Carol Dakani é a voz do surf

Carol Dakani está fazendo sua carreira dropar por cima

#A brasiliense Carol DaKani, 27 anos, é figura conhecida das principais ‘baladas surf’ de São Paulo e litoral. Ela cantar desde os 15 anos. Após escutar Concrete Blonde – influenciada por um namorado surfista – resolveu cantar e incorporar esse estilo ao seu repertório.
Carol já tocou no Venice Bar & Grill, Surf & Beach Show 98, e fez turnês com a galera do grupo australiano Spy vs Spy.
O surf na vida da cantora começou de forma semelhante à da maioria das garotas – acompanhando o namorado nas praias e esperando na areia vendo as manobras. Agora, ela se aventura no longboard.

Como é a sua relação com o surf?
Rola uma paixão. Desde 90 sou freqüentadora assídua das praias, como se fosse minha casa. Comecei sentada horas na areia, esperando o namorado surfista e não perdia uma manobra dele. Curto muito o sol e as ondas e tento surfar de longboard. Fico em pé e corro umas ondinhas no inside.

Você sofre influência de vários estilos. Por que optou pela surf music? Como começou essa idéia?
Sempre cantei vocais masculinos de rock, tipo Living Colour, Alice in Chains, Soudgarden. Em 90, ouvi Concrete Blonde, apresentada por um namoradinho surfista. Aí não teve jeito, era ligada com surf e Concrete quebrou minhas pernas, me identifiquei com o vocal agressivo da Johnnete.

Quais são as melhores bandas de surf music?
Concrete Blonde, Mary’s Danish, Spy vs Spy e Australian Crawl.

Como foi a turnê que você fez com o Spy vs Spy? E como é a sua relação com os integrantes da banda?
Fiz as turnês de 99 e 2000 na capital (SP), São José dos Campos e Florianópolis. Cantei com eles as músicas Clarity of Mind, Turn Turn Turn, Oceania e outras, como backing vocal. Foi inesquecível cantar com o Spy músicas que sempre gostei. Também me diverti nas viagens. Eles são muito legais e engraçados. Sou muito amiga do Ian, produtor dos shows no Brasil, e do Michael Weiley, guitarrista. Todos me tratam com um carinho especial, brincavam que eu era a “Spy Girl”.

Qual o significado do seu nome artístico e por que você o escolheu?
Em inglês, Carol significa “canto dos pássaros”, minha mãe escolheu esse nome involuntariamente, sendo que descobri o significado há dois anos atrás. DaKani é havaiano e significa “cantora’, acho que meu nome tem realmente tudo a ver com o que mais gosto de fazer na vida.

Carol curte longboard, mas também se amarra num carrinho. Foto: Arquivo Pessoal
Você está procurando um patrocinador para lançar o seu CD?
Preciso de um patrocínio para gravar o CD “Brinquedo Agacê”, num estilo hardcore melódico. Na realidade, fechar com uma gravadora seria o ideal, mas vamos gravar um CD independente para lançar nosso trabalho de qualquer forma. Buscamos uma empresa de surfwear ou streetwear com consciência do bom retorno em marketing institucional que teriam aliando imagem com a nossa música, usando a Lei de Incentivo à Cultura (abatendo o patrocínio do Imposto pago ao Governo). Nossa banda se chama Missi Píer, e os integrantes são Gabriel Schwindt, no baixo, Marco Trincanato, baterista e estamos a procura de um guitarrista. Quem se interessar é só entrar em contato pelo email: caroldakani@ig.com.br

Em quais sons você se inspira?
Entre as bandas de hardcore, curto sons como Pennywise, NOFX, No Fun At All, Tilt e Bad Religion. Já as bandas de surf music, gosto de Concrete Blonde, Mary’s Danish e o Spy.

Quais eventos importantes você participou?
As turnês 99 e 2000 com o Spy; Surf & Beach Show de 98; acústico solo do Michael Weiley, em 98; jam session com Rumbora, Raimundos, Roger do Ultraje a Rigor e Scandurra do Ira, além de vários shows no Venice, Surftrip, Superstore e litoral de São Paulo.

O que acha do cenário geral da música brasileira atualmente?
Está muito ruim. As bandas alternativas de hardcore, por exemplo, estão tendo uma abertura maior, mas mesmo assim o cenário ainda deixa muito a desejar. Faltam mulheres no rock e sobram ‘modas’.

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