Definidos oito finalistas em Ribeirão Preto

John Max, Splash Beach - Ribeirão Preto (SP)

Wesley Moraes foi o líder da fase classificatória na primeira competição de surf indoor do Brasil. Foto: Aleko / Venice.
Depois de uma maratona de baterias realizada neste sábado, com um verdadeiro troca-troca de posições, foram definidos os oito finalistas da primeira competição de surf indoor do Brasil, no Splash Beach de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

 

O local do Guarujá Wesley Moraes, de 13 anos, ficou na primeira colocação com 37.51 pontos, seguido do potiguar John Max, 14, com 36.53, com Miguel Pupo, de Camburi (SP), 13, com 36.47 em terceiro e Ian Gouveia, 11, com 35.76 pontos, na quarta colocação.

 

Jessé Mendes, 11, do Guarujá, Santiago Muniz, 11, de Florianópolis, Luiz André, 14, de Natal (RN) e

John Max vem sendo um dos destaques da prova e ficou com a segunda colocação na prova. Foto: Ricardo Macario.
Cauê Wood,12, de Florianópolis ocuparam a quinta, sexta, sétima e oitava posições, respectivamente.

 

Com um sistema diferenciado de disputas, foram realizadas três rodadas de oito baterias cada, em que dois atletas somavam as duas melhores ondas para no final do dia computarem as seis melhores médias, definindo assim os oito primeiro colocados classificados para o domingo decisivo.

 

O julgamento ficou a cargo de feras do surf mundial como Fábio Gouveia, Peterson Rosa, Guilherme Herdy, Ricardo Bocão e Picuruta Salazar, muitos atuando pela primeira vez como juizes, com a retaguarda do juiz-chefe da Abrasp Sérgio Gadelha.

 

?Foi uma surpresa para mim terminar em primeiro lugar, pois tem vários atletas bons, como Matheus Toledo, Miguel Pupo e Ian Gouveia, mas treinei ontem e consegui me adaptar bem à onda. Agora vou dar um gás amanhã e quebrar tudo?, disse empolgado Wesley, líder da prova neste sábado.

 

John Max foi um dos destaques desde o início do evento, acertando manobras precisas e acabou em uma justa segunda colocação. ?Ontem tava crowd e não consegui treinar direito, mas hoje com duas pessoas na água foi melhor e me dei bem. O segredo é mandar a primeira manobra forte e tentar dar seqüência à onda?, explicou Max.

 

O filho mais novo de Fábio Gouveia, Ian, não escondeu a felicidade de terminar entre os classificados. Ele disse que para vencer usou como arma o alley-up (360 reverse) e que gostou muito de surfar na piscina.

 

?Não esperava me dar bem aqui porque não surfo muito bem de backside, mas treinei e consegui achar umas ondas boas. Meu pai ficou filmando e minha mãe ajudou dando algumas instruções da beira?, contou Ian, que pretende arriscar tudo no domingo para tentar a vitória.

 

O pai coruja também ficou satisfeito em ver o caçula dos homens entre os classificados e disse que foi adrenalizante participar do julgamento de uma competição em que estavam os dois filhos, além da surpresa de ver uma piscina de ondas no Brasil.

 

?Foi realmente uma surpresa quando recebi o convite para conhecer uma piscina no Brasil, no começo achei que era brincadeira. Mas quando cheguei e vi percebi que a coisa é série e fiquei muito feliz de ver que o Brasil deu esse passo importante. Acho que essa piscina tem tudo para se tornar uma boa opção para o surfe, bastam alguns ajustes como subir as paredes laterais e colocar obstáculos para que a onda quebre desde o fundo e com mais força e tamanho?.

 

?Mas é uma grande diversão e acho que essa estrutura tem tudo para dar certo, pois desperta o interesse de públicos diferentes e movimenta a mídia e a região, inclusive é um passo para a inclusão do esporte nas olimpíadas?, comenta Fabinho.

 

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As primeiras ondas da série surpreendiam pela formação lisa e às vezes tubular. Foto: Ricardo Macario.
Outro que disse ter ficado surpreso com a piscina foi Robson Machado, um dos responsáveis pelo departamento de tecnologia da Association of Surfing Professionals e pela transmissão ao vivo dos eventos do circuito mundial, que apesar de passar a maior parte do ano viajando pelo mundo, é natural de Ribeirão Preto.

 

?Sinceramente nunca imaginei que um dia estaria trabalhando em um campeonato de surf na minha cidade natal. Adoro aqui e só vinha para passar férias, e está sendo muito empolgante estar aqui a trabalho e ver o esporte despertando o interesse das pessoas?, disse Machado.

 

A garotada está se divertindo como nunca no Splash Beach de Ribeirão Preto. Foto: Aleko / Venice.
Peterson Rosa, melhor brasileiro no WCT de 2004, na 10a posição, também comentou sobre o julgamento e a piscina. ?Esse foi mesmo um fato inédito na minha carreira, e também a realização de um sonho, de ver uma piscina no meu país. Imaginava que isso aconteceria em capitais como São Paulo ou Curitiba, mas foi em Ribeirão Preto. Espero que sirva de incentivo para outras iniciativas do gênero?, falou Rosa.

 

?A molecada mostrou facilidade para se adaptar às ondas. No início o julgamento foi um pouco difícil, mas todos que estavam ali conhecem bem o riscado e foi apenas uma questão de tempo para entrarmos em sintonia. O Gadelha deu a maior força e fiquei amarradão de fazer parte dessa festa?, finalizou.

 

A fase final começa às 11 horas deste domingo com as disputas das quartas-de-final, em baterias convencionais de dois atletas em que o perdedor é eliminado e o vencedor avança para a fase seguinte, até chegar na disputa final.

 

A competição contará novamente com transmissão on-line de vídeos e notas pelo Waves. Confira mais imagens na galeria de fotos.

 

Lista dos atletas classificados

 

1 Wesley Moraes (SP) 37.51
2 John Max (RN) 36.53
3 Miguel Pupo (SP) 36.47
4 Ian Gouveia (SC) 35.76
5 Jessé Mendes (SP) 35.27
6 Santiago Muniz (SC) 33.44
7 Luiz André (RN) 33.27
8 Cauê Wood (SC) 32.56

 

Domingo

 

11:00hs ? Início das quartas-de-final ( Baterias 1  a 4 )
12:20hs ? Intervalo de 40min.
13:00hs ? Inicio semifinal ( Baterias 1 e 2 )
13:40hs ? Intervalo de 40 min.
14:20hs ? Início da final ( 25 min )
14:45hs ? Entrega da premiação.
16:00hs ? Show com a banda Detonautas.

 

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