É triste, mas necessário. Acabaram as férias mais longas da minha vida.
Viajei em novembro para o Hawaii e fiquei lá até janeiro. Muita onda, muitos tombos, muito treino e muita evolução.
Mas, senti saudades, principalmente no Natal e no ano novo, pois fiquei sozinha na casa que alugamos no North Shore.
Voltei ao Brasil só pra pegar meu visto para Austrália e para fazer uma campanha anti-drogas durante a temporada de verão.
Fui para Austrália ainda em janeiro e só voltei agora em abril. Muita onda, muitas vacas, muito treino e quatro campeonatos. Fui bem no primeiro e me afundei nos outros.
Mas, valeu a pena porque treinar na Gold Coast vale muito. Conheci vários lugares e, das três vezes que fui, esta foi a mais irada.
Cheguei a tempo do meu aniversário. Já sou uma ‘idosa’, completei 17 anos. Nem acredito. Quando comecei a escrever este diário tinha 13.
O Tusca disse para eu juntar tudo e lançar um livro. Poderia ser: “o verdadeiro diário da surfista”. Só para mostrar a real pra galera que ficou me alugando com aquela Bruna Surfistinha.
E estou ralando um monte para recuperar os dias que perdi na escola. Agora, estudo à noite e durante a manhã. À tarde reponho os deveres, copiando as matérias e estudando, estudando e estudando.
Não quero reprovar agora que estou no terceiro ano. Ano que vem se completar os estudos posso optar por prestar vestibular ou morar fora do Brasil. Quem sabe na França?
Mas, aqui mal vai dar tempo de descansar. Na segunda segui para Garopaba (SC), onde faço minha estréia no circuito brasileiro.
Depois, volto para casa e depois vou para o circuito Feminino Petrobras no Nordeste. Em maio tem novamente o circuito brasileiro profissional e uma viagem para Portugal com a equipe brasileira. Este ano não será fácil ficar parada muito tempo.
beijos
Bruna