Sem cabeçada

Como evitar o crowd

Crowd, Waimea Bay, Havaí.

É segunda-feira. Você já está pensando no final de semana e torcendo por aquele swell que pode fazer a cabeça. O Wavescheck te mostra a chegada da tão esperadada ondulação ideal, você cai na estrada, pega sua prancha e corre para o mar. Está tudo uma maravilha, até que você desce do carro, vai ver as ondas e se depara com outras dezenas, ou centenas, de pessoas no mar. Apesar de ser uma situação muito comum, existem algumas maneiras de evitar o crowd intenso e aproveitar ao máximo um bom dia de surfe.

 

Uma parte dos surfistas tenta organizar aquela queda fora dos horários convencionais. Chega logo cedo na praia, até antes do sol nascer para curtir o visual da água. Entretanto, essa tática nem sempre funciona. Se o swell ideal entrar, pode ter certeza que muitos outros surfistas terão a mesma disposição para chegar tão cedo quanto você e logo o pico estará lotado.

 

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North Shore de Oahu, Hawaii. Foto: Luiz Blanco.

 

Sendo assim, outro jeito de evitar o crowd é procurar pelos picos alternativos na região. Grande parte das praias são famosas por uma ou duas bancadas principais e, muitos surfistas se limitam a essas praias por elas serem conhecidas e por eles mesmos as conhecerem muito bem.

 

Contudo, vale lembrar que todo pico também possui bancadas alternativas que podem oferecer ondas tão boas quanto às das praias mais famosas. Então porque não aproveitar estes lugares para conhecer novas ondas? A maior parte das pessoas não as conhece, não sabe quais as condições ideais que o pico precisa e que tipo de onda ela pode oferecer.

Por este motivo é interessante aprender um pouco mais sobre as regiões do Brasil e poder aproveitar os picos alternativos. Para isso, o primeiro passo é se informar sobre a previsão. Você deve saber que tipo de ondulação e vento está chegando para poder combinar com as condições ideais de outros picos de surf.

 

Depois disso, é necessário se informar sobre as condições de ondas em outras praias, o tipo de ondulação ideal que ela precisa e qual tipo de onda ela pode te oferecer. Você pode encontrar esse conteúdo no Guia Waves, por exemplo, que foi criado com a colaboração de locais de mais de 180 picos de surf pelo Brasil e te ajuda a saber mais sobre diversas bancadas alternativas por todo o litoral brasileiro. Conversar com o pessoal que está na água também ou participar de grupos de surf no Facebook e WhatsApp também pode te ajudar a saber as condições de determinados picos e qual tipo de onda ele oferece.

 

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North Shore de Oahu, Hawaii. Foto: Tiago Navas.

 

Além de estudar os picos, você pode sempre optar pela tradicional prática de sair andando pelas praias. Claro que ela exige tempo e disposição, coisa que nem sempre temos para gastar em uma surf trip, mas ela é muito mais precisa já que você pode ver a condição das ondas e do crowd no momento exato do seu surf. Então, se optar por este jeito de evitar o crowd, tome seu tempo para pesquisar e analisar o local, observar a quantidade de surfistas versus a qualidade das ondas e aproveite para conhecer a região. Quem sabe você não encontra um secret só para você.

 

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Crowd do fim de tarde, North Shore de Oahu, Hawaii. Foto: Leonardo Dale. 
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