Yan Guimarães

Currículo tubular

Yan Guimarães, Grower, Indonésia

Yan Guimarães em Desert Point: correria em busca de patrocínio. Foto: Sebastian Rojas.
Com seis temporadas no Hawaii, Yan encara Pipeline com naturalidade. Foto: Arquivo Pessoal.
Saquaremense é criado nos tubos da Barrinha (RJ). Foto: Ricardo Altoé.

A cidade de Saquarema (RJ) detém o título de “Maracanã do Surf” e desde os anos 60 e 70 é reconhecida mundialmente como um celeiro de grandes talentos.

Porém, a falta de apoio atingiu alguns atletas nos últimos anos. Caso do local Yan Guimarães, que luta por patrocínio para seguir nas competições.

Yan perdeu o patrocinador principal há dois anos, quando atingiu a maioridade. Agora aos 21, ele pensa se completa os estudos com uma faculdade ou investe em mais um ano como profissional no esporte.

Yan treina desde os 8 anos e possui diversas temporadas fora do Brasil: seis no Hawaii, duas na Indonésia, duas na França e chegou a competir sozinho no exterior aos 13 anos.

Aos 16 anos foi para a Austrália e tornou-se o segundo mais jovem brasileiro a competir o Mundial Júnior, depois de Adriano Mineirinho. Em 2010 foi muito falado depois de encarar as bombas de Waimea.

O surfista tem muitas histórias e vitórias na bagagem e também já passou por Galápagos, Peru, Chile e Nicarágua.

Dono de uma personalidade tranquila e disciplinada, ele tem o apoio integral da família, vive em prol da saúde e encara o surf como profissão e estilo de vida.

Na etapa do WQS (World Qualifying Series) de status Prime em Saquarema, Yan ficou em 15º entre 96 atletas e desbancou veteranos como o norte-americano CJ Hobgood, entre outras figuras carimbadas.

“O circuito mundial é muito difícil como em qualquer esporte e no surf não é diferente. Além de muito preparo físico e treinos, você precisa estar focado e bem mentalmente. Falam até que o circuito é coisa de maluco (risos)”, afirma Yan.

“O surf carioca passa por um momento muito delicado. A falta de investimento e patrocínio para os atletas é o principal motivo para esse momento”, continua.

“Um surfista como Raoni Monteiro, por exemplo, que está na elite do surf mundial não pode estar sem patrocínio. Isso faz com que a próxima geração pense muito a respeito, se realmente vale à pena virar um surfista profissional”, desabafa Yan.

“Espero conseguir um patrocíni, para poder investir na minha carreira e buscar uma vaga no circuito mundial. Só espero que as marcas vejam quanto o surf brasileiro está bem ultimamente, com excelentes surfistas no tour, mas que as marcas invistam bem nesses atletas da nova geração e que não deixem passar esse ótimo momento”, conclui o atleta.

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