Desde que cheguei aqui para esta temporada, já presenciei várias cerimônias nas praias, templos e ruas.
A maioria delas eu não me lembro o propósito, porém todas eram bem coloridas, cheias de música, tradição, decência, respeito, blis (balineses) e mboks (balinesas) felizes cumprindo seus deveres e se dedicando às suas crenças.
Neste domingo (25/5), tive a honra de abrir as portas de minha casa e ver todas aquelas cores que mencionei, no jardim em frente às casas do meu condomínio. Segundo informação que meu pai obteve, o evento em nossa vila tinha o propósito de agradecer e pedir segurança.
Depois de observar os balineses darem os toques finais na decoração para a cerimônia que acontece amanhã, arrumamos nossas coisas no barco e fomos para a praia de Jimbaran, em busca de mais uma aventura.
Começamos nossa segunda faxina com nossa parceira Gabi, saindo da baía de Jimbaran e checando todos os picos. O swell deu uma reagida e as ondas estavam boas apesar do vento forte. O melhor pico era Uluwatu e foi onde nós caímos. A Gabi de bodyboard, meu pai com a câmera e eu só de pé-de-pato.
Resolvi ver de perto o trabalho do meu pai. Ver ele se localizando no pico, se posicionando em relação à bancada, o modo que ele prende a câmera no braço, furando as ondas, fotografando os outros surfistas e tudo que posso aprender com isso.
Alguns surfistas, muitas ondas, muito respeito e boas vibrações. Na água, trocamos algumas palavras com Mike Losness, norte-americano que atualmente está em 45º lugar no ranking do WQS com 3.850 pontos, que realmente quebrou no inside corner.
Outro que arrebentou também foi Rob Machado, que trocou uma idéia conosco e foi bem gentil em tirar uma foto comigo, sem nenhum estrelismo.
Depois de muitas ondas furadas, muitas fotos, filmagens, curtição e planctons pinicando, fomos embora de cabeça feita, dando aquela parada em frente ao trapiche do Ritz Carlton para agradecer a Deus, ao som dos gamelões, por mais um pôr-do-sol.