#Depois da denúncia feita pela sociedade da Itamambuca (e divulgada pelo Ubatuba Surf Cam), de que o plano de gerenciamento costeiro previa a devastação desta praia, o Brasil inteiro se mobilizou no sentido de preservar este local sagrado do surf nacional.
Foram dezenas de e-mails (aos quais agradecemos demais), telefonemas, contatos pessoais e a mais profunda repercussão possível para uma “catástrofe” deste porte. Desde o mais simplório dos moradores da área, até os advogados da SOS Mata Atlântica, ninguém pode se conter ante tamanha atrocidade. Como alvos preferenciais, surgiram os membros da Comissão local, os quais seriam os responsáveis pela determinação.
Cientes de que algo errado estava no Plano que estavam apresentando, rapidamente concluiu-se que novas reuniões deveriam ser feitas e imediatamente, visando sanar o problema. Inicialmente, foi colocada em primeiro plano por parte desta Comissão, a argumentação sobre o extenso prazo em que este plano foi desenvolvido (50 reuniões, em dois anos de trabalhos árduos), e que nunca, em momento algum, houve interesse por parte da Sociedade Civil para com o problema. E com o prazo em seus dias derradeiros, agora seria muito tarde para fazer alterações. Mas a realidade se mostrou um pouco diferente: As pessoas interessadas na preservação da Itamambuca mostraram seu enorme poder de mobilização e influência, conseguindo provocar novas reuniões, desta vez com representantes de diversos setores. Estiveram presentes o movimento SOS Itamambuca, o SOS Mata Atlântica, a ONG Somos Ubatuba, o Movimento em Defesa de Ubatuba (MDU), DEPRN, Sec. do Meio Ambiente, Cetesb e diversos proprietários da Itamambuca, entre outros interessados na causa. A comissão fez longas explanações sobre conceitos que nortearam a execução dos trabalhos, o modo como foram projetados os desenhos delimitadores das Zonas, visando a proteção da Mata Atlântica (vale lembrar que Ubatuba possui o maior percentual de Mata Atlântica natural no Brasil). Contrapostos os argumentos a favor da manutenção da Itamambuca em Zona 3, restou à Comissão de Gerenciamento Costeiro decidir. E a decisão foi unânime: Itamambuca permanece como Zona 3! Agora o projeto segue para ser avaliado pelo Depto Jurídico da Secretaria do Meio Ambiente, depois passa pelo Conselho de Meio Ambiente do Estado. Tendo sido aprovado nestas duas instâncias, teremos a transformação deste processo em Lei Estadual, a qual será assinada pelo Governador do estado, impedindo qualquer alteração nesta decisão nos próximos cinco (5) anos.
Finalizando, queremos mais uma vez agradecer a todos os que direta ou indiretamente se empenharam neste processo, assim como aos Senhores membros da Comissão local (Gilmar Rocha, Flávio Malta, José Magalhães, Renato Nunes e Martinus Filet), sem os quais não teríamos conseguido reescrever a História de Ubatuba.
Para saber mais sobre essa questão, acesse o endereço www.ubatubasurfcam.com.br .