Cariocas levantam torcida

0

Raoni Monteiro e o amigo Léo Neves estréiam com vitória no Quiksilver Pro 2007. Foto: Marina Vivacqua.

Os cariocas Raoni Monteiro e Leonardo Neves foram os únicos brasileiros que conseguiram vencer suas baterias de estréia no Quiksilver Pro, etapa de abertura do WCT que rola na Gold Coast, Austrália.

 

Clique aqui para ver as fotos

 

Os dois são grandes amigos e há muitos anos residem em Saquarema, Região dos Lagos no Rio de Janeiro.

 

Apesar do tropeço inicial, os outros cinco brasileiros terão nova chance de classificação na repescagem, que terá presença de Kelly Slater e Andy Irons.

 

Apesar do empenho, Adriano Mineirinho terá que disputar a repescagem para seguir na competição. Foto: Marina Vivacqua.

As condições do mar não eram as ideais, mas a comissão técnica decidiu realizar a primeira fase na quinta-feira de ondas irregulares de 1 metro em Snapper Rocks.

 

Os australianos fizeram as honras da casa no primeiro dia e as maiores notas saíram para Mick Fanning (9,50), Joel Parkinson (9,33) e Taj Burrow (9,27), que também encabeçaram o último ranking do WCT.

 

O jovem aussie Julian Wilson carimbou a faixa de campeão de Slater no Quiksilver Pro na Gold Coast. A maioria das ondas fechava rápido e o fator sorte provocou várias surpresas.

 

A primeira delas foi a vitória do brasileiro Leonardo Neves, que despachou os australianos Tom Whitaker e Luke Stedman na terceira bateria. A primeira vitória de um estreante no seleto grupo que participa do milionário ASP World Tour 2007 foi garantida com uma nota 8 na última onda que o carioca surfou no minuto final.

 

E a torcida nem havia assimilado a derrota do grande favorito Kelly Slater, quando na disputa seguinte o havaiano Andy Irons, seu maior adversário nos últimos anos, também foi mandado para a repescagem pelo sul-africano Greg Emslie.

 

Outras três novidades na ?seleção brasileira? do WCT seguiram o mesmo caminho. O pernambucano Bernardo Pigmeu perdeu por pouco ? 13,53 x 12,46 pontos ? para o australiano Dean Morrison, caindo junto com o havaiano Pancho Sullivan na bateria que inaugurou o Quiksilver Pro 2007.

 

O gaúcho Rodrigo Dornelles não teve qualquer chance contra um inspirado Joel Parkinson, que somou 16,50 pontos, a maior marca até ali. O mar melhorou nessa hora e na bateria seguinte o californiano Bobby Martinez arrancou notas 9,17 e 8,73 para totalizar imbatíveis 17,90 pontos.

 

Nota 9,17 também recebeu o havaiano Bruce Irons na melhor onda que entrou na bateria contra os brasileiros Raoni Monteiro e Neco Padaratz. O carioca começou bem largando com uma nota 7,33. O catarinense mostrou que está em forma ao abrir grandes leques de água numa boa direita destruída por várias manobras que valeram nota 8,5.

 

Só que Neco e o havaiano não tinham uma outra nota regular para somar no resultado e Raoni confirmou a vitória quando repetiu a dose com um 7,43, minutos antes de Bruce Irons assustar com um 9,17.

 

Monteiro está voltando a competir depois da cirurgia no joelho a que foi submetido em dezembro e tem boas lembranças da Gold Coast, pois chegou nas quartas-de-final lá no ano passado.

 

Dos remanescentes do time brasileiro de 2006, foi o único a estrear com vitória em Snapper Rocks na quinta-feira. O paulista Adriano de Souza nada pôde fazer contra o australiano Mick Fanning, recordista do dia com a nota 9,5 recebida em sua melhor apresentação.

 

E o cabo-friense Victor Ribas perdeu num confronto de poucas ondas boas surfadas. Ficou na mesma casa dos 12 pontos do Adriano e de um dos seus adversários, Cory Lopez, com o australiano Ben Dunn ganhando a disputa por 13,73 pontos.

 

Nova chamada para a repescagem do Quiksilver Pro, bem como para as oitavas-de-final do Roxy Pro, foi anunciada para as 6 horas da sexta-feira na Austrália, 5 da tarde da quinta-feira pelo horário de Brasília.

 

A competição tem prazo até o próximo dia 11 de março para ser concluída e distribui US$ 300 mil em prêmios.

 

Para obter mais informações acesse aspworldtour.com ou quiksilverpro.com .