking.

 

Em agosto, o guarujaense embarcou para o Japão e ficou em nono lugar em Akabane Beach. Seu algoz foi o aussie Chris Davidson nas oitavas-de-final. Mineirinho passa então a ser o novo líder do circuito e não é alcançado por mais ninguém.

 

Para disparar na liderança, ele dá um verdadeiro show na tradicional perna européia. Fica em quinto lugar em Anglet, perdendo para o aussie Luke Stedman, campeão da prova.

 

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Em mais uma conquista histórica, Mineirinho decola para a vitória na primeira etapa 7 estrelas da ASP, na França. Foto: Dimulle / ASP Europe.
Na seqüência, conquista a terceira posição em Lacanau, caindo diante do amigo e rival Shaun Cansdell, da Austrália, derrotado por Mineirinho na final do Pro Junior em 2004.

 

Depois de vencer Mineirinho por 16.44 a 15.83 pontos, Cansdell derrota o norte-americano Tim Reyes e fatura a competição em Lacanau.

 

O guarujaense fecha a participação na França com chave-de-ouro ao vencer o Rip Curl Series, prova especial com nível 7 estrelas. Na final verde-amarela em Hossegor, derrota o ubatubense Odirlei Coutinho.

 

Em Portugal, Mineirinho amarga o 25o lugar depois de perder para o norte-americano Ben Bourgeois e o carioca Leonardo Neves.

 

Odirlei Coutinho, vice, e Adriano de Souza, campeão, comemoram a dobradinha brazuca em Les Bourdaines, Seignosse. Foto: ASP World Tour / Karen.
Depois de treinar em picos diferentes nos quase dois meses que o WQS ficou sem etapas de níveis 5 e 6 estrelas, Adriano Mineirinho marcou presença no Onbongo Pro Surfing, etapa disputada na praia Mole, em Florianópolis.

 

O atleta passou uma bateria e amargou a última posição no confronto contra o carioca Raoni Monteiro, o australiano Josh Kerr e o sul-africano Daniel Redman, terceiro colocado.

 

O título do circuito é sacramentado em Haleiwa, Hawaii. Em sua estréia da prova, ele perdeu junto com o aussie Nathan Webster para Leigh Sedley, da Austrália, e o neozelandês Maz Quinn. 

 

Depois, viu seus principais adversários no ranking caírem antes da final e finalmente pôde comemorar a conquista do WQS.

 

A última participação de Adriano Mineirinho no WQS 2005 teve como palco as ondas de Sunset Beach. Mais uma vez o neozelandês Maz Quinn entrou em cena para eliminar o brasileiro, que ainda ficou atrás do havaiano Kainoa McGee.

 

Foram nove meses de muitas competições e treinos em ondas perfeitas. Em 2005, Mineirinho afiou seu talento nas ondas do Hawaii (duas vezes), Fernando de Noronha, Austrália (Gold Coast e West Australia), Nova Caledônia, Tahiti, Indonésia (Uluwatu, Padang e G-Land), Ilhas Maldivas (duas vezes) e Filipinas.

 

Luís Henrique Sabóia, o “Pinga”, diretor de marketing da Oakley no Brasil, conta os planos de Mineirinho para o início de 2006.

 

“No início do ano ele volta ao Hawaii para mais alguns dias de surf e vai para a Austrália, Fiji e depois Tahiti. Ele vai chegar a Teahupoo uns 20 a 30 dias antes do campeonato”, conta Pinga.

 

Nesta entrevista exclusiva concedida ao correspondente Waves no Hawaii Paulo Tracco, Mineirinho faz um retrospecto do vitorioso ano e revela detalhes sobre sua trajetória.

 

Além disso, ele fala sobre os planos e preparativos para sua temporada de estréia na elite mundial do WCT, em que é apontado como um dos destaques entre as novidades.

 

Para finalizar, Adriano de Souza faz um inédito desabafo sobre a declaração dada por ele e publicada na revista Fluir sobre a participação do tricampeão mundial Tom Curren na etapa brasileira do WCT.

 

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Paulo Tracco viaja com apoio da Nivana Turismo.