Billabong Rio Pro

Elite a 40 graus

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Adriano de Souza pode chegar à liderança do World Tour se vencer terceira etapa no Rio de Janeiro. Foto: Kirstin Scholtz / ASP.

Silvana Lima é esperança brasileira entre as mulheres. Foto: Aleko Stergiou.

O Billabong Rio Pro 2011, válido pela terceira etapa do World Tour Masculino e quinta do Feminino, acontece entre os dias 11 e 22 de maio na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).

 

O evento pode marcar o melhor início de temporada para três brasileiros: Adriano de Souza, Jadson André e Alejo Muniz.

 

Depois do terceiro lugar conquistado na etapa de Bells Beach, Austrália, Mineirinho entrou no grupo dos quatro melhores do ranking e tem chances reais de chegar ao título mundial em 2011.

 

A etapa carioca do ASP World Tour, realizada na praia da Barra da Tijuca, distribui 10 mil pontos para o campeão e no momento Adriano precisa de metade desta pontuação para alcançar o norte-americano Kelly Slater, atual líder da corrida pelo título.

 

Logo depois de subir ao pódio em Bells, Mineirinho mandou um recado para a torcida brasileira por meio de seu twitter:“Obrigado a todos que estavam na torcida. Mais uma vez fiquei super feliz com o resultado, principalmente por voltar ao Top 5. Agora é Brasil!”, diz o surfista, que já ganhou dois títulos em ondas cariocas, como amador e profissional.

 

Se conquistarem a etapa brasileira, o potiguar Jadson André e o catarinense Alejo Muniz, empatados na nona colocação, praticamente garantem lugar entre os 32 mais bem colocados no ranking mundial e terão tranquilidade para as próximas etapas.

 

Isso seria o suficiente para boa parte dos atletas que lutam para continuar na elite depois do corte que acontece na sexta etapa. Entretanto, com o título do Billabong Rio Pro, Jadson e Alejo podem sonhar mais alto, pois também entram na briga pelo troféu de campeão mundial. O potiguar venceu a etapa brasileira em 2010, ano em que estreou no Circuito, vencendo na final ninguém menos do que o mito do esporte, Kelly Slater.

 

Outros brasileiros também estão na disputa. O cearense Heitor Alves e o saquaremense Raoni Monteiro não começaram bem a temporada e precisam de um bom resultado no Billabong Rio Pro para se reabilitar.

 

Heitor terminou as duas etapas australianas, em Snapper Rocks e Bells Beach, na 13a colocação. Não chega a ser um mau começo, mas ele precisará de mais se quiser manter-se na elite depois do corte.

 

Já Raoni Monteiro parece ainda não ter voltado ao ritmo da elite. A etapa brasileira poderá ser sua verdadeira estreia no Tour, já que até agora ele ainda não conseguiu passar nenhuma bateria. Potencial e conhecimento das ondas cariocas ele tem de sobra.
 
Quem já sentiu o prazer de vencer no Rio foi Teco Padaratz, um dos responsáveis pela organização da etapa brasileira do WT. Vice-campeão em 1990, Teco nem precisou entrar na água para comemorar o título diante de um público de mais de dez mil pessoas. Seu adversário, o havaiano Sunny Garcia, torceu o joelho na última onda da semifinal e não teve condições de competir.

 

World Tour Feminino Entre as mulheres, a temporada começou com a nova geração dando as cartas. Nas duas primeiras etapas, a havaiana Carissa Moore e a australiana Sally Fitzgibbons desbancaram a tetracampeã mundial Stephanie Gilmore.

 

O Tour 2011 começou muito bem também para a brasileira Silvana Lima, que mais uma vez figura entre as quatro melhores do mundo. Na primeira etapa, a cearense ficou na quinta colocação e, na segunda, conquistou o terceiro lugar.

 

O Billabong Girls Rio Pro pode marcar a primeira vitória de Silvana no Tour 2011, pois a surfista conhece como poucos as ondas cariocas, já que residiu na cidade por muitos anos. Se vencer a etapa Silvana poderá chegar a liderança do ranking. Desde 2006 na elite Silvana vem repetindo boas atuações e marcando seu lugar entre as quatro melhores há quatro temporadas.

 

Além de Silvana, a catarinense Jacqueline Silva, vice-campeã mundial em 2002, também estava classificada para disputar o Tour Feminino em 2011, mas depois de um acidente de carro, sofrido na segunda etapa em Bells, a surfista terá que ficar fora das competições por cerca de dois meses.

 

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