Entre o clássico e o moderno

Phill Rajzman infernizou os picos do Hawaii com seu longboard

Phill Rajzman a caminho do free-surf em Noronha. Foto: Ricardo Macario.
O carioca Phill Rajzman é atualmente considerado um dos melhores e mais progressivos longboarders do Brasil. Phill alia como poucos o estilo clássico e o moderno no pranchão, e inclusive foi um dos destaques da última temporada havaiana, com muito go for it para os tubos também.

 

O que nem todo mundo sabe é que ele também arrebenta no surf de pranchinha, e pode ser visto dando aéreos e reverses 360 num surf power bonito de assistir quando o mar está bom nas praias do Rio de Janeiro.

 

Aos 20 anos, Phill, que é filho do jogador da seleção brasileira de Vôlei Bernard, foi uma das surpresas do Hang Loose Pro Contest, etapa 4 estrelas do WQS realizada no último mês de fevereiro em Fernando de Noronha (PE).

 

 

Apesar de estar com uma prancha grande (7 pés), Phill mostrou habilidade contra os ágeis adversários. Foto: Ricardo Macario.
Apesar de ter perdido logo de cara, sua presença no evento chamou a atenção do público. Confira entrevista realizada com o atleta minutos antes de ele entrar na água, na Cacimba do Padre.

 

 

Porque você, um atleta do longboard, decidiu competir nesta etapa do WQS?

 

Na verdade eu estava vindo para Noronha para as filmagens do filme Surf Adventures, mas tive a oportunidade de chegar um pouco antes e resolvi correr a etapa, pois nunca deixei de lado o surf de pranchinha, inclusive porque acredito que ele ajude na evolução do surf no longboard.

 

Você tem treinado em ambas as modalidades?

 

Sim, eu trouxe um pranchão e três pranchinhas para cá. No Rio de Janeiro eu costumo ir para a praia com os dois, e quando dá onda surfo meia hora com um, depois troco… Acredito que a pranchinha ajuda muito na evolução do surfe moderno no longboard, e vice-versa… O longboard ajuda a lapidar o surf de linha na pranchinha, então pratico bastante os dois.

 

O carioca foi um dos destaques da última temporada havaiana. Foto: Sebastian Rojas/Fluir.
Há quanto tempo você não competia de pranchinha?

 

Já tem bastante tempo, quase um ano. A última vez foi num WQS em Pipeline, Hawaii, no ano passado, e acabei não me dando bem, pois peguei um momento ruim do mar.

 

E quais são suas expectativas, levando em conta o alto nível apresentado até agora?

 

Bem, eu tava torcendo pra que o mar estivesse maior, com uns tubos grandes. Até porque sou pesado e já quebrei duas pranchinhas, estou somente com uma 7 pés, meio grande pra essas marolas (na bateria de Phill, as ondas tinham cerca de um metro). Mas como estou acostumado com o longboard, vou me adaptar mais fácil.

 

Como você recebeu a notícia de que o Brasil poderá abrir o circuito mundial de longboard este ano? Quais são seus planos?

 

 

Com certeza este ano vou entrar com tudo.

No ano passado não dei muita sorte no primeiro evento, na França, pois as ondas estavam muito pequenas e sou bem pesado, além de os gringos gostarem muito da marola, com pranchas maiores e mais grossas. Este ano as etapas acontecem em ondas mais power, maiores, e espero me dar bem.

 

E o WQS, pretende correr mais alguma etapa este ano?

 

Cara, se eu estiver em algum lugar de ondas fortes e rolar uma etapa, irei competir sim. Acho muito maneiro esse intercâmbio com a galera da pranchinha, pois viajo o mundo inteiro e acabo encontrando a galera do WQS, às vezes no free-surf, e rola aquela política da boa vizinhança, faço novos amigos pelo mundo, eles vêm pro Brasil, a gente vai pra lá… Aprendi isso com meu segundo pai, o Rico (de Souza), e acho isso muito bacana pra minha vida.

 

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