Hélio Bacana

Comandante cearense

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Equipe cearense chega com força total para conquistar o bicampeonato brasileiro no Rio de Janeiro (RJ). Foto: Arquivo Pessoal.

Hélio Bacana é o treinador do forte time do Ceará. Foto: Arquivo Pessoal.

Rafael Venuto é um dos talentos da equipe. Foto: Fabriciano Jr.

Neste fim de semana, a equipe cearense parte com tudo em busca do segundo título consecutivo do Brasileiro Amador.


Campeão em 2012 e líder do ranking atual, o time do Ceará – comandado por Hélio Bacana – chegou com força total ao Rio de Janeiro para brigar pela taça na praia do Recreio dos Bandeirantes, palco da terceira e última etapa do circuito promovido pela Confederação Brasileira de Surf (CBS).


Em 2012, os cearenses venceram a disputa por equipes e levaram quatro das seis categorias individuais, com Michael Rodrigues (Open), Rafael Venuto (Iniciante), Estefany Freitas (Feminino Open) e Larissa dos Santos (Feminino Junior).


Este ano, os principais adversários dos cearenses são os pernambucanos e paraibanos, consecutivamente. Apesar de ter vencido a segunda etapa, na Bahia, o time do Rio de Janeiro tem chances muito remotas porque não compareceu à prova de abertura, em Pernambuco.


Assim como em 2012, o Ceará está na frente também em quatro categorias individuais, desta vez com Saulo Barros (Open), Rafael Venuto (Junior) e Larissa dos Santos na Feminino Open e Feminino Junior. As outras categorias são lideradas pelo potiguar Israel Junior (Mirim) e pelo paraibano Jonas Marretinha (Iniciante).


Em entrevista ao Waves, Helio Bacana – técnico do Ceará – fala sobre a expectativa para a etapa final do circuito e comenta o brilhante momento cearense no surf brasileiro.

 

Há quanto tempo trabalha como treinador e como a sua carreira teve início?

 

Sou técnico de surf há quase 15 anos.

Quais as suas principais conquistas até hoje como treinador?

Tenho em meu curriculo vários títulos com os atletas que trabalhei. Em 2010, fui campeão brasileiro com o atleta Gutembergue Silva na categoria Open; em 2011, campeão brasileiro com Michael Rodrigues também na categoria Open. Fui para o Panamá em 2011, com o atleta Michael Rodrigues.

 

Esse Mundial foi uma experiência muito grande pra minha carreira como treinador. Fomos campeões no Aloha Cup (revezamento) e terminamos o Mundial com vice-campeões. O ano de 2012 também foi um ano muito especial pra mim. Conquistei mais quatro títulos brasileiros com os atletas Rafael Venuto (Iniciante), Larissa dos Santos (Feminino Junior), Estefany Freitas (Feminino Open) e Michael Rodrigues (Open). Tenho vários títulos nos circuito Cearense e Pena Surf Nordeste. Já trabalhei com atletas como Fabio Silva, Tita Tavares, Lucinho Lima, Joca Junior, Heitor Alves, Silvana Lima, entre outros atletas do Brasil.

 

O time do Ceará vem muito forte no Circuito, vencendo pela primeira vez na história em 2012 e liderando em 2013. Qual o segredo do sucesso?

 

Os segredos são muita dedicação, força, garra, foco e muitas estratégias diferentes das outras equipes, que essas eu não posso falar (risos). Quando lutamos pelos nossos objetivos, conquistamos, e nestas conquistas não posso deixar de falar do meu auxiliar técnico Flavio Sukita, que faz um excelente trabalho. Ele é o pai das atletas Larissa e Yanka dos Santos e também é atleta da equipe cearense.

Quais as principais armas do time?

A nossa arma é a dedicação dos nossos atletas. Não tem essa de surfar em mar com água fria ou quente, estamos preparados para qualquer tipo de situação e o surf de cada um dos atletas faz uma grande diferença. Estamos sempre observando nossos oponentes para trabalhar em cima do erro deles, acho que isso é uma grande arma que nós temos.

 

Qual a diferença entre as equipes de 2012 e de 2013? Mudou muita coisa?

Não mudou muita coisa, não. Praticamente os atletas são os mesmos e as equipes também. Só alguns atletas que se profissionalizaram, mas na minha visão não houve tantas mudanças.

 

Existe suporte do Governo para o time cearense? Os atletas viajam com todos os custos pagos?

 

O Governo do Estado vinha dando um suporte com as passagens aéreas, mas infelizmente, logo nessa última etapa, não tivemos apoio e ficou muito complicado, pois parte da minha equipe não está indo para o Rio de Janeiro por conta dessas passagens. A alegação foi de que não havia verba.

Os nossos atletas têm os custos pagos, sim, alguns pelos patrocinadores e outros pelo “paitrocinio”. Isso é complicado, pois temos muitos talentos aqui no Ceará que ficam sem viajar por falta de patrocínio ou mais apoio por parte dos órgãos governamentais .

 

Em sua opinião, quais as equipes que mais ameaçam o Ceará nessa última etapa?

Pernambuco, Paraíba, Bahia e a equipe do Rio de Janeiro. Dependendo do resultado da nossa equipe, eles são uma grande ameaça.

 

Além dos cearenses, quais os principais talentos que você tem observado no circuito de 2013?

José Francisco (PB), Lucas Chumbinho (RJ), Israel Junior (RN), Douglas José (PE), Taiwan Chan (BA), Kauê Germano (SP) e Jonas Marretinha (PB).

 

Quer deixar alguma mensagem?

 

A Pena foi fundamental em todas as minhas conquistas. É uma empresa que me dá todo o suporte para o meu trabalho com os atletas da equipe amadora e faz um investimento muito grande, inclusive em ajuda de custos das minhas viagens. Não deixa faltar nada aqui no Nordeste. Sou o único técnico de surf com contrato assinado, isso mostra que a empresa acredita muito no meu trabalho com os atletas. E a cada ano faz um novo campeão!!

Gostaria também de agradecer à empresa Surfbeat Surf Shop, a todos os atletas da seleção cearense de surf e da Federação de Surf do Estado do Ceará, à Classic Promoções, a Rafael Forti, Lima Junior, Ricardo das lojas Surfbeat Surf Shop e a todos que acreditam no meu e no nosso trabalho.