Ilhabela in Jazz

Ritmo lava a alma

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Evento contou com programação de alto nível, de forma gratuita e democrática. Foto: Paola Pretto.

 

O Ilhabela in Jazz celebrou seu quinto ano envolto pela atmosfera da seringueira centenária da Praça Coronel Julião. Com a nova localização no coração da Ilhabela, a edição de 2017 consagrou definitivamente o evento como um dos mais relevantes encontros do jazz e suas vertentes dentro do Brasil. E também apontou holofotes para os nomes “Ilhabela”, “São Paulo” e “Brasil” dentro do roteiro mundial de grandes nomes do estilo.
 
Nos bastidores, os artistas internacionais comentavam sobre a beleza do lugar. Na plateia, pairava o deleite de conferir uma programação de alto nível, de forma gratuita e democrática. Uma média de 1.700 pessoas por dia passaram pelo evento, que aconteceu de 11 a 14 de outubro. Segundo a prefeitura da Ilhabela, a taxa de ocupação hoteleira foi de 90%.
 
Apesar do Jazz no nome, o evento possui um lineup variado, que abriga muitos outros estilos. Em 2017, a programação foi completamente instrumental – ao passo que em 2016 o Ilhabela in Jazz teve vozes atuantes como as de Mônica Salmaso e do camaronês Richard Bona.
 
Este ano, o festival contou com o jazz de Louise Wooley, Philippe Baden Powell e Uri Caine Trio (EUA), mas também com a bossa nova (ou brazilian jazz) nos inesquecíveis shows de Amilton Godoy Trio e Arismar do Espírito Santo com João Donato, que fizeram a plateia entoar alguns clássicos da nossa MPB.

 

O show do Dr. Lonnie Smith (EUA) abriu espaço para experimentalismos e gerou curiosidade sobre sua bengala sonora. Enquanto que o de Carlos Malta e Pife Muderno levantou a plateia e colocou todo mundo para dançar, numa performance pautada pela música regional nordestina, de nomes como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
 
O encerramento ficou por conta do show Ilhabela in Jam, onde alguns dos artistas que já passaram pelo evento nos últimos quatro anos montaram um espetáculo exclusivo e autoral, além de grandes temas do Jazz e da Música Brasileira. Subiram ao palco: Ricardo Herz – Violino, Eduardo Neves – Saxofone e flauta, Toninho Ferragutti – Acordeão, Edu Ribeiro – Bateria, Bruno Migotto – Contrabaixo, André Marques – Piano, e o curador do festival, Paulo Braga, que pela primeira vez na história do evento tocou uma composição sua ao piano.
 
Com músicos de diferentes gerações a fim de compartilhar cultura à beira-mar, a programação do Ilhabela in Jazz é sempre gratuita e traz um apanhado do jazz contemporâneo e suas infinitas possibilidades e fusões com outros ritmos. A curadoria e o lineup são assinados por Paulo Braga, realização da Prefeitura Municipal de Ilhabela e Secretaria de Turismo, produção da Articular e patrocínio da revendedora Troller Trilha 4×4 Campinas.