Em busca da mítica onda de 100 pés

Greg Long surfou a maior onda até agora em Cortez Bank

A mítica onda de 100 pés costuma causar estragos nas embarcações em alto-mar. Foto: Reprodução.

Nos últimos anos, depois da criacão do foilboard pela galera de Maui – Laird Hamilton, Brett Lickle e Rush Rundle – muito se comenta sobre as possíveis investidas aos grandes “swells oceânicos” munidos dessas pranchas inovadoras.

 

Já ouvi até comentários que a mítica onda de 100 pés, ou até maiores, serão surfadas em algum lugar desses com um foilboard, mas não creio que seja em curto prazo, pois na minha opinião ainda há muito o que ser aperfeiçoado nessas pranchas para uma investida dessa magnitude.

 

O primeiro grande problema é que a galera usa os tradicionais encaixes de snowboards (bindings) – o que torna praticamente impossível para o atleta se desvencilhar da prancha na hora da queda. Por isso até hoje ninguém ousou dropar uma onda de 60 pés em Jaws com os foils.

 

O brasileiro Vitor Marçal arrepia com o foilboard, por enquanto em ondas médias. Foto: Arquivo pessoal.

A teoria dessas ondas, segundo os big riders que pretendem surfá-las, é que elas não quebram e formam grandes marolas que se estendem por muitos metros. Porém, como até agora ninguém nunca filmou ou foi realmente atrás, são apenas suposições.

Para os cientistas, essas paredes de água não são superstição. Apesar que segundo eles, essas ondas não aparecem do nada.

 

Algumas pesquisas demonstram que essas ondas assassinas realmente existem e regularmente afundam navios ao redor do mundo. Eles definiram que nenhuma embarcação é capaz de resistir a tais impactos.

 

Essas ondas foram ignoradas no passado e tidas como raros eventos, mas agora, com novas pesquisas, os cientistas estão descobrindo algumas características delas, inclusive que são bastante comuns.

 

Cortez Bank é um dos picos que pode surpreender e aturar uma onda de 100 pés. Foto: Billabong XXL.

Essas ondas gigantescas não são causadas por tsunamis ou coisas parecidas. Elas são únicas, paredes maciças de água que crescem no horizonte por razões desconhecidas e destroem dezenas de navios todo ano.

 

Um navio chamado Queen Mary foi atingido por uma onda de cerca de 75 pés carregando cerca de 15 mil tropas e não afundou.

 

Alguns anos atrás, o navio inglês Oriana deparou com uma morra de 70 pés que quebrou janelas e causou uma cascata de água dentro do navio, molhando seis dos seus 10 andares.


No geral, segundo os cientistas, as tempestades não produzem ondas acima dos 40 pés, e a teoria que ondas de 100 pés são observadas regularmente sugerem que as teorias metereológicas estão incrivelmente erradas.    

 

Grandes ondas são causadas por fortes ventos na superfície e essas ondas oceânicas intrigam os cientistas. Algumas teorias sugerem que fortes ventos somados a grandes correntezas causem enormes paredes de água no meio do oceano.

 

Na verdade, ninguém consegue provar nada e na minha opinião a mítica onda oceânica de 100, 120 pés ainda vai demorar para ser documentada, ainda mais em um lugar inóspito desses.


Agora, se rolar um swell igual ao de 28 de janeiro de 1998, no qual as ondas atingiram  80 pés no Hawaii e alguém estiver a postos em Cortez Bank, a adrenalina mudará de parâmetro, quando alguem cortar uma parede de 100 pés. Acredito eu, a bordo de pranchas de tow-in, e não de foilboard.


Aloha!

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