 Tom Curren conversa com a imprensa em Floriapa. Foto: Nilton Santos / Onbongo Pro. |
Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, ele falou sobre as expectativas para a perna brasileira do mundial.
Aos 39 anos, o rei do estilo, como é conhecido Curren, chegou na última terça em Florianópolis para competir na etapa do WQS e do WCT, onde será convidado mais que especial do evento.
Além de oferecer a chance para diferentes gerações de surfistas brasileiros de ver um mito em pessoa, dentro e fora da água, Curren também irá fazer uma apresentação musical no dia primeiro de novembro que promete agitar a ilha.
O surfista vem causando frisson no circuito mundial este ano ao competir em várias etapas do WQS em busca de uma vaga para a elite mundial. Porém, não obteve resultados bons o suficiente para entrar na briga na reta final da temporada.
Mesmo assim, ele segue confiante nas etapas restantes e afirma que vai para o Hawaii motivado a tentar boas colocações. ?Infelizmente não tive um bom ano nas competições, mas vou continuar estendendo meus limites enquanto tiver gás para competir contra as novas gerações?, disse Curren.
Questionado sobre a evolução das manobras e do julgamento desde a época que era top, ele diz que os surfistas mais velhos têm que se adaptar a nova realidade.
?Os surfistas da minha época ainda surfam bem, porém em ondas de qualidade. Temos que nos adaptar quando competimos em ondas pequenas, pois a garotada está no rip em qualquer condição?.
Sobre a performance de Adriano Mineirinho, ele não deixou margem para dúvida: ?Ele surfa realmente muito bem e merece tudo o que está conquistando. Certamente será um dos nomes no WCT ano que vem?, comenta.
Na opinião dele, mesmo com a sólida campanha de Kelly Slater no circuito mundial este ano, fica difícil apontar um candidato ao título.
A exemplo do que anunciou seu maior rival nos áureos anos 80, Mark Occhilupo, Curren também já pensa em aposentadoria, embora garanta que não pretende se afastar do surf.
Ele disse que irá fazer parte de novos projetos da Rip Curl e da formação e orientação da equipe da marca, entre outras atividades.
?Ainda estamos estudando projetos para o futuro, mas não tem nada definido. Devo participar da formação e treinamento da equipe da Rip Curl, além de integrar projetos como o The Search e a realização das etapas do WCT neste formato?, disse ele, que não quis antecipar aonde será a locação em 2006.