Combinação perfeita

Randall Paulson, Pipeline/Backdoor, North Shore, Oahu, Hawaii

Local Randall Paulson vem na boa da série em Pipeline, North Shore de Oahu. Foto: Fabiana Nigol.

Swell de noroeste e vento sul. Combinação perfeita para um dia de altas ondas no North Shore de Oahu.

 

O swell com cerca de 6 a 8 pés deixou as bancadas de Pipeline, Backdoor e Off-The-Wall com tubos pesados na última sexta-feira.

 

Logo cedo o fotógrafo Bruno Lemos e a cinegrafista Fabiana Nigol registravam os melhores momentos na água.

 

Ian de Saquarema, Thiago Camarão, Yuri Castro, Alan, Pato e Danilo Couto eram os brazucas em meio a um crowd ?puro sangue havaiano?, além da brasileira Maya Gabeira e a californiana Jamilah Star.

 

Everaldo Pato não deixa por menos e ataca Backdoor de backside. Foto: Fabiana Nigol.
Off-The-Wall quebrava com potência. A ondulação atingia o limite de 2,5 metros que a bancada atura.

 

Altas em Pipeline e algumas poucas abriam para o Backdoor, quintal da casa de Jamie O?Brien, que se divertia, e alguns japoneses ?kamikazes? jogavam para dentro dos tubos em OTW.

 

Natan Fletcher e o francês radicado no Hawaii Laurent Pujol já desfrutavam de boas ondas em alta velocidade com suas quatro quilhas.

 

Eu e o cinegrafista Duda chegamos na praia e foi um visual de deixar qualquer um louco para entrar na água.

 

Jamie O?Brien entubava em Backdoor e outro japonês em OTW, com ambos saindo na baforada. Pato pegou uma boa direita, entubou, mandou uma rasgada e saiu da água para entrar mais tarde.

 

Fui para água em OTW e não varei a arrebentação. Fui obrigado a entrar pelo canal de Pipe junto com todos os outros locais que caíam no mar naquele momento, entre eles o ex-campeão mundial Sunny Garcia.

 

No pico em Pipe estavam locais como Randall Paulson, Sunny Garcia, Jason Frederico, Kalani Chapman, entre outros. O clima no Hawaii na realidade é tenso, mas na minha opinião é justo.

 

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Baiano Danilo Couto coloca pressão na cavada em Pipeline. Foto: Fabiana Nigol.

Se você respeita será respeitado. Outro detalhe importante é que a atitude fala alto. Em uma sessão dessas são enormes as chances, praticamente 90%, que sobre uma onda boa, mas vai depender somente de você ter a atitude de dropar e ser bem sucedido.

 

Esse é o melhor cartão de visita por aqui. É fácil falar que o Hawaii é crowd, sem cair para dentro e procurar seu lugar. Outro detalhe importante é que a chance de vir outra onda também é pequena, então tem que aproveitar.

 

O power de uma onda surfada em Pipeline/Backdoor é inúmeras vezes maior do que em qualquer lugar do mundo, comparável a prima Teahupoo.

 

Sylvio Mancusi aposta corrida contra o lipe de Backdoor na busca pelo tubo. Foto: Fabiana Nigol.

Graças a Deus eu não perdi as minhas chances e surfei dois bons tubos para o Backdoor. No segundo eu remava do fundo e Sunny Garcia ameaçou virar embaixo. Indaguei: ?You go?? (você vai?), e ele disse: ?Go?. Não vacilei e mesmo dropando atrasado surfei um belo tubo.

 

Pato pegou várias ondas para Pipe. Tinham muitas ondas na série e o revezamento na prioridade foi dos melhores.

 

As ondas foram abaixando durante a session e chegaram rapidamente aos 5 pés, na seqüência entrou um brando vento maral obrigando todos a sair da água.

 

Menos O?Brien, que voltou para a água no maral mesmo e em umas de suas primeiras ondas mandou um ?rodeo clown?, com giro no ar perfeito e aterrissagem suave. Pareceu até fácil.

 

No sábado e domingo Rocky Point quebrou com altas ondas. Fiquei duas horas assistindo Camarão literalmente quebrar as ondas. Pegou vários tubos e ficou horas na água. O moleque parecia que tinha tomado um energético.

 

Binho Nunes também arrepiava com muito estilo e radicalidade em meio a um crowd basicamente canarinho. Para esta semana estão previstos mais ondas e muito vento.

 

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Aloha


 

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