Cria da famosa escolinha do Gordinho, o capixaba Helinton Loureiro despontou para o cenário do bodyboard nacional com performance arrasadora durante etapa do brasileiro profissional em 2004.
Desde então, o bodyboarder é destaque em competições da modalidade. Campeão estadual capixaba em 2009, o atleta busca consolidar sua carreira nesta temporada.
Na entrevista abaixo, o vencedor da primeira etapa do Brasileiro Profissional 2010 fala um pouco sobre sua vida, objetivos e carreira.
Como, onde e por que começou com o bodyboard?
Foi quando mudei de estado. Nasci em Minas Gerais. Aos 13 anos fui morar no Espírito Santo. Junto com alguns amigos – Beneir (Bene), Bruno (Zulu), Diogo (Toddynho) e Victor (Vitim) comecei a pegar onda. Depois entrei na Escolinha de Camburi (ES) onde as aulas eram no Secret, com os professores Ugo, Marcelo Rocha e Frank Bernardo.
Quem são seus ídolos no bodyboard?
Anderson Pinto (Gordinho), Anderson de Souza (Pelé), Paulo Roberto (Sol), Lucas Nogueira e Magno Oliveira.
Quais suas manobras preferidas e por quê? Quais pretende aperfeiçoar?
Aéreo e aéreo invertido. No aéreo você testa a capacidade do corpo. No Invertido, tem que inverter totalmente o percurso. Requer muito do atleta. Sem falar que as duas manobras trazem a sensação de estar voando. Busco aperfeiçoar o invertido e quero mandar um 720º.
Qual a importância do estilo pra você?
O estilo é muito importante. Hoje em dia temos muitos atletas que sabem surfar, mas começam a competir muito cedo e esquecem o estilo.
Quais viagens já fez na carreira?
Hawai, Chile, Espanha, Ilhas Canárias e Fernando de Noronha.
Fale sobre suas principais conquistas no esporte.
Considero a conquista de uma etapa de 2004 do Brasileiro em Campos (RJ) muito importante. Estava virando profissional e ganhei. O titulo estadual capixaba 2009 também. Briguei até a última bateria da última etapa. Tinha que ganhar o campeonato para ser campeão. Ganhei o título e uma passagem para o Hawaii.
Como está o nível do esporte no Espírito Santo e como analisa o esporte no Brasil?
O nível no estado é muito forte. Temos excelentes bodyboarders. Isso sem dizer que vários atletas de fora vêm disputar o nosso estadual. Vira quase um brasileiro. A modalidade no Brasil cresce um pouco por dia. Em toda praia você consegue ver bodyboarders.
Se pudesse mudar algo no esporte, o que mudaria?
Eu tentaria fazer com que todo atleta que dedica a sua vida para o bodyboard pudesse viver da modalidade. Amo esse esporte. Representa tudo na minha vida.
Comente a recente vitória na primeira etapa do brasileiro em Campos (RJ).
Tenho boas recordações. Ganhei três etapas do brasileiro em Campos: Mirim 2002, Profissional 2004 e Profissional 2010. Neste ano, cheguei focado e consegui a vitória.
Com a separação da categoria profissional, cada bateria é final. Dos dezesseis da categoria Super Top, cinco são Top 16 mundial.
Na final enfrentei o local Bruno Invyk. O público, claro, estava à favor dele. Faltava um minuto. Ele precisava de 5.75. Eu estava com a prioridade. Não consegui entrar na onda. Ele dropou e errou a manobra. Com isso fui campeão. Agradeço a Deus.
Fonte Bodyboardpress