Companhia aérea deixa competidores sem prancha

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Marcelo Freitas é um dos prejudicados e decidiu reclamar seus direitos na justiça. Foto: Rick Werneck.
Os principais longboarders do Brasil estão vivendo um drama. Eles chegaram nesta terça-feira da Nova Zelândia, onde disputaram a última prova do Circuito Mundial, e deveriam seguir nesta quarta-feira para Salvador, para a segunda e decisiva etapa do Petrobras Longboard Classic, a partir de sexta-feira.

 

Porém, ao desembarcar no Rio os surfistas foram informados por funcionários da Aerolineas Argentinas que, devido ao vôo lotado, a empresa decidiu deixar as pranchas do outro lado do mundo. A previsão é que elas cheguem ao Rio na sexta-feira. 

 

O título brasileiro da modalidade será decidido em Salvador e todos os melhores do ranking ficaram sem pranchas. Da Bahia, Rico de Souza, organizador do Petrobras Longboard Classic, avisou que mudará o cronograma da competição, adiando para sábado a entrada dos profissionais na água. 

 

Com a disputa entre os amadores, a competição começa nesta sexta-feira, às 8 horas. Danilo Mulinha, campeão da primeira etapa, Marcelo Freitas, vice, Picuruta Salazar, Phil Rajzman, Olimpinho e Jeremias da Silva, o Mica, estão entre os surfistas à espera das pranchas.

 

?Consegui uma prancha emprestada, mas isso me prejudicou muito. Levei todas as minhas pranchas para a Nova Zelândia. Eu faria um treino no Rio para escolher qual prancha levar para Salvador. Agora não sei o que vai acontecer. Só sei de uma coisa, eu estou tendo prejuízo e vou buscar meus direitos na Justiça?, avisa Marcelo Freitas.

 

Já o baiano Olímpio Babtista, o Olimpinho, que mora no Rio há dez anos, preferiu não esquentar muito a cabeça e chegou a Salvador nesta quinta-feira mesmo. Olimpinho, que fabrica suas próprias pranchas, pegou uma antiga e foi assim mesmo.

 

?Não adiantava ficar esquentando mais a cabeça, tanto que mandei entregar as pranchas aqui em Salvador se elas chegarem na sexta-feira. Vou aproveitar para treinar, pois só surfei de longboard na praia de Aleluia uma vez na vida?, disse Olimpinho, que antes de ir para o Rio conquistou seis títulos baianos em sua época na pranchinha.
 

Se os profissionais estão à espera das pranchas, os amadores já trataram de fazer a parte deles. Mais de 80 inscrições já foram feitas, de toda a parte do Nordeste, surpreendendo até os organizadores, que tiveram de dobrar o número de participantes de algumas categorias. Além da Profissional, haverá disputas nas categorias Feminino, Júnior, Master, Super Master, Legends e Super Legends.