A morte do jogador Serginho deixou perplexa a comunidade esportiva brasileira. Foto: Terra Esportes. |
Porém, um fato ocorrido torna a importância destas linhas ainda maior: a morte do jogador Serginho, do São Caetano, durante partida contra o São Paulo na última quarta-feira.
Infelizmente, às vezes é preciso acontecer uma fatalidade para que muitas pessoas acordem para o fato de que atletas e praticantes de atividade física não estão imunes à doenças sérias e graves.
Não vou entrar na questão da morte súbita, o que já tratei aquí nesta coluna, mas sim na responsabilidade individual e de patrocinadores para a realização de exames periódicos.
O máximo rendimento, me dirigindo especificamente aos atletas, passa primeiramente por ótima saúde e para que se consiga isso é necessário estar verificando periodicamente, no mínimo a cada seis meses, seu estado de saúde, o que por sí só, será preventivo.
Esse exame deve conter elementos de laboratório (sangue, fezes e urina) e avaliação cardiológica (teste de esforço e ecocardiograma) no mínimo, além de outros como ultrassonografia de abdomen, avaliação postural, entre outros, também são importantes.
Para os praticantes, esse aspecto é ainda mais relevante, pois, muitas vezes temos os “atletas de final de semana”, fato comum no surf, o que é um perigo.
O indivíduo passa a semana inteira estressado e quando chega o final de semana surfa seis horas por dia. A periodicidade nestes casos pode ser anual.
Vale lembrar que os patrocinadores de atletas e equipes devem se preocupar mais com aspectos de saúde de seus atletas. Isso é um investimento e não um gasto como muitos enxergam.
Além de o retorno poder ser otimizado, uma vez que estará sendo buscada a melhoria da performance, a segurança de que não há problemas com o(s) atleta(s) é importante.
Felizmente alguns patrocinadores já atentaram pra isso.
Outra questão que aparece toda vez que escrevo sobre este assunto é o custo. Hoje é possível fazer muita coisa via serviço público, que tem melhorado a cada dia; outra forma seria através dos convênios médicos e este benefício deveria fazer parte das negociações entre atletas e patrocinadores. Para os praticantes, trata-se de uma necessidade real.
Assim, fica aqui nossa condolência à família do jogador, e a esperança que fatos como este sirvam para que cada vez mais atletas e praticantes do surf dêem mais atenção à sua saúde.
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