A lendária esquerda de Grajagan, localizada em meio à selva da ilha de Java, Indonésia, marcou o ápice das carreiras e almas de lendas do surf, como Gerry Lopez e Peter Mccabe.
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Dizem que eles surfaram essa onda sozinhos por cerca de cinco anos com o local indonesiano Made Kasin, no final dos anos 70 e começo dos 80.
Três décadas se passaram e nada mudou, ou melhor, só o número de surfistas que intitulam G-land como uma das melhores ondas do mundo. E não só os surfistas como também os bodyboarders, que
pegaram altas ondas no último swell.
As mulheres dos surfistas, além de companheiras nos campings de G-Land, hoje em sua maioria também surfam.
Destaques para Gabi, mulher de Antônio Portinari, que pegou algumas das melhores ondas das séries com seu bodyboard em Launching Pads e para Monica Trajano, que deu várias quedas na onda alternativa de ”Tiger Tracks”, junto de seu marido Rodrigo e da companheira japonesa, Yokiko, que também passava as férias com seu namorado.
No último swell, muitos brasileiros se dirigiram para a ilha de Java. A familia Trajano (Rodrigo e Monica), a familia Teixeira (Pato, Fabiana e Belinha ”Nalu”), o carioca Alex Cohen e o legend Fabio de Biase, mais conhecido como ”Mobral”.
Muitos outros surfistas procuravam ingredientes simples como altas ondas, boa comida e acomodação em uma selva acolhedora, como a galera de Guaratiba (RJ), composta por Marcelo, Marquinhos, Fabio e Armandinho, junto com o paulista Renato, que havia surfado ali em 1989 e hoje mostrava o pico para seu filho Gabriel de 17 anos.
Conhecido como Mobral, Fabio de Biase é figura constante no pico há 30 anos e participou de barcas épicas, regadas a um crowd praticamente nulo na companhia de Lopez, Mccabe e o prório dono do Bob?s Camp: Bobby Radiasa.
“Essa onda tem uma magia que faz com que todos que pisem em G-Land voltem de novo. Mesmo tendo surfado aqui nos anos 80 somente na companhia de meu colega carioca, Antônio Martins ”Ianzinho”, continuo amarradão dividindo o line-up com mais dezenas de cabeças na água. G-Land e seus múltiplos picos lembram o coração de mãe, onde sempre cabe mais um”, diz Mobral.
Com séries variando de 1,5 a 2,5 metros, a onda acolhe todos níveis surfísticos, afinal o drop tranquilo no Lanching Pads ou Money Trees regado a um fraco vento terral, sempre encoraja aqueles que tentam a sorte no tubo de Speedies.
Altos e baixos fazem parte do ritual. Muitas pranchas se partem a cada sessão. Chorei ao partir minha prancha mágica, uma 6?8″ DHD, logo no primeiro dia, mas nada tirava o sorriso do meu rosto depois de longos passeios com minhas guns pelas lisérgicas paredes verdes.
O negócio é ficar ligado na hora da maré baixa, pois o fundo é lotado de ouriços e animais marinhos de todas as espécies, até pequenas cobras venenosas.
Havaianos, australianos, californianos, além de surfistas de todas nacionalidades, cores e religiões curtem o local com altas ondas e ótimo alojamento.
Cada semana em G-land é singular! Viva G-land!
Deus abençoe…