Lucas Silveira

Dicas do Hawaii

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Conhecido historicamente pelo nome de “Ilhas Sanduíche” ou Sandwich Islands, o Hawaii é, sem dúvida alguma, a minha trip favorita. Após a Tríplice Coroa Havaiana, onde tive a felicidade de ter sido o Rookie of The Year, voltei ao Brasil para passar as festas de final de ano com a família. Mas no dia 2 de janeiro já retornei de novo à ilha – passando primeiro por Marrocos – pois a melhor temporada de ondas coincide com a data do meu aniversário, 29 de janeiro, que comemorei com os meus amigos, pela oitava vez seguida. Desta vez, reuni os meus brothers na churrasqueira do Turtle Bay e nos divertimos muito.

O arquipélago, formado por 132 ilhas é mesmo um paraíso na terra. Todas as ilhas foram formadas por vulcões, que surgem do oceano e que a geologia chama de “ponto quente”. O Kilauea é um vulcão que está plenamente ativo e fica no Parque Nacional dos Vulcões, que se tornou um patrimônio mundial e é muito cultuado pelos nativos.

O mais legal do Hawaii é que o estilo de vida é diferente, calmo, tranqüilo e realmente se sente o Aloha Spirit no ar. Não apenas pelas praias e o surf, é um lugar em que eu me sinto em casa, tanto que fico mais tempo no Hawaii que no Brasil.

Nesta temporada, após as festas no Brasil, rolaram dois eventos em dois picos tradicionais, o Pro Junior de Sunset e o QS de Pipeline. Em Sunset, rolaram altas ondas, na média com 12 pés. Eu tive um bom desempenho, ganhei seis das sete baterias que disputei, mas na final não encontrei as melhores e fiquei em terceiro. Meu amigo havaiano Seth Moniz venceu. Já em Pipe, rolaram muitas baterias com condições precárias, avancei até as oitavas. O John John venceu e o meu amigo Ian Gouveia foi o melhor brasileiro e avançou até as quartas.

MELHORES PICOS
Sem dúvida as ondas que mais gosto do North Shore são Pipeline e Backdoor, muito disputadas. Quando Pipe está bom sobram muitas ondas para Backdoor. Outra boa opção é Off-The-Wall que é uma onda incrível e normalmente não é tão crowd. A mais tradicional e que eu gosto muito é Sunset, mas tem que estar acima de 8 pés para ficar legal. Haleiwa também é uma onda muito boa e que não é tão disputada. Para quem gosta de ondas grandes, às vezes rola Waimea, como também pode fazer um voo curto até Maui para surfar Jaws. Entre os dias 20 a 22 de janeiro peguei Jaws clássico, foi incrível. Há ainda vários outros picos legais e alguns até bem vazios como Mokuleia.

COMO CHEGAR
Nesta temporada, passei antes no Marrocos e de lá fui para o Hawaii. Do Brasil, a melhor opção é a American Air Lines, que sai em torno de U$1.600 (dólares) a passagem e mais U$150 (dólares) o pacote de prancha, com até 32 kilos.

ONDE FICAR
Quando voltei do Natal e Ano Novo no Brasil, fiquei em uma casa com o meu coach Leandro Grilo e mais uma galera, depois os meus pais chegaram e fui para o Turtle Bay. No condomínio em Turtle Bay pode se encontrar apartamentos de dois quartos para até seis pessoas por U$200 (dólares) a diária. Se for sozinho, ou com menos gente, tem casas de brasileiros muito legais por U$30 a 50 (dólares) por dia/pessoa. Também há casas em frente à praia, só que mais caras a partir de U$300 (dólares). Por dia.

ONDE COMER
A opção mais barata e saudável é fazer compras e cozinhar em casa. O mercado mais barato é o Costco que oferece produtos no atacado e muitas opções de produtos orgânicos. Tem um custo para se cadastrar pagando U$50 dólares por ano. Dentre as opções para quem não quer cozinhar, as que eu indico são: para o almoço tem o natural “Celestial Natural Foods”, em Haleiwa, que é maravilhoso. O Pupukeia Grill é a opção de comprar poke (sashimi) no Foodland. O trailer brasileiro que tem açaí e sanduíches em frente a Off The Wall. Para o jantar há várias opções em Haleiwa ou o Le Leis, no Turtle Bay.

DIVERSÃO
Nos dias sem onda costumamos ir ao shopping como o Honolulu Town ou o Ala Moana, mas vale também curtir as praias cristalinas e de mar calmo. Um passeio bem lindo também é voltar de Honolulu pelo East Side, que tem visuais maravilhosos e alguns parques para piqueniques e prática de esportes. Final de tarde a boa é assistir ao pôr-do-sol em Sunset Beach ou Pipeline além de dar uma corridinha ou andar na bike lane. Em Haleiwa, geralmente encontramos tartarugas enormes ao sol, vale a pena tentar encontrá-las. Um evento imperdível é a missa aos domingos as 8 e 10 horas, na Sunset Beach Elementary School, em frente à Pipe que tem uma vibração maravilhosa.

QUIVER
No Hawaii, funcionam bem de 5’11 até 10 pés, mas se não quiser pegar as grandes de Waimea e Jaws, até 7 pés tá legal. É normal quebrar pranchas no North Shore, costumo consertar com um amigo, mas ter um kit de emergência é essencial.

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