O video, de 2011, mostra Javier Huarcaya, proprietário da Epoxy Pro, que produz a XTR Surfboards e oferece serviços de laminação em epóxi, em Oceanside, Califórnia (EUA), usando uma prancha sem glass. Laminaram em carbono apenas a longarina e os encaixes das quilhas, criando uma estrutura para ancorar as quilhas e evitar excesso de flexibilidade. Funcionou, como você pode assistir acima.
O EPS sempre teve um problema sério: alta absorção de água. Qualquer furinho ou trinca mais séria no glass pode fazer com que uma prancha de EPS fique cheia de água em pouco tempo. Tirar água salgada de dentro de uma prancha de EPS é missão quase impossível, já que a água pode até ser expelida, mas o sal ficará entre as células, derretendo. A consequência? Mais peso. Ao desenvolver um EPS extrudado chegou-se a uma configuração que não deixa espaço entre as células, evitando a penetração da água. Além disso, a flexibilidade, flutuabilidade e vibração desse material ficaram mais próximos do PU, o que agrada muita gente.
Hoje, a XTR, que lamina pranchas de várias marcas, trabalha com esse tipo de EPS em várias densidades e as combina para eliminar, junto com o glass, o uso de longarina tradicional. Há outras opções de EPS extrudado surgindo com consistência no mercado e a ideia básica desse artigo é só deixar claro que existem outras possibilidades de “pranchas de isopor”, inclusive no Brasil. Fique ligado quando for escolher a sua.