Brasil Surf Pro

Catarinenses dominam estreia

Raphael Becker, praia da Joaquina, Florianópolis (SC)

Catarinense Raphael Becker garante o maior somatório na abertura do Brasil Surf Pro. Foto: Fábio Minduim / Maxsports.
Conterrâneo Beto Mariano tem uma das melhores atuações do dia na Joaca. Foto: Fábio Minduim / Maxsports.

Os catarinenses Raphael Becker e Beto Mariano foram os destaques do primeiro dia no Brasil Surf Pro nas ondas de até 1 metro da última quarta-feira (3/11) na praia da Joaquina, Florianópolis (SC).

 

Foi uma verdadeira maratona de 24 baterias disputadas das 8:30 às 19 horas. Tudo isso para aproveitar as condições do mar, pois as previsões não são boas para os próximos dias em Santa Catarina.

 

Depois das quartas-de-final femininas, rolaram duas fases do Masculino para definir os adversários dos 16 cabeças-de-chave da penúltima etapa do BSP 2010.

Os nove surfistas que brigam pela ponta do ranking brasileiro em Florianópolis fazem parte da lista. Enquanto eles entram só na terceira fase, na categoria Feminina todas começam na mesma rodada.

 

A atual campeã brasileira Suelen Naraisa passou pelas duas baterias que disputou e pode confirmar o bi se vencer o Brasil Surf Pro de Santa Catarina. Sua adversária na semifinal será a catarinense Gabriela Leite, com a paulista Camila Cássia e a pernambucana Monik Santos disputando a outra vaga na final.

No Masculino, a quarta-feira já começou com vitória do local da Joaquina, Fabricio Machado. Na bateria seguinte, outro catarinense, Beto Mariano, pegou uma ótima onda e ganhou nota 8.17.

 

Ninguém surfou melhor que ele nas quatorze baterias seguintes. Já o seu placar de 13.27 pontos foi batido quatro vezes só na primeira fase. Os paulistas Robson Santos com 14.44 e Caio Ibelli com 14.40 foram os melhores.

Mas, Raphael Becker garantiu a supremacia catarinense nas ondas da Joaca com as notas 7.60 e 7.50 que somou para atingir 15.10 pontos na quarta bateria da segunda fase. Ele nem sabia que havia feito o recorde do dia e durante a entrevista emocionou-se ao lembrar de uma bateria contra Andy Irons que o catarinense ganhou nas mesmas ondas da praia da Joaquina em 2004.

 

O havaiano vingou a derrota na terceira fase e naquele mesmo ano foi consagrado tricampeão mundial dias depois em Imbituba (SC).

“Não sabia disso, mas show, estou em casa, adoro o astral daqui, das ondas da Joaca e só não foi um dia perfeito por causa da morte do Andy Irons ontem (terça-feira)”, lamenta Raphael Becker.

 

“Aqui na Joaquina mesmo, em 2004, eu tinha sido campeão catarinense e participei da etapa do WT como um dos convidados. Ganhei dele na primeira bateria e pra mim foi a vitória mais marcante da minha carreira. Só que depois caímos juntos no homem-a-homem e aí ele me massacrou. Agora aconteceu do cara morrer num quarto de hotel sozinho, mas pra mim fica a lembrança daquela bateria inesquecível”.

Andy Irons In Memorian O falecimento do tricampeão mundial Andy Irons surpreendeu a todos os surfistas que estão em Florianópolis participando da penúltima etapa do Brasil Surf Pro 2010.

Logo depois da execução do Hino Nacional, que abriu oficialmente o evento na praia da Joaquina, foi realizado 1 minuto de silêncio em memória ao havaiano de 32 anos, que faleceu na terça-feira nos EUA. O diretor executivo da Abrasp, Marcelo Andrade, fez um discurso sobre esta grande perda para o esporte.

O último título mundial de Andy Irons foi conquistado na etapa brasileira do ASP Tour em Imbituba (SC) em 2004. O tricampeonato foi confirmado pelo alagoano Tânio Barreto, campeão brasileiro de 2001, que mora em Florianópolis e é um dos participantes do Brasil Surf Pro em Santa Catarina. Ele falou sobre a inesperada notícia da morte, durante uma escala no seu vôo de Porto Rico para casa, no Hawaii.

“Está todo mundo em choque. Ele, além de ser um grande atleta, tricampeão mundial, era um cara muito batalhador. Teve os problemas dele, largou o circuito, voltou com tudo esse ano e tinha acabado de ganhar uma das etapas mais difíceis do Tour, no Tahiti. Infelizmente agora essa fatalidade, que me deixa sem palavras. Tive o prazer de conhecê-lo, de dar aquele título mundial de 2004 para ele em Imbituba, agora ele morreu. Todo mundo está chocado e o sure mundial está de luto”, diz Tânio.

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