Giogio Solinas já trabalhava com fibra de vidro 10 anos antes, até que teve a oportunidade de montar a Texiglass, que agora está completando 30 anos de mercado. Para quem não conhece é algo impressionante. O número de máquinas, realmente grandes em tamanho e enormes em preço, a complexidade da fabricação e os produtos que são feitos na fábrica instalada nos 22 mil m2, em Vinhedo (SP), são de espantar.
A Texiglass é uma empresa genuinamente brasileira, com larga experiência na fabricação de tecidos e fitas de fibra de vidro, fibra de carbono e aramida. Conta com um know-how especializado em tecidos técnicos e comprovadamente se empenha em apresentar soluções de reforços para inúmeros segmentos que buscam melhorar a resistência e desempenho de suas aplicações. Basta ver todos os prêmios que a Texiglass já ganhou no segmento nesses anos todos.
Das pranchas para o espaço – A Texiglass foi criada com o principal objetivo de suprir os segmentos de discos abrasivos e de pranchas de surfe, que até então eram as principais aplicações para esses tecidos, porém, com o desenvolvimento de modernos processos de laminação para compósitos, surgiu a necessidade do desenvolvimento de novos tipos de tecidos e fibras para estes e para vários outros segmentos. Com isso, há tempos a Texiglass não fornece apenas para todo Brasil, mas para todos os continentes, incluindo a China. Hoje, somente 10% de sua produção é para o mercado de pranchas.
Fibra de vidro – Os tecidos de fibra de vidro são os utilizados como reforços de carrocerias de automóveis e carenagens de motocicletas, placas de circuito impresso, aeronaves, tubos, tanques, próteses humanas, pás de geradores eólicos, cascos de barcos, etc. Nas pranchas de surfe é ele que garante a durabilidade e flexibilidade. Conforme a configuração do tecido e bloco de espuma, aliados à resina, podemos obter o resultado desejado. Quem da resistência não é a resina, é a fibra.
“No processo de laminação, quanto maior a quantidade de reforço (tecido) e menor a quantidade de resina, até um certo limite, menos peso e mais resistência obteremos na peça”, explica Giorgio.
Fibra de carbono – Os tecidos de fibra de carbono são materiais de alto desempenho, utilizados em reforços de carrocerias de carros de corrida, mesas e peças hospitalares transparentes ao Raio-X, aeronaves e VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), próteses humanas, reforços estruturais em vigas e colunas de concreto de pontes e edifícios, pás de geradores eólicos, peças esportivas, etc. e têm sido utilizados cada vez mais em pranchas.
Por terem menos flexibilidade, dependendo de como são utilizados, esses tecidos podem dar mais resistência à áreas específicas de uma prancha, assim como podem funcionar estruturalmente, fazendo o papel da longarina, cada vez menos utilizada, especialmente em pranchas de EPS/Epoxi. O surgimento dos SUP’s, tanto para surfe quanto os “racers”, ajudou o desenvolvimento do trabalho com EPS/Epoxi, explorado depois para outras pranchas.
“Estamos sempre atentos ao mercado, seja no segmento aeroespacial ou náutico, onde se encaixam as pranchas”, explica Giogio, que deve apresentar em breve um tecido híbrido de fibra de vidro com a faixa de carbono integrada ao tecido. A verdade é que há quase infinitas possibilidades e a Texiglass procura testar todas elas, mediante à observação de inovações e pedidos específicos de fabricantes.
Quer conhecer mais sobre fibra? É só visitar o stand da Texiglass, na The Board Trader Show.
“Participamos de todas as feiras ligadas á indústria do surfe desde sempre, inclusive como patrocinadores. Agora, depois de um hiato, voltamos a ter um evento no Brasil, ainda mais específico. Assim como participamos de feiras por todo o mundo e, por exemplo, da Feiplar, maior feira de compósitos da América Latina, onde fomos mega patrocinadores, estamos também na The Board Trader Show”.
A Texiglass e a Maxepoxi são patrocinadoras do Demo Glass.