O catarinense Jean da Silva, atual campeão Brasileiro Amador na categoria Open, foi entrevistado depois da final do Onbongo Pro Surfing, realizado em Florianópolis (SC).
Silva estava satisfeito com o resultado obtido na prova do WQS, pois havia passado três fases do evento seis estrelas.
O atleta soma vários títulos no currículo, como o de campeão da última etapa do Billabong Pro Junior, disputado na Ilha do Mel (PR).
Dono de uma imagem limpa e de atitudes muito sérias, este prodígio do surf brasileiro está sendo uma barreira para os adversários nos eventos amadores.
Agora, ele quer mais e vai abrir caminho no selvagem Circuito Mundial Profissional, para tentar ser o que o Brasil ainda não tem: campeão do WCT.
Saiba um pouco mais sobre o determinado Jean da Silva e guarde bem o nome dele.
Nome completo: Jean Pahl da Silva
Local de nascimento: Joinville (SC)
Data de nascimento: 06/02/1985
Local de: São Francisco do Sul (SC)
Você surfou a vida inteira em São Francisco do Sul?
Comecei como uma brincadeira aos 7 anos em Barra do Sul (extremo norte do litoral catarinense). Depois treinei para começar a competir. Aos 13 anos, mudei para São Francisco do Sul. Meu pai me deu a oportunidade de ir morar lá e hoje treino lá direto.
Como é participar de um evento como Onbongo Pro Surfing?
Para mim foi um resultado bom. Fui até a terceira fase, mas eu podia ter avançado mais. Não tive muita sorte na bateria. Mas foi bom competir com os melhores do mundo, pois só assim você pode evoluir, tanto no surf como também na competição.
O que você assimilou com sua derrota na bateria?
A paciência. Eu tinha que ter tido mais paciência na bateria, na escolha da onda, além de um melhor posicionamento na água.
O que você aprendeu durante o evento? Tentou alguma nova manobra?
Eu fiz o que sei. Não quis inventar nada de anormal. Estou acostumado a treinar e fiz o que pude.
Você tirou algum aproveito vendo os caras do WCT surfando na praia Mole?
Com certeza. Eles têm muita velocidade e surfam com pressão na onda. São determinados a dar manobras bem no olho, no quente da onda, para conseguir uma boa somatória de pontos.
Qual tipo de prancha você usa numa competição como essa?
A mesma que a do campeão do evento (Chris Davidson): uma 6’1″. Durante a semana eu chego da escola, almoço e caio na água. Faço um treino forte, uma alimentação equilibrada e, à noite, vou para a academia. Também faço aulas de inglês e de computação. Volto para casa e durmo cedo. Não costumo sair à noite.
Fale da campanha no Circuito Brasileiro Amador, em que conquistou o título na Open?
Eu tive uma colocação ruim na primeira etapa. Na segunda, fiquei em segundo lugar, tive uma atuação muito boa, quase ganhei. E logo em seguida fui para a Bahia e Espírito Santo e ganhei uma etapa lá e, na outra, fui quinto colocado. Consegui me acertar bem no mar, pegando boas ondas. Em São Paulo, fiquei em quinto e na última etapa, no Rio de Janeiro, fui vice-campeão. Com esses resultados, conquistei o título do circuito.
Como é seu treino? Você dorme cedo?
Durante a semana eu chego da escola, almoço e caio na água. Faço um treino forte, uma alimentação equilibrada e, à noite, vou para a academia. Também faço aulas de inglês e de computação. Volto para casa e durmo cedo. Não costumo sair à noite.