Tow-in

Cariocas discutem associação

Reunião de Tow surfers no Rio de Janeiro (RJ).

Praticantes do tow-in reúnem-se no Rio. Foto: Alvinho Duarte.

Grandes nomes do tow-in brasileiro reuniram-se no Rio de Janeiro (RJ) na última quinta-feira (10/9) para discutir a criação da ACT (Associação Carioca de Tow in).

A iniciativa partiu do big rider Eraldo Gueiros, que planeja a regulamentação de normas de segurança para uma prática mais segura do surf rebocado no Rio.

 

Além de Gueiros, participaram da reunião Carlos Burle, Maya Gabeira, Rodrigo Resende, João Capilé, Ylan Blank e tow riders amadores cariocas.

 

Outro assunto em pauta foram as leis que regulamentam o tow in na África do Sul. Na última viagem que Maya Gabeira e Carlos Burle surfaram ondas gigantes na Cidade do Cabo, foi levantada uma intrigante questão.

 

As vésperas de um swell gigante, Maya teve que embarcar uma semana antes no país para se habilitar a pilotar o jet-ski na Cidade do Cabo. Caso não fizesse isto, estaria impossibilitada de praticar o surf rebocado em águas sul-africanas.

 

“Estudei dois dias inteiros e fiz minha prova. Depois de devorar um manual de 90 páginas em inglês, passei na prova com 93% de acerto”, relata a surfista.

Segundo as leis vigentes em território sul-africano, para conseguir a habilitação e praticar o esporte, é necessário que o candidato tenha surfado ondas grandes na remada por duas temporadas na região, além de estudar minuciosamente um manual com 90 páginas para fazer a prova escrita. 

Outra iniciativa envolvendo o surf rebocado aconteceu na Baía de Monterrey, Califórnia (EUA), onde localiza-se o pico de Ghost Trees. No lugar, a utilização de jet-skis foi expressamente proibida por questões ambientais.

 

Já em São Francisco, local da onda de Mavericks, o tow in ficou restrito aos dias de “high surf advisory”, ou seja, quando as condições do mar impossíibilitam o surf na remada.

Aqui no Brasil, onde temos campeões mundiais e dez duplas entre as 20 melhores do mundo,  oficialmente só se pode trafegar com o jet a 200 metros da praia, o que teoricamente impede a prática do tow surf.

Romeu Bruno, presidente da Abrasmo (Associação Brasileira de Surf Motorizado), trabalha em conjunto com a marinha para adequar o esporte a NORMAM 3 (Norma da Autoridade Marítima), que, regulamentada em 1997, trata da segurança do tráfego aquaviário de embarcações de esporte e recreio.

 

Segundo o presidente, a lei é antiga, e um dos fatores positivos é que o jet-ski hoje é visto como uma ferramenta de resgate, e não como um brinquedo como antes.

 

Romeu está envolvido também na criação da Associação Internacional de Tow In Surf, que futuramente deve ter como presidente o havaiano Tony Moniz e o californiano Jeff Clark como vice. A entidade tem como um dos objetivos criar uma carteira internacional de tow in, adequada às regras de cada local onde se pratica a modalidade.

Ao final do encontro no Rio, ficou definido inicialmente que será criado um estatuto para a oficialização da ACT, que deve ter Gueiros como presidente.

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