Carol Freitas é Tricampeã Brasileira na Costa do Sauípe

Carol Freitas é Tricampeã Brasileira de Kitesurf na Costa do Sauípe.

Carol Freitas é Tricampeã Brasileira de Kitesurf na Costa do Sauípe.. Foto: Mauricio Val / FOTOCOM.NET.
A carioca Carol Freitas venceu nesta segunda-feira a chave principal da terceira etapa do Oi Kitesurf 2004, na Costa do Sauípe, e conquistou o tricampeonato Brasileiro por antecipação. Ao ganhar a fase principal, Carol garantiu no mínimo a segunda colocação na prova e não pode mais ser ultrapassada por nenhuma competidora.  São quatro etapas no total, com o descarte do pior resultado, e Carol ganhou as duas primeiras, em Vitória e João Pessoa. Nesta terça-feira, a partir das 9h, acontecerão as finais da repescagem e a grande decisão da etapa.

 

?Isto tudo é fruto do meu trabalho. Dentro d?água tudo pode acontecer, mas é inegável que hoje em dia eu me destaco com facilidade. Sou a única atleta realmente profissional, a única que viaja para as etapas do Mundial, mas nem por isso posso relaxar. Entro sempre em busca de superar meus limites?, disse a tricampeão.

 

Se Carol Freitas, a mais nova integrante do Time Oi, já colocou as duas mãos na taça, o paulista Guilherme Brandão, o Guilly, ficou ainda mais perto do bicampeonato brasileiro ao vencer a chave principal no masculino. Invicto na atual temporada, o Schumacher das Pipas precisou usar todo o seu repertório de manobras para vencer na final o menino prodígio do kite nacional, Reno Romeu, de apenas 14 anos.  Agora ele espera o resultado da repescagem para poder comemorar o bi e o título da etapa.

 

No sistema de disputa do kitesurfe, existem duas chaves, a principal e a repescagem, tanto no masculino quanto no feminino. Enquanto os vencedores avançam até a final da chave principal, os perdedores aguardam a decisão do grupo dos ganhadores para dar início à repescagem. O velejador que vencer a repescagem tem direito a desafiar os quatro melhores da chave principal, em confrontos homem a homem.

Estes confrontos sempre indicarão quem desafiará o atleta que está uma posição acima. O campeão da repescagem enfrenta o quarto colocado e quem ganhar a disputa parte para desafiar o terceiro, assim por diante. O campeão da chave principal, por estar invicto na competição, ainda tem o direito de uma revanche em caso de derrota contra o desafiante na grande final.

 

O principal adversário de Guilly, o carioca Joseph Carneiro, segundo do ranking, perdeu nas quartas-de-final e está na repescagem. Para ainda ter chances de conquistar o título brasileiro na quarta e última etapa, no Rio, Joseph precisará vencer a repescagem, todos os desafios e derrotar Guilly duas vezes e subir ao lugar mais alto do pódio no Sauípe. Para o Schumacher dos Pipas, por sua vez, basta terminar na frente de seu adversário.

 

Campeão das etapas de Vitória e João Pessoa, Guilly usou a tática de ir arriscando as manobras aos poucos e mostrou por que é o Schumacher do kite na semifinal e na final. Antes de superar Reno na decisão, Guilly também teve trabalho para passar pelo carioca Marcelo Cunha, atleta do Time Oi, na bateria que apelidada de obrigado Senhor.  No fim do tempo de disputa, tanto Guilly quanto Cunha enfrentaram situações perigosas. O paulista se enroscou nas cordas da bóia de demarcação e precisou soltar a pipa para não se afogar, enquanto Cunha foi arrastado pelo Kite, passando por cima do adversário, que afundou para não ser atropelado.

 

?Foi um grande susto, porque as ondas e a pipa me jogavam para debaixo d?água. Quando consegui soltar a pipa e Marcelo vinha a toda em minha direção. Foi por pouco?, disse Guilly, elogiando também o desempenho de Cunha e de Reno.

 

Cunha, do Time Oi, estava satisfeito por ter chegado novamente a uma semifinal, principalmente por causa de uma lesão no joelho esquerdo:

 

?É muito bom voltar às finais, mas quase tive de desistir nas quartas-de-final, mas a cada manobra que conseguia fazer direito eu ganhava mais vontade. O fundamental para voltar a andar bem foi controlar a cabeça, a ansiedade dentro d?água, o que consegui com a ajuda das pessoas que estão a minha volta?, explicou Cunha.

 

A quarta e última etapa do Oi Kitesurf 2004, o maior circuito nacional do mundo, acontecerá no Rio de Janeiro, de 30 de outubro a 2 de novembro. O Oi Kitesurf 2004 na Costa do Sauípe é uma realização da Movin’ Esporte & Entreteninento em parceira com o Grupo Aguilera e Fast Comunicação Integrada e tem o patrocínio da Oi e da Nokia, com co-patrocínio da Varig e da Costa do Sauípe e apoio da Track & Field, Chilli Beans, Revista Gust e Wipika.


Patrick Gonçalves, o Juba, e Marlos Vianna, em nono lugar, foram os melhores baianos na fase principal, com João Paulo Castro, de apenas 16 anos, terminando em 13o. Todos eles, porém, ainda têm chances de melhorar a colocação através da repescagem. Ao todos, 13 atletas da Bahia (um recorde de participação de um estado) enfrentaram os ventos e as ondas da Costa do Sauípe:

 

?Isto é muito importante para o desenvolvimento do kite baiano, que só existe há três anos. Por isso, mesmo quem sabia que não tinha chance alguma veio participar, conhecer o formato de uma competição, sentir a pressão de uma bateria e, principalmente, ver e aprender com os melhores do Brasil?, disse Juba, um dos pioneiros do esporte em Salvador.

 

Resultados:

 

Chave principal

Masculino


1. Guilherme Brandão, o Guilly ? SP
2. Reno Romeu ? RJ
3. Marcelo Cunha ? RJ
4. Eduardo Fernandes, o Rato ? PE

 

Feminiino

 

1.Carol Freitas ? RJ

2. Alexandra Amin ? SC

3. Daniela Monteiro ? RJ

4. Natália Ventura – RJ

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